Centre international de recherches sur l'anarchisme (Lausanne)
Fundação |
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Tipo | |
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País | |
Coordenadas |
Direção |
Marianne Enckell (en) |
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Afiliação |
International Federation of Anarchist Documentation and Study Centres (d) |
Orientação política | |
Website |
(fr) www.cira.ch |
O Centro Internacional de Pesquisa sobre Anarquismo (CIRA) em Lausanne foi fundado em 1957 em Genebra. É a maior (pelo número de documentos preservados) biblioteca especializada no campo do anarquismo na Europa.
Coleção
editarA biblioteca mantinha, no fim de 2018, cerca de 25.000 obras (brochuras, monografias, trabalhos universitários) e 4.000 periódicos, sendo 100 desses ativos. O conjunto da coleção é catalogado e o catalogo é acessível online desde 2007[1] Além dessa coleção, o CIRA mantém igualmente uma coleção iconográficas (cartazes, cartões postais, fotografias).
Histórico
editarFoi do encontro em Genebra de um objetor de consciência italiano, Pietro Ferrua, um exilado búlgaro e um anarquista suíço, André Bösiger, que a ideia do CIRA nasceu em 1956.
Na época, havia alguns fundos de documentação inativos que formaram a base da coleção do CIRA: os arquivos do Réveil socialiste-anarchiste[2] de Luigi Bertoni[3], os do grupo "Germinal", os arquivos pessoais de Jacques Gross e vários periódicos recebidos por intercâmbio.
Em 1961, por sua relação com uma ação Antifranquista contra o Consulado da Espanha em Genebra, Pietro Ferrua, principal líder do centro, é expulso da Suíça. Marie-Christine Mikhaïlo[4] então assume o comando da biblioteca com sua filha Marianne Enckell.
Em 1964, o CIRA foi transferido para Lausanne na pensão Beaumont dirigida por Marie-Christine Mikhaïlo. A biblioteca voltou a Genebra entre 1975 e 1989, data na qual o acervo retornou para Lausanne, em um prédio construído especificamente por simpatizantes e parentes.
Em 1965, por iniciativa do historiador René Bianco, uma filial foi aberta em Marselha com o nome de Centro Internacional de Pesquisa sobre Anarquismo (Marselha)[5].
Em 2007, o CIRA lançou uma campanha de arrecadação de fundos para poder permanecer neste edifício. Esta campanha foi um sucesso graças à mobilização de pessoas próximas à biblioteca e de muitos grupos, organizações e indivíduos anarquistas.
Desde a sua fundação, o CIRA publica um boletim que apresenta a vida do centro, novas aquisições e artigos sobre a história do movimento anarquista.
Funcionamento da biblioteca
editarA biblioteca CIRA tem usado um índice de assuntos feito sob medida desde 1985. Seu catálogo foi informatizado em 1995. É administrado por voluntários e não tem orçamento de aquisição. Os custos correntes são cobertos por doações e as contribuições dos leitores e das obras são feitas por seus autores, seus editores e ativistas anarquistas de todos os países.
Os fundos de arquivamento são inventariados em softwares especializados.
A biblioteca é acessível a todos, mas apenas os leitores que pagaram sua assinatura podem pegar livros emprestados. O CIRA eventualmente pratica empréstimo direto (envio de obras pelo correio) com seus membros residentes no exterior.
Relações internacionais
editarCIRA é membro fundador da Federação Internacional de Centros de Documentação e Estudo Libertário. Ele também é membro da Associação Internacional de Instituições de História do Trabalho (International Association of Labour History Institutions), associação em que trabalha ao lado de bibliotecas e arquivos especializados em história do movimento operário.
Além disso, houve ou ainda existem CIRAs no Brasil, Japão ou mesmo em Marselha e Limoges. . .
Publicações
editar- Boletim do Centro Internacional de Pesquisa sobre Anarquismo [ leia online ] .
Notas e referências
editar- ↑ [cira.ch/catalogue/ «Catalogue de la bibliothèque»] Verifique valor
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(ajuda). CIRA. Consultado em 11 de dezembro de 2021 - ↑ L'Éphéméride anarchiste : Le Réveil socialiste-anarchiste.
- ↑ Dictionnaire international des militants anarchistes : Luigi Bertoni.
- ↑ Éphéméride Anarchiste : Marie-Christine Mikhaïlo
- ↑ AFP (1999). «Musée : au CIRA, tout sur les anars mais point de foutoir». La Libre Belgique.