Carolina da Dinamarca

política dinamarquesa

Carolina Matilde da Dinamarca (Copenhaga, 28 de outubro de 1793Copenhaga, 31 de março de 1881) foi um membro da família real dinamarquesa, a filha mais velha do rei Frederico VI da Dinamarca e de Maria Sofia de Hesse-Cassel. Era conhecida na Dinamarca por kronprinsesse Caroline(princesa-herdeira Carolina), antes do seu casamento e depois por Arveprinsesse Caroline (princesa-hereditária).

Carolina
Princesa-herdeira da Dinamarca
Carolina da Dinamarca
Nascimento 28 de outubro de 1793
  Copenhaga, Dinamarca
Morte 31 de março de 1881 (87 anos)
  Copenhaga, Dinamarca
Sepultado em Catedral de Roskilde, Dinamarca
Cônjuge Fernando, Príncipe Hereditário da Dinamarca
Casa Oldemburgo
Pai Frederico VI da Dinamarca
Mãe Maria Sofia de Hesse-Cassel
Religião Luteranismo

Casou-se com o primo direito do seu pai, Fernando, Príncipe Hereditário da Dinamarca, que foi herdeiro do trono dinamarquês entre 1848 e 1863.

Família

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Carolina era a filha mais velha do rei Frederico VI da Dinamarca e da condessa Maria Sofia Frederica de Hesse-Cassel. Os seus avós paternos eram o rei Cristiano VII da Dinamarca e a princesa Carolina Matilde da Grã-Bretanha. Os seus avós maternos eram o conde Carlos de Hesse-Cassel e a princesa Luísa da Dinamarca.[1]

Primeiros anos

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A princesa na década de 1820, por autor desconhecido

O avô paterno de Carolina tinha sido considerado louco, por isso o seu pai era regente da Dinamarca desde 1784.

O seu nascimento foi muito bem-recebido pelo público visto que os dois irmãos que tinham nascido antes tinham morrido com poucos meses de idade. Quando a princesa nasceu foi dito: Denne er Dydens Løn, flere er Folkets Bøn! ("Esta é a recompensa da virtude, a resposta para as orações das pessoas!")

Quatro meses depois do seu nascimento, a 26 de fevereiro de 1794, o Palácio de Christiansborg foi destruído por um incêndio, o que fez com que a princesa se mudasse com os pais para o Palácio de Amalienborg onde cresceu, passando os seus verões no Palácio de Frederiksberg. Após a morte do seu avô Cristiano VII em 1808, o seu pai sucedeu-o como rei.

Carolina era muito chegada ao seu pai. Recebeu uma educação vasta, mas não muito profunda e não era considerada nem talentosa nem bonita.

Casamento

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A princesa Carolina com o seu marido

Os pais de Carolina não tiveram nenhum filho que sobrevivesse à infância para herdar o trono e Carolina foi excluída da sucessão por causa da Lei Sálica. Contudo, apesar deste facto, a princesa continuou a ser tratada e conhecida por princesa-herdeira antes do seu casamento por ser a filha mais velha do rei, apesar de não possuir formalmente este título. Foram planeados vários casamentos para ela, mas nenhum se chegou a concretizar. Depois de o seu pai subir ao trono, Napoleão Bonaparte sugeriu um casamento entre Carolina e o herdeiro ao trono sueco, o príncipe Cristiano Augusto de Augustenborg, em 1810] O seu pai não gostou da ideia, mas deu início às negociações que foram interrompidas pela morte do príncipe pouco depois. Entre os candidatos ao casamento com Carolina estive o britânico duque de Clarence. Em 1812 a princesa esteve noiva do príncipe Cristiano de Hesse-Cassel, mas este também veio a morrer antes da união, em 1814. Finalmente, a 1 de agosto de 1829, Carolina casou-se no Palácio de Frederiksberg com o primo direito do seu pai, o príncipe Fernando da Dinamarca. O casamento foi arranjado por razões políticas e dele não nasceu nenhum filho. Depois do casamento Carolina não voltou a ser chamada de princesa-herdeira até o seu marido herdar esse título.

Em 1830, Carolina sofreu queimaduras graves num incêndio que lhe desfigurou o rosto. Um dos seus ganchos de cabelo começou a arder e queimou-lhe graves no rosto e no cabelo. O dano na sua aparência foi permanente e ela viria mais tarde dizer que, quando se olhava ao espelho, ficava agradecida por ter amigos que conseguiam olhá-la. Voltou a sofrer queimaduras semelhantes em 1858.

Entre 1831 e 1839 administrou regularmente a supervisão das tropas de Aarhus. Quando o seu marido foi nomeado comandante-general dos Nørrejylland em 1839, Carolina acompanhou-o na sua viagem de inspecção pelas aldeias do país e foi bem-recebida pelo público. Era uma cavaleira de talento e quando acompanhou o seu esposo numa inspecção de tropas em Sjælland, exibiu os seus talentos ao exército.

Criou o asilo de Aarhus (1836) e tornou-se protectora de Vallø Stift em 1852.

Princesa-herdeira

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Rara fotografia de Carolina.

Após a morte do seu cunhado, o rei Cristiano VIII, em 1848, o seu marido tornou-se herdeiro presuntivo do trono dinamarquês e recebeu o título de príncipe-hereditário. Carolina tornou-se princesa-herdeira novamente, mas, ao contrário do que acontecia antes do seu casamento, tinha agora o título oficial. Contudo nunca chegou a tornar-se rainha, visto que o príncipe-herdeiro Fernando morreu em 1853, pouco antes do seu sobrinho, o rei Frederico VII e o trono passou para o rei Cristiano IX.

O casal vivia no palácio Bernstorffske Palæ que tinha sido renovado para eles pelo rei Frederico VI, mas que não era uma residência importante para a corte. Carolina acabaria por viver de forma bastante cordial com o seu marido, tolerando o seu adultério e problemas financeiros. Após a morte do seu pai em 1839, Carolina distanciou-se da corte, por ser demasiado ligada ao reinado do papa. O seu marido teve a tarefa de acompanhar Louise Rasmussen na corte enquanto ela estava zangada com o casal real. Em 1853, Carolina e Fernando tornaram-se muito conhecidos e aclamados por serem os únicos membros da família real dinamarquesa e ficar na capital durante uma epidemia.

Carolina era uma grande patriota e costumava dizer que não havia motivo nenhum para viajar, já que tudo era sempre melhor na Dinamarca. Também foi sempre leal à sua cidade natal e permaneceu em Copenhaga mesmo durante o surto de cólera de 1853 por respeito à cidade. Foi descrita como sendo leal, feliz e pontual.

Quando ficou viúva passou a viver uma vida isolada, distraindo-se a pagar as dívidas do seu marido. Nos seus últimos anos de vida ficou surda.

A princesa Carolina morreu na sua residência em Copenhaga no dia 31 de março de 1881.

Referências

Bibliografia

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