Captura de estado
A captura de estado é um tipo de corrupção política sistémica na qual os processos de tomada de decisão de um estado são guiados ou influenciados significativamente por interesses privados que buscam o benefício próprio.
O termo foi cunhado pelo Banco Mundial em torno do ano 2000, à época descrevendo a situação de vários países da Ásia Central que vinham sofrendo um afastamento do sistema comunista soviético. Especificamente, aplicava-se a situações nas quais pequenos grupos exerciam a sua influência sob funcionários governamentais de modo a controlar a tomada de decisão de órgãos políticos e a robustecer o seu poderio económico. Os membros destes grupos podem ser designados de oligarcas.[1]
A captura de estado é um problema cujas expressões mais recentes foram os protestos antigovernamentais na Bulgária (2013-2014) e na Roménia (2017).[2] Na África do Sul é um fenómeno destacado desde 2016, chegando a originar uma comissão de inquérito judicial.[3]
Ver também
editarNotas
editarTexto inicialmente baseado na tradução do artigo «State capture» na Wikipédia em inglês (acessado nesta versão).
Referências
- ↑ Crabtree, John; Durand, Francisco (2017). Peru: Elite Power and Political Capture (em inglês). [S.l.]: ZED, Zed Books
- ↑ «Open Letter: Romanian Democracy at Grave Danger». Make a Point (em inglês). 14 de dezembro de 2017. Consultado em 28 de setembro de 2020
- ↑ «Home». Judicial Commission of Inquiry into Allegations of State Capture, Corruption and Fraud in the Public Sector including Organs of State. Consultado em 28 de setembro de 2020