Boi Caprichoso

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O Boi Caprichoso, cujo nome completo em razão social é Associação Cultural Boi-Bumbá Caprichoso, é uma das duas agremiações culturais que competem no Festival Folclórico de Parintins, um dos mais importantes festivais populares e culturais do Brasil. [3] As cores oficiais do Caprichoso são o azul e o branco, embora seja conhecido como "touro negro" por conta da sua representação ser um touro de pelos pretos, possuindo este uma estrela azulada na testa, sendo esta o seu símbolo maior.

Boi Caprichoso
Boi Caprichoso
Fundação 20 de outubro de 1913 (111 anos)[1]
  • Ano de 1925, de acordo com Raimundinho Dutra, Maria Inácia Gonzaga, Maria do Carmo Monteverde e Chico da Silva. [2]
Cores Azul e Branco
Símbolo Estrela
Bairro Francesa e Palmares
Presidente Rossy Amoedo (triênio 2024-2026)

Vice-presidente: Diego Mascarenhas

Apresentador Edmundo Oran
Levantador de toadas Patrick Araújo
Amo do Boi Herland Pena "Prince do Boi"
Pajé Erick Beltrão
Cunhã-poranga Marciele Albuquerque
Sinhazinha da Fazenda Valentina Cid
Porta-Estandarte Marcela Marialva
Rainha do Folclore Cleise Simas
tripa do boi Alexandre Azevedo

História

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Era 1913 quando a Parintins antiga viu nascer nos terreiros úmidos do “Reduto do Esconde”, pelas bandas do Urubuzal, o Boi Caprichoso. Nascido das mãos calejadas de Seu Roque Cid e seus irmãos, Antônio Cid, Beatriz Cid e Pedro Cid, naturais de Crato, no Ceará. O mais velho, Pedro Cid, resolve ficar em Belém, precisava de trabalho urgentemente. Os outros, Roque Cid e Antônio Cid, seguem para Manaus. Aportando em Parintins, saltam e resolvem ficar. O ano era 1913, os Cid ainda não haviam concretizado todos os seus sonhos de prosperar na nova terra e resolvem que vão retornar às suas origens. Fala-lhes sobre um boi de nome Caprichoso que assistira em Manaus, na Praça 14 de Janeiro, contou-lhes como foi sua evolução: toadas, desafios e animação. Os irmãos Cid enchem-se de coragem e no dia 20 de outubro de 1913, juntamente com outros amigos e a promessa a São João foi cumprida: nasce o boi Caprichoso no local conhecido como Esconde, hoje a Travessa Sá Peixoto.[4]

Assim, desde então, de couro negro e luzidio, o boi Caprichoso saiu às ruas pela primeira vez, demarcando seu território azulado, brincado pelas ruas de Parintins, sob as luzes de lamparinas.[5]

O boi brincava, dançando estimulado pela cantoria do Amo e a euforia dos brincantes em número reduzido e lá se iam ao som da marujada de guerra, entoando seus desafios, incentivados pelos torcedores.

De vez em quando, uma parada para o ritual do tira a língua. O boi morria, atirado por pai Francisco para satisfazer o desejo de Mãe Catirina. Sua língua era retirada e vendida ao dono da casa. Assim, angariavam fundos para os festejos da morte do boi quando encerravam os folguedos juninos.[6]

Nascido das mãos de gente simples, logo ganha a simpatia de muitos, tornando-se assim, o presente do povo: pescadores, lavadeiras, pedreiros, compadres e comadres. Eram os seus primeiros brincantes.[7]

De lá para cá, o Boi Caprichoso ganhou os quintais e as ruas, sempre brincando e alegrando gente pobre, negra, indígena e ribeirinha, refletida na estrela azul e branca da testa do Boi Negro da Ilha, lindo e popular. Sob lamparinas de Seu Lioca e cumprimento da promessa junina, fortalecia-se, aos poucos, uma festança popular que, ao longo das gerações, permitiu que os parintinenses sonhassem outros futuros, tecidos por meio dos saberes e da sensibilidade de sua gente cabocla, energizada na utopia e na busca de uma imaginada revolução oriunda desde nossa ancestralidade. Os artistas populares, com suas esculturas superlativas, ganharam o Brasil e o mundo, tornando o Boi Caprichoso, os mais aguerridos lutadores da cultura parintinense.[8][9][10]

Em metamorfose ao ritmo tradicional e o ambiente do folguedo em espetáculo capaz de mobilizar multidões e de colocar em cena a louvação à Mãe Natureza, ao passo em que se denunciam as violações dos direitos dos povos da floresta. Valorizando a história de tantas memórias e camadas, diversas em etnias, gêneros, religiões e orientações sexuais. As ruas são galerias vivas de uma arte popular a nutrir e expandir a cultura nacional. Semeando arte em reinvenções permanentes, refazendo identidades, emoldurando ancestralidades com as demandas atuais que brotam da gente.

O Caprichoso é o bumbá que permanece se nutrindo em mais de cem anos, nos batuques libertários dos quilombos, em meio a marchas e acampamentos de povos originários, no suor de artesãos locais e nas expressividades dos que ousaram criar no meio da Amazônia, as estruturas gigantescas que que foram nomeadas nos saberes-fazeres de ousadia.

Este boi segue sustentando, em mais de 50 edições do Festival Folclórico, com os artistas do Boi-Bumbá Caprichoso, a função máxima da festa que é bradar a todos os cantos a luta dos homens e das mulheres da floresta, transformando os anseios e sonhos do seu povo em luta: luta em poesia na chama viva da cultura popular do Boi Negro de Parintins.

A partir de 1982, o Boi-Bumbá Caprichoso transforma-se em uma associação, alterando seu formato de gestão. Os antigos proprietários transferem o controle para presidentes eleitos com mandatos específicos, auxiliados por uma diretoria mais ampla. Odinéa Andrade registra a primeira assembleia em 20 de março de 1982, no Salão Nobre do Colégio Nossa Senhora do Carmo. Nesse momento, organizam o primeiro quadro de sócios, e em breve, o Caprichoso adquire um curral, um espaço físico para atividades sociais, ensaios e parte da preparação para as apresentações no Festival.

Segmentos

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Presidentes

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Aqui, a lista dos presidentes da agremiação:[1]

Mandato Nome
1913 Roque Cid
1918-1931 Emídio Vieira
1932-1942 Pedro Cid
1943 Antônio BoBoí
1944 - 1947 Nascimento Cid
1948 - 1963 Luiz Gonzaga
1964 Nilo Gama
1965 - 1967 Ervino Leocádio
1968 - 1981 Luiz Pereira
1982 Alcinelcio Vieira
1983 - 1984 Geraldo Medeiros
1984 - 1985 Waldemar Queiroz
1986 - 1987 João Andrade
1988 - 1989 Irineu Teixeira
1989 Rubens dos Santos
1990 Junta Governativa (Ray Viana, Emílio Silva, Nazaré Leitão, Feijó, Manolo e Socorro Lopes)
1991 Geraldo Medeiros
1992 Ray Viana
1993 João Andrade
1994 - 1996 Ray Viana
1997 - 2000 Joilto Azêdo
2001 - 2002 Dodózinho Carvalho
2003 - 2005 César Oliveira
2005-2010 Carmona Oliveira Filho
2010 - 2013 Márcia Baranda
2013 - 2016 Joilto Azêdo
2016 - 2019 Babá Tupinambá
2019 - 2023 Jender Lobato
2023 - presente Rossy Amoedo

Localização

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Ao longo de sua existência, o Caprichoso ocupou nove Currais (sedes), a cada novo dono o boi se instalou em diferentes locais, numa caminhada pelos quatro cantos da cidade, originando-se daí a sua fama de "Boi de Parintins". A partir de 1981, quando o Caprichoso deixa de ter um dono e passa a ser administrado por uma diretoria, se instala definitivamente em seu curral na Rua Gomes de Castro, que recebeu o nome de Zeca Xibelão em homenagem a seu icônico tuxaua. [1]

Dono Curral
Roque Cid (1913 - 1918) Av. Sá Peixoto
Emídio Vieira (1918-1931) Av. Rio Branco
Pedro Cid (1932-1942) Av. Sá Peixoto
Antônio Boboí (1943) Av. João Meireles
Nascimento Cid (1944 - 1947) Beco Castelo Branco
Luiz Gonzaga (1948 - 1963) Av. Rio Branco
Nilo Gama (1964) Av. Rio Branco e Furtado Belém
Ervino Leocádio (1965 - 1967) Parananema e Travessa Cordovil
Luiz Pereira (1968 - 1981) Travessa Cordovil

Títulos

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O primeiro título conquistado pelo Boi Caprichoso foi em 1969, na segunda edição do Festival Folclórico de Parintins em que houve a disputa entre as duas agremiações folclóricas. Na década de 1970, ganhou os festivais de 1972, 1974, e um tetracampeonato de 1976 a 1979. No ano de 1978, a Praça das Castanholeiras foi escolhido o local das disputas, o adversário alegou que o local era inapropriado e abandonou a disputa tornando o Caprichoso Tricampeão. Porém, o adversário também contabiliza o ano de 1978 como título em sua galeria, porque naquela época também havia outras disputas simultâneas e em uma delas acabaram ganhando.

Na década de 1980, considerada por muitos torcedores como "A Década Perdida", fato este que foi relembrado até mesmo pelo Amo do Boi, Edílson Santana, no Festival de 2013, o Caprichoso venceu os festivais de 1985 e 1987. Em 1982, o Boi Caprichoso decidiu não participar no festival, alegando que a disputa seria injusta, dado o tempo restado para a confecção de um boi que pudesse competir à altura, já que o boi contrario teria recebido a verba muito antes.

A década de 1990 representou um dos melhores momentos da história do Boi Caprichoso. De 1990 a 1999, ganhou seis dos dez festivais disputados, tendo faturado um tricampeonato (1994-1996) na época em que a festa de Parintins ganhava o Brasil e o mundo. Teria conquistado o seu tetracampeonato em 1997, levando em consideração apenas a soma dos pontos dados pelos jurados à apresentação na arena. A derrota, porém, adveio de uma penalidade imposta pelos jurados ao apresentador Gil Gonçalves. No entanto, o "Touro Negro" deu a volta por cima sagrando-se campeão no ano seguinte, em 1998 - uma conquista indiscutível em que um dos fatos mais marcantes foi o cantor Arlindo Júnior ter ocupado o posto de apresentador e levantador de toadas ao mesmo tempo, e ainda ter vencido nos dois itens, repetindo o feito de Paulinho Faria, que também venceu em ambos os itens em 1991 e 1993.

Em 2000, protagonizou com o boi contrário o primeiro empate da história do Festival de Parintins em uma apuração controversa. Ainda nessa década, faturou o festival de 2003 e um bicampeonato (2007 e 2008). De 2010 até hoje, o Boi Caprichoso tem protagonizado disputas equilibradas com o boi contrário. Foi campeão em 2010, 2012, 2015 (ano do cinquentenário do festival) e Bicampeão nos anos de 2017 e 2018, além de ser tricampeão pela segunda vez em sua história (2022-2024)

Competição Títulos Temporadas
Festival Folclórico de Parintins 26 1969, 1972, 1974, 1976, 1977, 1979, 1985, 1987, 1990, 1992, 1994, 1995, 1996, 1998, 2000¹, 2003, 2007, 2008, 2010, 2012, 2015, 2017, 2018, 2022, 2023 e 2024
1 Em 2000 houve o primeiro e único empate entre os dois bois.

Itens que concorrem no Festival: Bloco A - Comum/Musical

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Levantador de Toadas

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O levantador de toadas, com sua voz afinada e potente, tem a missão de entoar as toadas que sustentam o espetáculo, proporcionando harmonia ao desenvolvimento do tema. Este papel é parte das festas em Parintins desde o início, quando o boi desfilava nas ruas e as toadas exaltavam o Caprichoso, incluindo desafios e provocações aos bois rivais.
 
Levantador de Toadas do Boi Caprichoso
Período Nome Naturalidade Ref.
1989-1999 Arlindo Júnior   Manaus
2000-2001 Renato Freitas
2002-2004 Robson Junior [11]
2005-2006 Arlindo Júnior   Manaus
2007-2009 Edilson Santana   Santarém [12]
2010-2020 David Assayag   Parintins
2020-atual Patrick Araújo   Juruti

Apresentador

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Apresentador do Boi Caprichoso

O mestre de cerimônia conduz o espetáculo, iniciando a apresentação com a tradicional chamada "olha o boi, olha o boi, olha o boi...". Além disso, ele atua como narrador, introduzindo lendas, rituais e outros itens, apresentando-os de forma apropriada. Sua função é chamar a atenção dos jurados e do público para as evoluções dos itens na arena.

Período Nome Naturalidade
1987-1989 Marcos Santos
1990-1997 Gil Gonçalves
1998-2004[13] Arlindo Júnior Manaus
2005-2013 Junior Paulain
2014 Arlindo Júnior Manaus
2015 Junior Paulain
2016 Fabiano Neves
2016-presente Edmundo Oran

Amo do Boi

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O personagem representa o dono da fazenda onde brinca o boi Caprichoso. Inspirado na herança nordestina dos repentes e versos de improviso, o amo canta e narra em falsetes a poesia cabocla e a história do boi de Parintins. Oriundo das brincadeiras nordestinas trazidas pelos fundadores, os irmãos Cid, o amo do boi Caprichoso representa Roque Cid, o criador e primeiro dono do Boi Caprichoso.

 
Amo do Boi Caprichoso
Período Nome Naturalidade
1984-1998 Rey Azevêdo
1999-1999 Benedito Siqueira
2000-2003 Rey Azevêdo
2004-2004 Renato Freitas
2005-2006 Edilson Santana Santarém
2007-2009 Prince do Boi
2010-2013 Edilson Santana Santarém
2014-2014 Junior Paulain
2015-2016 Edmundo Oran
2017-atual Herland Pena - "Prince do Boi"

Marujada de Guerra

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Marujada de Guerra do Boi Caprichoso

A sustentação rítmica é a base do espetáculo, fornecida por um agrupamento de percussão essencial às toadas. Reger uma orquestra de percussão já é complexo, e dividir 450 ritmistas em duas partes, com dois regentes, é um desafio que exige concentração e comprometimento artístico, alinhando os espetáculos de Arena com grandes musicais.

  • Méritos para pontuação incluem: cadência diferenciada, ritmo e constância.
  • Diferenciais e comparativos consideram: harmonia, disposição de arena, ritmo, indumentária e cadência.

A Galera Azul e Branca

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Galera Azul e Branca do Boi Caprichoso

A massa humana que forma uma das maiores coreografias uníssonas do mundo é um elemento crucial do espetáculo, com mais de dez mil torcedores ocupando a arquibancada do Bumbódromo desde cedo, enfrentando chuva, sol e calor. Esse sacrifício garante seus lugares para participar gratuitamente do grande coro que embala as apresentações do Boi Caprichoso. Após um dia inteiro de espera, eles mostram sua garra e força cantando as toadas, executando coreografias com braços ou adereços, e transmitindo sua energia e amor para a arena, interagindo ativamente com o apresentador.

Em 1988, ano de inauguração do Bumbódromo oficial de concreto armado e alvenaria, o jovem Arlindo Júnior assumiu o posto de levantador de toadas em 1989, inovando com novas coreografias. Em 1996, começaram os Medleys, misturas de arranjos com coreografias de braço que impactavam a arena. Em 2010, David Assayag, com raízes no Caprichoso desde 1991, voltou como levantador oficial de toadas após um período no boi adversário. A galera azul e branca permaneceu invicta por 8 anos, de 2011 a 2018, conquistando títulos em 2012, 2015, 2017 e 2018, e empates em 2011, 2013, 2014 e 2016 no item 19.

Organização do Conjunto Folclórico

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A organização do conjunto folclórico envolve a reunião de itens individuais, artísticos e coletivos, todos baseados no tema da noite e dispostos de maneira organizada na arena de apresentação. A dimensão dos espetáculos e a organização de sua execução são avaliadas pelos jurados no item 21. A "limpeza da arena" se refere ao espetáculo com menos pessoas sem função visível durante a apresentação. A agremiação que mantiver os brincantes livres de comandos de última hora ou improvisos visíveis alcança a nota máxima. A falta de planejamento na execução do espetáculo pode resultar em perda de pontos.

Itens que concorrem no Festival: Bloco B - Cênico/Coreográfico

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Sinhazinha da Fazenda

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A personagem representa a filha do Amo do Boi, cujo brinquedo favorito é o Boi Caprichoso. Ela se apresenta com graça e alegria, exibindo uma indumentária que evoca a riqueza dos vestidos das sinhás coloniais, refletindo as influências da cultura branca na formação do povo parintinense. Atualmente, essa personagem é interpretada por Valentina Cid, descendente de Roque Cid, o fundador do Caprichoso.

 
Sinhazinha do Boi Caprichoso
Ano Nome Naturalidade Ref.
1993-1998 Karina Cid   Parintins
1999-2000 Jeane Benoliel
2001-2006 Adriane Viana
2007-2013 Thainá Valente
2014-2015 Karyne Medeiros
2016 Adriane Viana
2017-atual Valentina Cid   Parintins

Notas

  • Karina e Valentina Cid são mãe e filha, respectivamente.[14]

Cunhã-Poranga

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Ela é a mulher mais bela das tribos do Boi Caprichoso, personificando a garra, o mistério e o espírito guerreiro das lendárias Amazonas. Em sua dança, expressa sentimentos profundos de amor e paixão. Atualmente, este papel é magistralmente representado na arena por Marciele Albuquerque, que estreou no festival em 2017.
 
Cunhã Poranga do Boi Caprichoso
Período Nome Naturalidade Ref.
1989 Luisiana Medeiros   Belém [15]
1990 Maria Cecília Monteiro [16]
1991-1995 Daniela Assayag   Parintins
1996-1998 Marlessandra Barbosa Fernandes
1999-2000 Marlessandra Nascimento Santana
2001-2004 Jeane Benoliel [17]
2005-2006 Isabel de Souza da Silva
2007-2016 Maria Azêdo
2017-atual Marciele Albuquerque   Juruti [18]

Notas

  • Luisiana Medeiros representou o Amazonas no mesmo ano no Miss Brasil 1989, também participou do concurso Rainha das Rainhas do Carnaval Paraense em 1990, tornando-se vice-campeã.
  • Maria Cecília Monteiro foi campeã do concurso Rainha das Rainhas do Carnaval Paraense em 1990.

Porta-Estandarte

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Responsável por conduzir o estandarte azul e branco, símbolo em movimento do boi Caprichoso. Sua evolução na arena é marcada pela paixão e encanto pelo azul, destacando-se pela elegância, garra e simpatia ao reverenciar o estandarte. Este papel representa a sabedoria cabocla de Parintins, a tradição popular e a rica cultura indígena da Amazônia.
 
Porta Estandarte do Boi Caprichoso
Ano Nome Naturalidade Ref.
1989 Rosames Suely   Parintins
1990 Wanderlane
1991 Marcela Pessoa
1992 Inah Lopes [19]
1993 Moza Santana/Marcela Pessoa
1994-1995 Marlessandra Barbosa Fernandes
1996-1998 Marlessandra Nascimento Santana [19]
1999-2004 Lucenize Moura [19]
2005-2006 Analú Vieira [19]
2007-2011 Karyne Medeiros [19]
2012 Jeane Benoliel [19]
2013-2014 Rayssa Tupinambá [19]
2015 Jessica Tavares
2016 Thaisa Brasil
2017 Taynessa Brasil [19]
2017-atual Marcela Marialva   Manaus [20]

Rainha do Folclore

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Ela personifica a geografia de mistérios e beleza do folclore da Amazônia, reinando absoluta nesse universo de sonhos. Encanta a todos com seu bailado e pela exuberância de suas indumentárias. A rainha é a guardiã do folclore, trazendo alegria e a magia de brincar de boi em perfeita harmonia com a diversidade cultural da vida na floresta. Sua presença na arena representa a união de todos os seres da mata, compartilhando a mesma alegria e um profundo respeito pela cultura e pela natureza.

Ano Nome Naturalidade Ref.
1984-1986 Inah Lopes   Parintins
1988-1992 Karina Cid
1993-1996 Dunya Assayag
1997-1999 Camila Assayag
2000-2004 Daniela Monteiro Alencar
2005-2008 Karla Thainá
2009-2018 Brena Dianná
2019-atual Cleise Simas   Parintins
 
Pajé do Boi Caprichoso
O pajé é um item importante na regionalização da festa. Aqui nas representações do auto do boi, mãe Catirina, grávida, deseja comer a língua do boi preferido do patrão, forçando o seu marido, o Pai Francisco, a matar o boi e arrancar a língua para satisfazer os desejos da grávida. Ao fim o boi é ressuscitado pelo curandeiro local, com poderes sobrenaturais, o poderoso Pajé. O Pajé interpreta em sua apresentação o feiticeiro, o curandeiro, o mago das transmutações, fascinando pelos cantos, pelas rezas, danças e rituais. Com o poder mágico das ervas, repete o gesto de invocar os espíritos sagrados pedindo proteção aos ancestrais para expulsar o ser maléfico. Após anos de evolução da festa, o Pajé ganhou importância no enredo do espetáculo, migrando em definitivo para a parte tribal da festa, encenando os ritos e lendas indígenas. Sendo a aparição desse item um dos momentos mais aguardados de cada noite.
Ano Nome Naturalidade Ref.
1992-2016 Waldir Santana   Parintins
2017-2019 Neto Simões
2020-atual Erick Beltrão   Parintins

Boi-Bumbá (Evolução)

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Boi Bumbá Caprichoso em Evolução
O símbolo da manifestação popular e motivo principal do festival, o artista plástico Alexandre Simas Azevedo, de 33 anos, herdou de seu pai o talento para dar vida ao boi de pano, e agora está pronto para defender o item Tribo do Caprichoso. Criado na Rua Cordovil, um berço tradicional do Caprichoso, desde criança o boi-bumbá foi seu brinquedo favorito. Aos 19 anos, Alexandre Azevedo dançou pela primeira vez debaixo do "boi da estrela na testa", em um evento oficial do Caprichoso em Brasília, quando seu pai, Marcos Azevedo, sofreu um acidente e não pôde viajar. Desde 2001, sua ligação com o bumbá da estrela se fortaleceu, acompanhando seu pai nas apresentações no Festival Folclórico de Parintins, até o momento em que assumiu o item em outubro de 2016.

A experiência de Alexandre Azevedo na arena do Bumbódromo e em eventos oficiais do boi por todo o Brasil o credenciou a ser o sucessor de seu pai. Em 2001, quando seu pai machucou o pé pouco antes de uma importante viagem à Brasília para uma apresentação da Coca-Cola, Alexandre assumiu a responsabilidade e se colocou à disposição do Caprichoso para acompanhar a viagem. Desde então, ele passou a acompanhar seu pai na arena, participando em alguns momentos e revezando no item, seja no Bumbódromo, em viagens pelo país ou em shows em Manaus. Seu primeiro contato com o boi foi na infância, brincando com um "boizinho" na rua de casa, o que despertou desde cedo sua paixão pelo folclore e pelo Caprichoso.

Coreografia

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Coreografia
Todos os movimentos de dança apresentados durante o espetáculo são construídos a partir das toadas, essenciais para os espetáculos musicais de arena. As coreografias variam em estilos específicos que caracterizam os cordões e representam o bailado dos itens individuais, refletindo traços das danças dos folguedos em que o Boi-Bumbá se inspira.

A coreografia reproduz, de forma livre ou poética, as etnias que compõem essa tradição na Amazônia. Ela é fundamental para expressar a visão do branco sobre o negro e o índio, assim como a auto percepção desses grupos, um ciclo essencial para a evolução folclórica. O Boi Caprichoso foi pioneiro ao introduzir tribos coreografadas na Arena do Bumbódromo, todas criadas e treinadas pelo eterno Pajé Waldir Santana.

Itens que concorrem no Festival: Bloco C - Artístico

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Rituais Indígenas

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Recriação de ritmo xamanístico, fundamentado através de pesquisa, dentro do contexto folclórico. A encenação ou recriação de rituais indígenas como quadro apoteótico no Boi-Bumbá reúne elementos alegóricos, coreográficos e teatrais, numa soma dramática capaz de revelar cenicamente o universo indígena e suas cosmogonias, apanhados nas toadas de diversas etnias, apresentadas de forma avassaladora nos espetáculos de arena do Caprichoso. 

Rituais que marcaram as apresentações do Boi Caprichoso:

  • 1994 - Ritual Unankiê, Fibras de Arumã e Ritual Urequeí
  • 1995 - Lagarta de Fogo, Templo de Monan e o inesquecível ritual Kananciuê
  • 1996 - Ritual do medo, Réquiem Prece aos Espíritos
  • 1999 - Ritual a Oração da Montanha, Ritual Xamã, 
  • 2000 - Mura, o príncipe das Águas e Luz da Comunhão 
  • 2003 - Ritual Ulaimkimpia, Ritual Angaratã e Ritual Mochica 
  • 2004 - Ritual Mariwin, Ritual Ibirapema e Panteão Amazônico o Giro dos Deuses
  • 2005 - Ritual Profecia Karajá, Caçadores de Tarântulas 
  • 2006 - Ritual Fera Xingu, Ritual Viagem ao Mundo dos Espíritos e Ritual Deusa do Dragão 
  • 2007 - Ritual Mascara de Aura,  Rito Sateré e Ritual Baniwa - Guardiões do Mundo 
  • 2008 - Ritual Espírito Manaó, Ritual Kamarãpi e Ritual He-Merimã 
  • 2009 - Ritual Aldeia Subterrânea, Ritual Mayoruna e Ritualística Apurinã 
  • 2010 - Ritual Sateré-Mawé , Ritual Gavião Ikolen e Xamanismo Kaxinauá 
  • 2011 - Ritual Djüé Tchiga, Worecü, Ritual Wanãdjaka e Ritual Mariwin 
  • 2012 - Ritual Araweté, Ritual Tariana e Ritual Munduruku 
  • 2013 - Ritual Yuriman, Ritual Bororo e Ritual Gaviao Ikolen 
  • 2014 - Ritual Yanomami, Ritual Myrakãwéra e Ritual Urotopiãg Maraguá
  • 2015 - Ritual Cãoera e Kamaramphi, o inferno Ashaninka 
  • 2016 - Tocaia Kagwahiva, Monhangaripi e Rito Ju'riju'rihuve'e
  • 2017 - Ritual O cativo, Ritual Kupe-Dyep e Ritual Presságio
  • 2018 - Ritual Traidor, Ritual Yanomami e Ritual Dowari, o Caminho dos Mortos
  • 2019 - Ritual Enawenê-Nawê e Ritual Yanomami, a Cura da Terra
  • 2022 - Ritual Tupari e Ritual Reahu, Comunhão dos Espíritos
  • 2023 - Ritual Munduruku Iniciação Marupiara, Ritual Yreruá e Ritual Maï Marakã
  • 2024 - Ritual Mothokari, Ritual Mística Marubo e Ritual Awa Guajá

Povos Indígenas

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Uma das particularidades da vertente do boi de Parintins está justamente nas diversas formas que a Amazônia entrou na brincadeira, sobretudo, com seu universo indígena. Faz parte da disputa o melhor desempenho do corpo de dança representando indígenas, enriquecido pela musicalidade tribal e as coreografias executadas por mais de 160 jovens, cujas indumentárias e desenhos coreográficos, recriam as tradições étnicas dessa região. 

Tuxauas

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Tuxauas do Boi Caprichoso

Chefe da tribo, representação alegórica do imaginário indígena e caboclo da Amazônia. A liderança de uma aldeia está representada neste item que, por força da disputa, precisa conduzir uma indumentária com proporções agigantadas, onde os principais elementos étnicos da aldeia devem estar nela acoplados. A grandiosidade e a forma como a indumentária é conduzida, mostra força e obstinação por parte do dançarino que a veste, provando que pode conduzir o seu povo. 

Figura Típica Regional

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Símbolo da cultura amazônica, na sua soma de valores a partir dos elementos que compuseram sua miscigenação. Outra incursão no Boi-Bumbá de Parintins é o item Figura Típica da Região. Traduz-se como o imaginário caboclo que cria e recria lendas e mitos fantásticos nos beiradões desses imensos cursos d´água, que dividem a fronteira da realidade e dos sonhos. Surgem no palco do Festival em representações alegóricas e poéticas, encenadas num ambiente que recria o cotidiano de Tacacazeiras, Artesãos, Farinheiros, Juteiros, Pescadores, de figuras que em sua pluralidade, são tipicamente da Região amazônica. 

Alegorias

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Estruturas artísticas que funcionam como suporte e cenário para apresentação. Denominou-se ‘Alegorias’ este item para facilitar sua compreensão, porque em verdade trata-se de grandes cenários onde esculturas gigantes ganham animação com movimentos que amparam os principais quadros do espetáculo de arena. O avanço na construção destes cenários é justamente um dos destaques do Festival Folclórico de Parintins, seus construtores são conhecidos como artistas de ponta que já atravessaram as fronteiras da região e hoje estão nos maiores eventos populares do Brasil, como os Carnavais do Rio e de São Paulo e do maior evento esportivo do mundo, as Olimpíadas. 

Lendas Amazônicas

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Ficção que retrata e ilustra a cultura e o folclore de um povo. É tão rico o lendário amazônico que ano a ano nos espetáculos de arena, formatou-se um quadro específico para a recriação cênica das lendas extraídas do imaginário caboclo e indígena. Seres fantásticos em estórias encantadas de "cobra que vira homem", da "tribo inteira só de mulheres", do "curumim com os pés virados para trás", do ser "híbrido com a boca na barriga", para citar alguns. Esse universo todo cantado em toadas, passa pela criação dramatúrgica cercada de mistérios para depois, transportar o espectador pelo imaginário amazônico. 

Vaqueirada

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Vaqueirada do Boi Caprichoso

Nessa apresentação, os Vaqueiros devem cercar o boi evitando qualquer ameaça ou perigo ao mais querido do Amo. Trazem suas lanças para marcar a propriedade do dono da fazenda e para criar um momento fabuloso que cerca todas as personagens do "Auto do Boi", numa evolução colorida e muito alegre em festejo à chegada do mais bonito boi da fazenda, o Caprichoso. Os brincantes da Vaqueirada são rapazes voluntários das comunidades de Parintins que, ao toque do tambor, se reúnem para vestir seus cavalinhos e apanhar suas lanças com muito orgulho de ser parte da tradição dessa festa folclórica. 

Projeto social

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Desde 1997, o Caprichoso mantém a Escola de Artes Irmão Miguel de Pascalle, conhecida também como "Escolinha de Artes Caprichoso", criada na gestão do então presidente Joilto Azedo. Inicialmente de forma tímida como um projeto experimental, envolvia cerca de 50 crianças. Nos dias Atuais, a escola de artes atende mais de 700 jovens entre 07 a 20 anos no compromisso de iniciação artística, no apoio aos esportes e auxilio no reforço escolar. Este Projeto já atende a demanda interna do boi Caprichoso em praticamente todos os seus setores, que concorrem o festival e em especialmente na parte artística e musical. Para participar das atividades e laboratórios da escola, é preciso apenas estar matriculados na rede de ensino formal. As crianças e adolescentes não precisam torcerem para o Caprichoso para serem aceitas, tanto que a escola já revelou itens inclusive para o adversário.

As Toadas

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Até o final dos anos 80 as toadas eram músicas cujas letras exaltavam o boi e demais personagens como Pai Francisco, a Sinhazinha, dentre outros, além de exaltarem a cultura cabocla parintinense. No início dos anos 90, a temática indígena que foi introduzida com sucesso, principalmente com o advento dos rituais indígenas, que se tornaram o ponto alto do Festival. O Caprichoso foi o que melhor utilizou a temática, alcançando grande destaque graças ao sucesso que crítica e público concederam a toadas indígenas como Fibras de Arumã, Unankiê, e Kananciuê. Com o sucesso de tais toadas, o público de Manaus, que gostava timidamente do ritmo, passou a abraçar a toada e a adotou como símbolo da cultura amazonense. No ano seguinte, o grupo Canto da Mata, composto por Geraldo Brasil, Cabá, Pampa, Aluízio Brasil, Alex Pontes, Maílzon Mendes, Alceo Ancelmo e Neil Armstrong, iniciou um outro estilo de toada que também tomaria conta do grande público de Manaus e de Parintins, a Toada Comercial. Em 1995, com o uso dos teclados - que tinham sido usados pela primeira vez de maneira tímida em 1994 - o grupo compôs a toada "Canto da Mata", que foi um grande sucesso nas rádios e ajudou o Caprichoso a vencer o Festival. Em 1997, compuseram outra toada que se tornou fenômeno no Amazonas: "Ritmo Quente", grande sucesso nos ensaios do boi e também em eventos turísticos de Manaus, como "Boi Manaus" e o "Carnaboi".

Toadas do boi Caprichoso que marcaram o Festival de Parintins

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  • Grito de Alerta (José Carlos Portilho) - 1984
  • Rara Beleza (Sales Santos) - 1989
  • Coração Azul e Branco (Hugo Levy, Romildo Campos) - 1989
  • Alerta Marujada (Carlinho) - 1989
  • Sereia (Raimundinho Dutra) - 1989
  • Areia Branca (Raimundinho Dutra) - 1989
  • Chamada do Boi (Silvio Camaleão) - 1990
  • Orvalho da Ilha (Hugo Levy, Lélio Lauria, Sales Santos) - 1990
  • Ninguém Gosta Mais Desse Boi do Que Eu (Carlos Paulain) - 1991
  • Missionário da Luz (Chico da Silva) - 1991
  • Pescadores - (Marcos Santos e Chico da Silva) 1991
  • Toada do Cônsul (Marcos Santos e Chico da Silva) - 1992
  • Cunhã-Poranga 92 (Neil Armstrong, Sales Santos) - 1992
  • Azul (Chico da Silva) - 1994
  • Toque do Berrante - 1994
  • Saga de um canoeiro (Ronaldo Barbosa) - 1994
  • Fibras de Arumã (Ronaldo Barbosa) - 1994
  • Unankiê (Ronaldo Barbosa) - 1994
  • Rios de Promessas (Ronaldo Barbosa) - 1995
  • Canto da Mata (Alceo Anselmo) - 1995
  • Kananciuê (Ronaldo Barbosa) - 1995
  • Templo de Monan (Ronaldo Barbosa) - 1995
  • Lagarta de Fogo (Leno, Davi) - 1995
  • Pesadelo dos Navegantes (Ronaldo Barbosa) - 1996
  • Gêne (Ronaldo Barbosa) - 1996
  • Vale do Javari (João Melo Faria, Ronaldo Barbosa) - 1996
  • Vento Norte (Ariosto Braga, José Augusto Cardoso) - 1996
  • Réquiem Prece aos Espíritos (Ronaldo Barbosa) - 1996
  • Emoção Infinita (Alex Pontes, Mailzon Mendes) - 1997
  • Festa da Ilha Encantada (Carlos Batata, Wallace Maia) - 1997
  • Amazônia Quaternária (Ronaldo Barbosa) - 1997
  • Explosão dos Tambores (Ronaldo Barbosa) - 1997
  • Ritmo Quente (Alex Pontes, Mailzon Mendes) - 1997
  • Amazonas Ayakamaé (Ronaldo Barbosa, Simão Assayag) - 1997

Extra

  1. Canto Envolvente (Alex Pontes, Mailzon Mendes) - 1997
  2. Estrela do Lugar (Alex Pontes, Mailzon Mendes, Neil Armstrong, Alceo Anselmo) - 1997
  3. Alegria de Dançar (Alceo Anselmo) - 1997
  • Tempo de Festa (José Carlos Portilho, Rui Machado) - 1998
  • Evolução de Cores (Ronaldo Barbosa) - 1998
  • Canto da Yara (Ronaldo Barbosa) - 1998
  • Espadas e Clarins (Ronaldo Barbosa) - 1998
  • Ritual da Vida (Ronaldo Barbosa, Simão Assayag) - 1998
  • Bicho-Homem (Ronaldo Barbosa, Carlos Paulain, Simão Assayag) - 1998

Extra

  1. Pararará (Alex Pontes, Mailzon Mendes) - 1998
  2. Bailado de Bailarina (Alex Pontes, José Augusto Cardoso, Mailzon Mendes) - 1998
  3. Dançando com a Marujada (Marconildo Costa) - 1998
  • Luz, Mistério e Magia (Giancarlo Pessoa, José Carlos Portillo) - 1999
  • Cunhã-Poranga 99 (Andréa Pontes, Mailzon Mendes, Rui Machado) - 1999
  • Candelabros Azuis (Ronaldo Barbosa) - 1999
  • Evolução de Cores II (Ronaldo Barbosa) - 1999
  • Rostinho de Anjo (Mailzon Mendes, Alceo Anselmo) - 1999
  • A Oração da Montanha (Mailzon Mendes, Alceo Anselmo, Rainier de Carvalho, Simão Assayag) - 1999
  • Xamã (Ronaldo Barbosa, Simão Assayag) - 1999
  • A Terra é Azul (Paulinho Du Sagrado) - 2000
  • Negro da América (Robson Jr., Jango) - 2000
  • O Grito das Águas (Ronaldo Barbosa) - 2000
  • Misterioso Kuraca (Bené Siqueira) - 2000
  • Mura, o Príncipe das Águas (Ronaldo Barbosa) - 2000
  • Dessana (Paulinho Du Sagrado, Tony Rossi) - 2000
  • Pariuaté-Rã (Elaine Rodrigues) - 2000
  • Luz da Comunhão (Ronaldo Barbosa) - 2000

Extra

  1. Vaqueiros da Floresta (Alceo Anselmo, Mailzon Mendes, Rui Machado) - 2000
  • Amor de Yandê (Hugo Levy, Neil Armstrong, Silvio Camaleão) - 2001
  • Odisseia Tupinambá (Hugo Levy, Neil Armstrong, Silvio Camaleão) - 2001
  • Cunhã, a Criatura de Tupã (Ronaldo Barbosa) - 2001
  • Terço Caboclo (Ronaldo Barbosa) - 2001
  • Sinhazinha da Fazenda (Mauro de Souza, Ronaldo Bazi, Wenderson Figueiredo) - 2001
  • Ser Caprichoso (Chico da Silva, Carlos Rosa) - 2002
  • Truda (Ronaldo Barbosa) - 2002
  • Delírio Azul (Ronaldo Barbosa) - 2002
  • Touro Negro (Ademar Azevedo, David Jerônimo) - 2002
  • Torés (Ronaldo Barbosa) - 2002
  • Meu Amor é Caprichoso (Chico da Silva) - 2002
  • Ipotira (Hugo Levy, Neil Armstrong, Silvio Camaleão) - 2002
  • Boi Estrela (Robson Jr., Marcelo Reis, Mailzon Mendes) - 2003
  • Tamba-Tajá (Hugo Levy, Neil Armstrong, Silvio Camaleão) - 2003
  • Marujada de Guerra (Chico da Silva) - 2003
  • Iaru e Ceuci (Hugo Levy, Neil Armstrong, Silvio Camaleão) - 2003
  • Ritual Mochica (Waldir Santana, Marcelo Reis, Robson Jn.) - 2003
  • Angaratã (Cyro Cabral) - 2003
  • Ritual Ulaikimpia (Edwander Batista, Robson Jn., Waldir Santana, Sebastião Jn., Júnior Reis, Mailson Mendes) - 2003
  • Coacy Beija-Flor (Hugo Levy, Neil Armstrong, Silvio Camaleão) - 2004
  • Boto Sou Eu (Hugo Levy, Neil Armstrong, Silvio Camaleão) - 2004
  • Ibirapema (Ronaldo Barbosa) - 2004
  • Remos e Tauás (Ronaldo Barbosa) - 2004
  • Mariwin (David Jerônimo, Ademar Azevedo, Elaine Rodrigues) - 2004
  • Amazonas Terra do Folclore, Fonte de Vida) Ronaldo Barbosa - 2004
  • Boi de Amar (Keandro Tavares, Franklin Jr., Aluízio Cardeira) - 2005
  • Tributo a Galdino Pataxó (Ronaldo Barbosa) - 2005
  • Boi da Estrela (Alceo Anselmo, Alex Pontes, Mailzon Mendes) - 2005
  • Profecia Karajá (Ademar Azevedo) - 2005
  • Caçadores de Tarântulas (Ronaldo Barbosa) - 2005
  • Sangue de Trovão (Ronaldo Barbosa) - 2005
  • Abanguera (Ronaldo Barbosa) - 2006
  • Noite de Esplendor (Tadeu Garcia) - 2006
  • Aui-Marajoara (Cyro Cabral, Alceo Anselmo) - 2006
  • O Senhor do Fogo Sagrado (Ronaldo Bazi, Wenderson Figueiredo, Mauro de Souza) - 2006
  • Viagem ao Mundo dos Espíritos (Ronaldo Barbosa) - 2006
  • Poronominare (Ademar Azevedo, Maurício Filho, David Jerônimo, Criatiano Cordeiro) - 2006
  • As Benzedeiras da Amazônia (Sebastião Junior, Edvander Batista) - 2006
  • Estrela Nova (Mailzon Mendes, Alceo Alcelmo, Alex Pontes, Zezinho Cardoso) - 2007
  • Deusa do Amor (Adriano Fonseca, Adriano Padilha, Elson Junior) - 2007
  • O Eldorado é aqui (Mailzon Mendes, Alceo Alcelmo, Eliberto Barroncas, Zezinho Cardoso) - 2007
  • Majestade da Evolução (Geovanna Gadelha, José Renato, Miguel de Oliveira) - 2007
  • Cristal de Lua (Hugo Levy, Neil Armstrong, Silvio Camaleão) - 2007
  • Paixão Azul (Hugo Levy, Neil Armstrong, Silvio Camaleão) - 2007
  • Rainha das Lendas (Alceo Anselmo, José Augusto Cardoso, Mailzon Mendes, Neil Armstrong) - 2007
  • Utopia Cabocla (Zé Renato, Augusto Lobato) - 2007
  • Rito Saterê (Ademar Azevedo, David Gerônimo) - 2007
  • Marujada de Guerra (Hugo Levy, Silvio Camaleão, Neil Armstrong) - 2008
  • É Campeão (Cezar Moraes) - 2008
  • Show da Galera (Ademar Azevedo) - 2008
  • Morena Cunhã (Hugo Levy, Silvio Camaleão, Geandro Pantoja) - 2008
  • O Futuro é Agora (Demétrius Haidos, Geandro Pantoja) - 2008
  • Êxtase Xamânico (Geandro Pantoja, Demétrius Haidos, Marcelo Reis) - 2008
  • Uruapeara (Hugo Levy, Silvio Camaleão, Geandro Pantoja) - 2008
  • Pavú Maraúna (Adriano Aguiar, Geovane Bastos, Renner Cruz) - 2008
  • Ritual Hi-Merimã (Ademar Azevedo) - 2008
  • Lição Cabocla (Adriano Aguiar, Alquiza Maria, Geovane Bastos) - 2008
  • Tempo de Borboletas (Ronaldo Barbosa) - 2009
  • Pachamama (Adriano Aguiar, Geovane Bastos) - 2009
  • Deusa Morena (Hugo Levy, Silvio Camaleão, Neil Armstrong) - 2009
  • Eu Sou a Lenda (Adriano Aguiar, Geovane Bastos) - 2009
  • Amazonas, Onde o Verde Encontra o Azul (Junior Paulain) - 2009
  • Aningal (Adriano Aguiar, Geovane Bastos) - 2009
  • Aldeia Subterrânea (Ademar Azevedo, Guto Kawakami) - 2009
  • Chegada do meu Boi (Adriano Aguiar) - 2010
  • O Canto da Floresta (Adriano Aguiar, Geovane Bastos, Vanessa Aguiar, Ligiane Gaspar) - 2010
  • Sentimento Caprichoso (Adriano Aguiar, Geovane Bastos, Michael Trindade) - 2010
  • Eu te Amo Caprichoso (Cezar Moraes) - 2010
  • Instrumental da Floresta (Paulinho Du Sagrado) - 2010
  • Pensamentos (Paulinho Du Sagrado) - 2010
  • A Festa do Boto (Adriano Aguiar, Geovane Bastos, Michael Trindade) - 2010
  • Tribálica (Adriano Aguiar, Geovane Bastos, Michael Trindade) - 2010
  • Ayma-Sunhé (Hugo Levy, Neil Armstrong, Silvio Camaleão) - 2010
  • Wãnko-Fiandeira (Guto Kawakami, Adriano Aguiar, Geovane Bastos) - 2010
  • Xamanismo Kaxinauá (Guto Kawakami, Adriano Aguiar, Geovane Bastos) - 2010
  • Nirvana Xamânico (Geovane Bastos, Adriano Aguiar) - 2010
  • Canto Nativo (Salomão Rossy) - 2010
  • A Cor do meu País (Adriano Aguiar, Suammy Patrocínio) - 2011
  • A Magia que Encanta o Mundo (Adriano Aguiar, Geovane Bastos, Rozinaldo Carneiro) - 2011
  • Turbilhão Azul (Rozinaldo Carneiro, Adriano Aguiar, Geovane Bastos) - 2011
  • Abaçaí (Adriano Aguiar, Geovane Bastos) - 2011
  • Boiúna (Guto Kawakami, Naldo Kawakami, Ligiane Gaspar) - 2011
  • Yuu Tsega, a Festa da Moça Nova (Erick Nakanome, Artur Nascimento, Michael Trindade) - 2011
  • Viva a Cultura Popular (Guto Kawakami, Geovane Bastos, Adriano Aguiar) - 2012
  • Balanço Popular (Adriano Aguiar) - 2012
  • Azul do meu Brasil (Adriana Cidade) - 2012
  • Sensibilidade (Adriano Aguiar, Geovane Bastos) - 2012
  • A Mística Xinguana (Paulinho Du Sagrado) - 2012
  • Universo do Amor (Ademar Azevedo, Maurício Filho) - 2012
  • Morceganjo (Ademar Azevedo, Maurício Filho) - 2012
  • Mai Marakã (Geovane Bastos, Adriano Aguiar) - 2012
  • Filhos da Mundurukania (César Moraes) - 2012
  • Ritual Tariana (Geovane Bastos, Adriano Aguiar) - 2012
  • Paikises Munduruku (Ademar Azevedo, Maurício Filho) - 2012
  • O Centenário de uma Paixão (Guto Kawakami, Adriano Aguiar, Geovane Bastos) - 2013
  • Festa de um Boi Brasileiro (Adriano Aguiar, Geovane Bastos) - 2013
  • 100 Anos de Cultura Popular (César Moraes, Rossy do Carmo) - 2013
  • Paixão de uma Nação (Adriano Aguiar) - 2013
  • Profética (Adriano Aguiar) - 2013
  • Yuriman (Geovane Bastos, Saulo Vianna) - 2013
  • Aldeia do Espíritos (Maurício Filho, Ademar Azevedo) - 2013
  • Pétalas de Estrelas (Alder Oliveira) - 2013
  • Sehaypóri (Geovane Bastos, Alquiza Maria) - 2014
  • O Ritmo é de Boi (Adriano Aguiar) - 2014
  • Boi Brasileiro (Geovane Bastos, Adriano Aguiar) - 2014
  • Estrela Angelical (Mailzon Mendes, Zezinho Cardoso, Tinho Pessoa) - 2014
  • Táwapayêra (Paulinho Du Sagrado) - 2014
  • Tocaia (Felipe Sicsú, Lindolfo Moreira, Waltinho Oliva Pinto) - 2014
  • Maracás do Rio Negro (Ronaldo Barbosa) - 2014
  • Guerreira da Mística Aldeia (Ademar Azevedo, Mauricio Filho) - 2014
  • Wayana-Apalai (Gabriel Moraes, Juarez Lima Filho, Joel Almeida) - 2014
  • Ritual Yanomami (Alder Oliveira, Marcos Lima) - 2014
  • Amazônia, nas Cores do Brasil (Adriano Aguiar) - 2015
  • Paixão de Torcedor (Adriano Aguiar) - 2015
  • Parikás (Ronaldo Barbosa) - 2015
  • Tem Folclore na Floresta (Gerlean Brasil, Roberto Jn., Ronan Marinho) - 2015
  • Norte das Canoas (Ronaldo Barbosa) - 2015
  • Amazônia, Encontros dos Povos (Ronaldo Barbosa) - 2015
  • Cãoera (Mayra Cavalcante, Fellipe Cid, Elton Cabral) - 2015
  • Amazônia, Arte da Criação (Adriano Aguiar, Júnior Dabela) - 2015
  • Serpentárias (Gabriel Moraes, Juarez Lima Filho, Joel Almeida Lima) - 2015
  • Viva Parintins! (Adriano Aguiar) - 2016
  • Somos Marujada de Guerra (Dodozinho Carvalho, Carlos Kaita, Joel Maklouf) - 2016
  • A Cura e a Fé (Hugo Levy, Neil Armstrong) - 2016
  • Viva Nossa Floresta! (Adriano Aguiar, Joel Maklouf, Ericky Nakanome, Jr. Dabela) - 2016
  • Trigésima Dança (Adriano Aguiar) - 2016
  • Maria, a Deusa Tupinambá (Klinger Araujo, Vanessa Alfaia, Carlos Kaita, Maran Valerio) - 2016
  • Tocaia Kagwahiva (Gerlean Brasil, Paulinho Medeiros, Everton Auzier, Jr. Dabela) - 2016
  • Rosto Angelical (Enéas Filho, Frank Azevedo) - 2017
  • Povo Festeiro da Ilha (Adriano Aguiar) - 2017
  • Cunhã Tribal (Alexandre Azevedo, Carlos Kaita, Geovane Bastos) - 2017
  • Rainha das Rainhas (Adriano Aguiar) - 2017
  • Pajelança (Adriano Aguiar) - 2017
  • Touro encantado e a estrela de ouro (Hugo Levy, Marcos Moreno) - 2017
  • O Cativo (Ronaldo Barbosa Jr) - 2017
  • Boi de Negro (Ericky Nakanome, Frank Azevedo, Moisés Colares, Raurison Nascimento, Ricardo Linhares) - 2018
  • Terra Mãe Ancestral (Adriano Aguiar) - 2018
  • Festança Multicultural (Geovane Bastos, Guto Kawakami) - 2018
  • Lendária Boitatá (Ligiane Gaspar, Luanita Rangel, Marcus Becil, Saullo Viana) - 2018
  • Deusas da Guerra (Geovane Bastos, Pedro Salviano Neto) - 2018
  • Dowari: Caminho dos Mortos (Ronaldo Barbosa Jr.) - 2018
  • Um Canto de Esperança para Mátria Brasilis (Geovane Bastos, Guto Kawakami) - 2019
  • Rebojo (Cezar Moraes, Diego Silva, Eder Lima) - 2019
  • Rainha do Povo Azulado (Andréa Medeiros, Paulinho Du Sagrado) - 2019
  • Matriarca (Cezar Moraes, Diego Silva, Sandro Santos) - 2019
  • Aruanda: As Três Princesas (Geovane Bastos) - 2019
  • Waiá-Toré (Ronaldo Barbosa Jr.) - 2019
  • Dança dos Tuxauas (Frank Azevedo, Moisés Colares, Raurisson) - 2019
  • O Amor Está no Ar (Chico da Silva) - 2020
  • Sentimento Porreta (Sinny Lopes, Edmundo Oran, Caetano Medeiros) - 2021
  • Quem Vai Mandar é a Multidão (Adriano Aguiar, Uendel Pinheiro) - 2021
  • Feito de Pano e Espuma (Adriano Aguiar, Ronaldo Barbosa Jr) - 2021
  • É Festa de Novo! (Adriano Aguiar, Ericky Nakanome) - 2022
  • Amazônia: Nossa Luta em Poesia (Adriano Aguiar, Edvander Batista, Edwan Oliveira, Ericky Nakanome, Ronaldo Barbosa) - 2022
  • Bela Valentina (Serginho Cid, Sinny Lopes, Rodrigo Bitar, Caetano Medeiros) - 2022
  • Deusa da Cultura Popular (Amaury Vasconcelos, Gean Souza, Igor Medeiros, Victtor Schaefer) - 2022
  • Guerreira das Lutas (Marcley Pantoja, Klinger Lyra, Judson Souza, Frank Ricardo) - 2022
  • Chamada do Boi 2023/ Pode Avisar! (Adriano Aguiar, Ericky Nakanome) - 2023
  • Esse Amor Não Tem Fim (Adriano Aguiar, Uendel Pinheiro) - 2023
  • Estrondo de Barranco (Adriana Cidade, Claudomiro Neto, Vanessa Aguiar) - 2023
  • Yreruá - A Festa do Guerreiro (Ronaldo Barbosa) - 2023
  • Caprichoso - O Boi do Urubuzal (Adriano Aguiar, Edval Machado, Vanessa Aguiar) - 2024
  • Ê, Parente! (Bruce Bulcão, Carlinhos Lauria, Carlos Tomé) - 2024
  • Málúù Dúdú - Boi Preto (Adriano Aguiar, Gean Souza, Tomaz Miranda) - 2024
  • O Tambor da Terra (Ronaldo Barbosa, Ronaldo Barbosa Jr) - 2024
  • O Mais Querido do Povão (Adriana Cidade, Adriano Aguiar) - 2024
  • Mothokari (Ronaldo Barbosa, Ronaldo Barbosa Jr) - 2024

Festas Tradicionais

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Boi de Rua

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O "Boi de Rua" é a festa mais tradicional realizada pelo Caprichoso, ocorre sempre no mês de Abril e faz parte da temporada bovina em Parintins. Fogueiras, lamparinas, Marujada, Vaqueirada, Pai Francisco e Mãe Catirina são elementos presentes na brincadeira, que até hoje reúne famílias nas portas das casas e centenas de brincantes em caminhada, pelas ruas da cidade. Durante o trajeto, o Boi de Rua passa por pontos importantes do município de Parintins, como a catedral de Nossa Senhora do Carmo, até chegar ao curral Zeca Xibelão.

Bar do Boi

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Realizado a 30 anos, o Bar do Boi é um tradicional evento do Boi Caprichoso em Manaus, promovido pelo Movimento Marujada e é considerado vitrine do Festival Folclórico de Parintins para o Brasil e o mundo. É um grande show realizado com a presença de todos os itens, bandas e grupos de danças do Boi e atrai um grande público.

É a temática que o boi desenvolve ao longo de suas apresentações no Festival Folclórico de Parintins, a seguir os temas defendidos pelo Boi Caprichoso de 1980 a 1987 na era pré Bumbódromo, e a partir de 1988 na era Bumbódromo.

  • 1980 - Diamante Negro (Autor: Acinelcio Pereira Vieira)
  • 1981 - Diamante Negro (Autor: Acinelcio Pereira Vieira)
  • 1982 - Diamante Negro (Autor: Acinelcio Pereira Vieira)
  • 1983 - O Indomável (Autores: Odinéia Andrade e José Maria Pinheiro)
  • 1984 - O Infinito (Autor: Acinelcio Pereira Vieira)
  • 1985 - Negrão Maravilha (Autores: Acinelcio Pereira Vieira e José Maria Pinheiro)
  • 1986 - Arte, Amor e Paz (Autor: Jair Mendes)
  • 1987 - Revolução da Arte no Mundo (Autor: Odinéia Andrade)
  • 1988 - Rei Negro, Tributo a Liberdade (Autores: João Afonso do Amaral)
  • 1989 - A Força da Natureza (Autores: Odinéia Andrade, Valda, Milca Maia, Laura)
  • 1990 - Raízes de um Povo (Autores: Antônio Amadeu O. Lopes, Antônio José Cansanção)
  • 1991 - Cultura Cabocla (Autor: Odinéia Andrade)
  • 1992 - A Arte de Folclorear (Inspirada na música de Chico da Silva)
  • 1993 - No Silêncio da Mata, Rufa Tamurá (Autor: Júnior de Souza)
  • 1994 - Capricho dos Deuses (Autor: Hélio Omar Conceição Ribeiro)
  • 1995 - Luz e Mistérios da Floresta (Autor: Maria Ednelza Ferreira Cid)
  • 1996 - Criação Cabocla (Autores: Mirtes Fernandes e Cora Carro Carvalho)
  • 1997 - O Boi de Parintins (Autor: Simão Elias Assayag)
  • 1998 - 85 Anos de Cultura (Autor: Simão Elias Assayag)
  • 1999 - Faz da Arte Sua História
  • 2000 - A Terra é Azul
  • 2001 - Amor e Paixão
  • 2002 - Amazônia Cabocla de Alma Indígena
  • 2003 - 90 Anos de Raízes e Tradições na Amazônia
  • 2004 - Amazonas Terra do Folclore, Fonte de Vida
  • 2005 - A Estrela do Brasil
  • 2006 - Amazônia Solo Sagrado
  • 2007 - O Eldorado é Aqui
  • 2008 - O Futuro é Agora
  • 2009 - Amazonas, Onde o Verde Encontra o Azul
  • 2010 - O Canto da Floresta
  • 2011 - A Magia Que Encanta
  • 2012 - Viva a Cultura Popular!
  • 2013 - O Centenário de uma Paixão
  • 2014 - Amazônia Táwapayêra
  • 2015 - Amazônia
  • 2016 - Viva Parintins!
  • 2017 - A Poética do Imaginário Caboclo
  • 2018 - Sabedoria Popular: Uma revolução ancestral
  • 2019 - Um Canto de Esperança para a Mátria Brasilis
  • 2020 - Terra, Nosso Corpo, Nosso espírito
  • 2021 - Terra, Nosso Corpo, Nosso Espírito
  • 2022 - Amazônia: Nossa Luta em Poesia
  • 2023 - O Brado do Povo Guerreiro
  • 2024 - Cultura - O Triunfo do Povo
  • 2025 - É Tempo de Retomada

Ver também

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Referências

  1. a b c Andrade, Odinéa (2023). Estrelas de um centenário: Trajetória do Boi-Bumbá Caprichoso. Rio de Janeiro: EDITORA UEA (publicado em fevereiro de 2023). ISBN 978-85-7883-563-7 
  2. Dutra, Raimundo (2005). Revelação Histórica do Folclore Parintinense. Amazonas: Folclore de Parintins 1ª edição, 2005 Secretaria Municipal de Cultura Meio Ambiente e Turismo. 
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Ligações externas

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