Catedral de Sevilha

catedral de Espanha

A Catedral de Sevilha, também conhecida como Catedral de Santa Maria da Sé (em castelhano: Catedral de Santa María de la Sede) e chamada oficialmente Santa, Metropolitana e Patriarcal Igreja Catedral de Santa Maria da Sé e da Assunção de Sevilha (em castelhano: Santa, Metropolitana y Patriarcal Iglesia Catedral de Santa María de la Sede y de la Asunción de Sevilla), é a maior catedral de Espanha, a segunda maior do mundo, atrás apenas da Catedral Basílica de Nossa Senhora Aparecida, no Brasil,[b] e a maior catedral gótica do mundo, com 126 m de comprimento, 76 m de largura, 42 m de altura e 11 520 metros quadrados de área total.[5]

Catedral de Sevilha
Catedral de Santa María de la Sede y de la Asunción de Sevilla
Catedral de Sevilha
Vista de sudeste da catedral
Informações gerais
Tipo Catedral
Estilo dominante almóada, gótico, renascentista, barroco
Arquiteto(a) Carles Galtés de Ruan

Diego de Riaño
Asensio de Maeda

Início da construção c. 1401–1402[a]
Fim da construção 1506
Função atual catedral e museu
Visitantes 1 934 373 (2017)[1]
Aberto ao público Sim
Religião Igreja Católica
Diocese Sevilha
Ano de consagração 11 de maio de 1507
Sacerdote Juan José Asenjo Pelegrina
Página oficial www.catedraldesevilla.es
Dimensões
Altura 42 m
Outras dimensões 126 m de comprimento, 76 m de largura
Área 11 520 m²
Estado de conservação bom
Património Mundial
Designação Catedral, Alcázar e Arquivo das Índias de Sevilha
Critérios i, ii, iii, vi
Ano 1987
Referência 383 en fr es
Geografia
País Espanha
Cidade Sevilha
Comunidade autônoma Andaluzia
Coordenadas 37° 23′ 01,8″ N, 5° 59′ 29,6″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

É a da Arquidiocese de Sevilha e foi declarada Património da Humanidade pela UNESCO em 1987, integrando no sítio Catedral, Alcázar e Arquivo das Índias de Sevilha.[6]

História

editar

Segundo a tradição, a construção começou em 1401, embora não haja registos documentais do começo dos trabalhos até 1433. Foi edificada no local que ficou livre após a demolição da antiga Grande Mesquita de Sevilha.[7] Em 2008 foi encontrado o plano mais antigo que se conhece da Catedral de Sevilha no Mosteiro de Bidaurreta, em Oñati Guipúscoa, o qual foi data de cerca de 1490.[8] Este plano, uma vez estudado, contribuiu com importantes dados sobre a construção do edifício.[9]

Um dos seus primeiros mestres-de-obras foi Carles Galtés de Ruan, procedente da Normandia (França), que trabalhara previamente em outras grandes catedrais góticas europeias e poderá ter chegado à Espanha fugindo da Guerra dos Cem Anos. Em 10 de outubro de 1506 foi colocada a pedra postreira (última pedra) na parte mais alta do zimbório, com o que simbolicamente a catedral ficava finalizada, embora na realidade continuassem os trabalhos ininterruptamente durante séculos, tanto para a decoração interior, como para acrescentar novas dependências ou consolidar e restaurar os estragos do passar do tempo, ou circunstâncias extraordinárias, como o sismo de Lisboa de 1755, que apenas produziu danos menores apesar da sua intensidade.[10] Nestas obras intervieram os arquitetos Diego de Riaño, Martín de Gainza e Asensio de Maeda. Também nesta etapa Hernán Ruiz edificou o último corpo da Giralda a torre de 105 m de altura, que era o minarete da antiga mesquita. A catedral e as suas dependências ficaram terminadas em 1593.[11]

O Cabido Metropolitano mantém a liturgia diária e a celebração das festividades do Corpus Christi, a Imaculada e a Virgem dos Reis. Neste templo encontra-se o corpo do famoso navegante Cristóvão Colombo e o do rei Fernando III de Castela (1199–1252), canonizado em 1671 como São Fernando, sendo papa Clemente X.[12]

A última obra de importância realizada aconteceu em 2008 e consistiu na substituição de 576 silhares que moldavam um dos grandiosos pilares que sustentam o templo, por novos blocos de pedra de características similares mas com maior resistência. Este trabalho foi possível graças ao emprego de novos sistemas tecnológicos que demonstraram que o edifício sofria diariamente umas oscilações de 2 cm como consequência da dilatação dos seus materiais.[13]

A catedral faz parte do enredo do livro de Dan Brown, Origem.[14]

Sepultados na catedral

editar

Ver também

editar
  1. Não há registos documentais da data de início das obras da catedral. O cabido catedralício decidiu constuir uma nova catedral em 8 de julho de 1401, em substituição do edifício que tinha sido a Grande Mesquita de Sevilha, mas as obras só foram iniciadas vários depois (em 1434 segundo alguns autores).[carece de fontes?]
  2. O maior templo católico do mundo, a Basílica de São Pedro, no Vaticano, não é uma igreja catedral. Uma catedral é a igreja-mãe de uma diocese ou arquidiocese. A catedral de Roma é a Arquibasílica de São João de Latrão, que é a da Diocese de Roma, da qual o papa é bispo. Apesar das principais celebrações pontificais ocorrerem na Basílica de São Pedro, isso não a torna uma catedral.[2][3][4]

Referências

  1. «La Catedral roza los dos millones de turistas». Diario de Sevilla (em espanhol). Consultado em 15 de janeiro de 2018 
  2. «O que distingue igrejas, catedrais e basílicas? | Sobre Palavras». Veja. Consultado em 22 de janeiro de 2022 
  3. «Qual é a Catedral do Bispo de Roma? - A12.com». www.a12.com. Consultado em 22 de janeiro de 2022 
  4. «Você sabia que a Basílica do Vaticano não é a Catedral do Papa?». Aleteia: vida plena com valor. 27 de agosto de 2017. Consultado em 22 de janeiro de 2022 
  5. «An Insiders Guide to Seville Cathedral». www.andalucia.com (em espanhol). Consultado em 25 de julho de 2015 
  6. Catedral, Alcázar e Arquivo das Índias de Sevilha. UNESCO World Heritage Centre - World Heritage List (whc.unesco.org). Em inglês ; em francês ; em espanhol.
  7. Hernán Ruiz, Avla. fidas.es, ed. «La montaña hueca» (em espanhol). Consultado em 1 de outubro de 2010. Arquivado do original em 26 de fevereiro de 2011 
  8. González, Marian (21 de julho de 2008). elcorreodigital, ed. «Un tesoro entre las piedras» (em espanhol). Consultado em 15 de abril de 2010 
  9. ABC de Sevilla. abcdesevela.es, ed. (24 de abril de 2009). «Los diseñadores originales de la Catedral pensaron e derruir la Giralda» (em espanhol). Consultado em 24 de abril de 2009 
  10. Lineros Ríos, Manuel; Pereja López, Enrique F. (2008). Iglesias y Conventos de Sevilla (em espanhol). [S.l.]: Ediciones Tartessos, S. L. OCLC 304341880 
  11. Navascués Palacio, Pedro; Sarthou Carreres, Carlos (1997). Catedrales de España (em espanhol). Madrid: Espasa Calpe. OCLC 9683540 
  12. Agencia EFE (31 de julho de 2006). eluniversal.com, ed. «Restos de Colón están en Sevilla, según estudio de ADN». Consultado em 1 de setembro de 2010 
  13. Gómez Palas, José (29 de setembro de 2009). «La Catedral se mueve al día hasta 2 centímetros». Diario de Sevilla. Consultado em 1 de setembro de 2010 
  14. «'Origem', novo livro de Dan Brown, é situado na Espanha - Cultura». Estadão. Consultado em 3 de julho de 2021 

Ligações externas

editar
 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre a Catedral de Sevilha