Castelo da Sertã

castelo medieval na Sertã

O Castelo da Sertã localiza-se na vila, na freguesia e no Município da Sertã, no Distrito de Castelo Branco, em Portugal.[1][2]

Castelo da Sertã
Castelo da Sertã
Castelo da Sertã, Portugal: visto por entre o casario da vila
Informações gerais
Tipo castelo, património cultural
Estilo dominante Românico
Construção Século XI ou XII
Promotor(a) Henrique de Borgonha
Aberto ao público Sim
Estado de conservação Mau, renovado recentemente com excesso de betão
Património de Portugal
Classificação  Homologação do património
SIPA 6746
Geografia
País Portugal
Localização Sertã
Coordenadas 39° 48′ 24″ N, 8° 05′ 58″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

História

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Antecedentes: a lenda da Sertã

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 Ver artigo principal: Lenda da fundação da Sertã

De acordo com uma lenda local, registrada pelo Pe. Lourenço Farinha, que a publicou em 1930, a origem de seu castelo deve-se a Sertório, um militar romano que, exilado, viveu na Península Ibérica por volta de 80 a.C., onde se aliou à resistência dos Lusitanos, que chegou a comandar. Traído por Perpena, um lugar-tenente a soldo de Roma, que o assassinou durante um banquete, abriu-se uma nova fase que culminou com a romanização da Península.

Nas lutas que recrudesceram nesta conjuntura, diante da aproximação das tropas romanas que vinham impor cerco a esta fortificação, o chefe desta veio a perecer em combate. Ciente da notícia, a sua esposa, Celinda, subiu ao alto dos muros da povoação e liderou a defesa, lançando azeite fervente sobre os romanos com a grande frigideira com que fritava ovos no dia-a-dia (sertage). Esta corajosa ação permitiu ganhar tempo para que chegassem reforços dos lugares vizinhos, obrigando ao recuo dos romanos, ficando daí em diante o lugar conhecido como Certã, posteriormente Sertã. A lenda encontra-se perpetuada no brasão de armas da vila, onde se lê: Sartago Sternit Sartagine Hostes.[3]

O castelo medieval

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Iconografia da Sertã em 1640: à direita, o castelo.

A mais antiga referência bibliográfica ao castelo é de Miguel Leitão de Andrada, em 1629, na forma de uma lenda muito adulterada.[4] É facto que as escavações arqueológicas realizadas no final do século XX, não identificaram vestígios de romanos ou de lusitanos.[5]

Além dessa, não existe informação adicional acerca da primitiva fortificação, que se acredita remonte ao século X.

No contexto das lutas pela Reconquista cristã da Península Ibérica, o conde D. Henrique de Borgonha (1095-1112), teria determinado o repovoamento do local bem como a reedificação de seu castelo.

Estes domínios pertenceram à Ordem do Templo e, com a sua extinção em Portugal, passaram à Ordem do Hospital. Sob o reinado de D. Afonso V (1438-1481), a povoação recebeu Carta de Foral (1455), confirmado em 1513 por D. Manuel I (1495-1521). Algumas décadas mais tarde, em meados do século XVI, foi Alcaide-mor da Sertã, Vicente Caldeira.

O castelo encontra-se referenciado na publicação inglesa "Handbook for Travellers in Portugal" ("Manual para Viajantes em Portugal"), em 1850, como "extremely picturesque" ("extremamente pitoresco").[6]

Os dias de hoje

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Atualmente, os vestígios do monumento encontram-se em Vias de Classificação pelo poder público.

Galeria

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Referências

  1. Pesquisa de Património / IGESPAR
  2. Ficha na base de dados SIPA
  3. Farinha, Pe. António Lourenço. A Sertã e o seu Concelho. Lisboa: Escola Tip. das Oficinas de S. José, 1930.
  4. Andrada, Miguel Leitão de. Miscellanea. Lisboa: INCM, 1993.
  5. Barata, Carlos. "Idade do Ferro e romanização entre os rios Zêzere, Tejo e Ocreza". in: Trabalhos de Arqueologia, 46. Lisboa: Instituto Português de Arqueologia, 2006.
  6. Handbook for Travellers in Portugal (2nd. ed.). London: John Murray, 1850. p. 125 (disponível em.

Ligações externas

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