Cemitério Israelita de Inhauma
País | |
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Localização | |
Administração |
Sociedade Comunal Israelita |
Entrada em serviço |
1906 |
Estatuto patrimonial |
bem tombado pelo IRPH (d) |
Coordenadas |
O Cemitério Israelita de Inhaúma, também conhecido como Cemitério das Polacas, é uma necrópole particular, de orientação religiosa judaica, atualmente administrada pela Sociedade Comunal Israelita.
Localizado no bairro de Inhaúma, na Zona Norte do Rio de Janeiro, é parte separada do vizinho Cemitério de Inhaúma. Foi fundado pela Associação Beneficente Funerária e Religiosa Israelita (ABFRI), em 10 de outubro de 1906[1]. O cemitério esteve ativo até o início da década de 1970, quando a Associação que o dirigia se extinguiu. Após muitos anos de abandono, foi restaurado por iniciativa de historiadores e pesquisadores, destacando-se a atuação da professora Beatriz Kushnir.
O local foi tombado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, através do Decreto N.º 28.463, de 21 de setembro de 2007[2][3] e não recebe novos sepultamentos.
História
editarA história do Cemitério Israelita de Inhaúma é recoberta de polêmica e de alguns mistérios. A Associação Beneficente Funerária e Religiosa Israelita (ABRFI) foi fundada em 1906 por mulheres rejeitadas pela então pequena colônia israelita do Rio de Janeiro por exercerem a prostituição e o rufianismo. O país de origem da maioria destas mulheres, a Polônia, acabou por se transformar em um codinome para todas as prostitutas de origem judaica: "polacas". O primeiro membro da Associação a ser sepultado no cemitério foi Helena Goldstain, que usava o codinome de "Helena Golatrim".
No total, existem cerca de 796 túmulos no cemitério[4]. A grande maioria é de mulheres, existindo, também, quadras separadas para homens e crianças.
No cemitério, se encontram os túmulos de Raquel Pick, mãe do instrumentista Jacob do Bandolim, e de Estera Gladkowicer, que inspirou Moreira da Silva a compor, em parceria com Jorge Faraj, o samba "Judia Rara" (1964).
Ver também
editarReferências
- ↑ http://www.jb.com.br/jb-premium/noticias/2011/04/13/a-revolta-das-polacas/
- ↑ http://cm-rio-de-janeiro.jusbrasil.com.br/legislacao/896719/decreto-28463-07
- ↑ RJ, Do G1 (28 de outubro de 2010). «Cemitério Israelita de Inhaúma vira patrimônio cultural do Rio de Janeiro». Rio de Janeiro. Consultado em 21 de março de 2022
- ↑ Kushnir, Beatriz (1996). «As polacas cariocas: mulheres judias prostitutas e suas associações de ajuda mútua.». Acervo - Revista do Arquivo Nacional. v.9 (n.1-2): 137-164. Consultado em 21 de março de 2022