Chibusa yo eien nare
Chibusa yo eien nare (乳房よ永遠なれ? lit. "seios eternos"), é um filme japonês de drama de 1955 dirigido pela atriz Kinuyo Tanaka. É baseado na vida da poetisa de estilo tanka, Fumiko Nakajō (1922–1954).[3]
Chibusa yo eien nare | |
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乳房よ永遠なれ | |
Os atores Ryōji Hayama e Yumeji Tsukioka em cena do filme | |
Japão 1955 • preto-e-branco • 110[1][2] min | |
Gênero | drama |
Direção | Kinuyo Tanaka |
Produção | Hideo Koi Shizuo Sakagami |
Roteiro | Sumie Tanaka (screenplay) Akira Wakatsuki (livro) |
Elenco | Yumeji Tsukioka Ryōji Hayama Masayuki Mori Yoko Sugi |
Música | Takanobu Saitō |
Cinematografia | Kumenobu Fujioka |
Edição | Kimihiko Nakamura |
Companhia(s) produtora(s) | Nikkatsu |
Distribuição | Nikkatsu |
Lançamento | |
Idioma | japonês |
Sinopse
editarFumiko, que vive um casamento infeliz e é mãe de dois filhos, divorcia-se do marido viciado em drogas após um incidente, que ela considera um ato de infidelidade, e volta para a mãe. Ao mesmo tempo, tenta encontrar a sua vocação como poetisa, frequentando regularmente um círculo de poesia, incentivada pelo seu tutor casado Hori, que ela nutre um certo amor. Enquanto luta com o divórcio e com o fato de só poder ter sua filha sob sua tutela, ela é diagnosticada com câncer de mama em estágio avançado. Ela passa por uma mastectomia dupla, sobre a qual escreve em uma série de poemas amplamente notados e premiados, e tenta viver sua vida tão livremente quanto possível e conforme sua doença permite. Ela tem um breve caso com o jornalista Ōtsuki, que escreve sobre ela em uma série de jornais antes de ela finalmente morrer.
Elenco
editar- Yumeji Tsukioka como Fumiko Shimojō/Nakajo
- Ryōji Hayama como Akira Ōtsuki
- Junkichi Orimoto como Shigeru Anzai
- Hiroko Kawasaki como Tatsuko
- Shiro Osaka como Yoshio
- Ikuko Kimuro como Seiko
- Masayuki Mori como Takashi Hori
- Yōko Sugi como Kinuko, esposa de Hori
- Chōko Iida como Hide
- Bokuzen Hidari como marido de Hide
- Toru Abe como Yamagami
- Fumie Kitahara como Kobayashi
- Kinuyo Tanaka como esposa do vizinho
- Yoshiko Tsubouchi como Shirakawa
Recepção
editarUnanimemente considera possuindo altas habilidades de direção, os estudiosos do cinema divergem na avaliação dos temas abordados em Chibusa yo eien nare. Embora Alejandra Armendáriz-Hernández o chame de "uma representação ousada da sexualidade feminina [...] bem como um exemplo poderoso da criatividade e autoexpressão das mulheres",[4] Alexander Jacoby vê o tema "feminista e progressista" de uma mulher escolhendo voluntariamente seguir carreira ao invés do casamento, sendo obscurecida pela concentração do filme em sua doença, evitando, assim, implicações mais controversas.[5]
Legado
editarChibusa yo eien nare foi exibido repetidamente em festivais e museus de cinema nos EUA,[6] na França[7] e na Alemanha.[8] O British Film Institute incluiu o filme em sua lista de filmes de 2020, O melhor filme japonês de cada ano – de 1925 até hoje.[4]
Referências
- ↑ a b «乳房よ永遠なれ». Japanese Movie Database (em japonês). Consultado em 11 de janeiro de 2021
- ↑ a b «乳房よ永遠なれ». Kinenote (em japonês). Consultado em 10 de junho de 2023
- ↑ SATO, Hiroaki (2015). Japanese Women Poets: An Anthology. Milton Park and New York: Routledge. ISBN 978-0-7656-1783-5
- ↑ a b «The best Japanese film of every year – from 1925 to now at the British Film Institute website». British Film Institute. Consultado em 2 de janeiro de 2022
- ↑ Jacoby, Alexander (2008). Critical Handbook of Japanese Film Directors: From the Silent Era to the Present Day. Berkeley: Stone Bridge Press. ISBN 978-1-933330-53-2
- ↑ «To Save and Project: The 18th MoMA International Festival of Film Preservation» (PDF). Museum of Modern Art. 2022. Consultado em 9 de junho de 2023
- ↑ «Maternité éternelle». Festival Lumière (em francês). 2021. Consultado em 9 de junho de 2023. Cópia arquivada em 16 de outubro de 2021
- ↑ «Eternal Breasts». Nippon Connection. 2022. Consultado em 9 de junho de 2023
Ligações externas
editar- Chibusa yo eien nare. no IMDb.
- Scanlon, Hayley (6 de dezembro de 2017). «The Eternal Breasts». Windows on Worlds. Consultado em 11 de janeiro de 2021
Bibliografia
editar- González-López; Smith, Michael, eds. (2018). Tanaka Kinuyo: Nation, Stardom and Female Subjectivity. Edinburgh: Edinburgh University Press. ISBN 978-1-4744-0969-8
- Berra, John, ed. (2012). Directory of World Cinema: Japan2. Bristol and Chicago: Intellect. ISBN 978-1-84150-551-0