Christiana Guinle

actriz brasileira

Christiana Guinle (Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 1965) é uma atriz, diretora, produtora e artista plástica brasileira.

Christiana Guinle
Nascimento 23 de janeiro de 1965 (59 anos)
Rio de Janeiro
Cidadania Brasil
Ocupação ator, ator de teatro, ator de cinema, ator de televisão

Carreira

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Começou sua carreira ao 13 anos com uma participação no programa Armação Ilimitada. Aos 15 anos mudou-se para a Inglaterra após obter uma bolsa de estudos na Royal Shakespeare Company, onde foi aluna da Vanessa Redgrave e formou-se como Bachelor Actress. Ao voltar para o Brasil fez cursos livres e começou a atuar nas peças do Tablado.

Em seguida fez sua estreia profissional na peça O ateneu, de Aluísio Azevedo, com direção de Carlos Wilson. Trabalhou com o mesmo diretor nas peças Os três mosqueteiros, baseada na obra de Alexandre Dumas, e Odisseia, baseada na obra de Homero, com a qual ganhou Prêmio Mambembe de Melhor Atriz por sua interpretação de Penélope.

Estreou no cinema, em 1986, com uma participação no curta metragem À Espera, primeiro trabalho cinematográfico do diretor Luiz Fernando Carvalho. Em 1989 esteve em cartaz com duas peças concomitantemente: Os cegos, de Michel Ghelderode com direção de Moaçyr Góes, e Lulu, de Frank Wedekind com direção de Naum Alves de Souza. Dois anos depois foi dirigida por Ulysses Cruz na peça La ronde de Arthur Schinitzler. Com o mesmo diretor trabalhou em 1994 na peça Anjo Negro de Nelson Rodrigues, trabalho que lhe rendeu o Prêmio APCA de Melhor Atriz, e em 1996 à frente da produção de A dama do mar, peça de Henrik Ibsen estreada no Píer Mauá, projeto inovador que impulsionou a revitalização do Cais da Gamboa, por esse trabalho foi Indicada ao Prêmio Shell de Melhor Atriz.

Em 1993 atuou na peça O inferno são os outros, com direção de Antônio Abujamra e foi Indica ao Prêmio Molière de Melhor Atriz, sendo considerada "a Cacilda Becker de sua geração" nas palavras de Tonia Carrero No ano seguinte fez o filme Mil e Uma, com direção de Suzana de Moares, e em 1996 atuou em Metalguru, de Flávio Colker, que ganhou os prêmios de Melhor Filme e Melhor Atriz no Festival Mix Brasil e no Verzaubert Internationales Queer Filmfestival em Berlim.

Em 1989 fez sua estreia na TV com a telenovela O Salvador da Pátria da TV Globo onde interpretou Leda, a secretária de Severo Blanco (Francisco Cuoco), em 1995 transferiu-se para a Rede Bandeirantes e participou da telenovela A Idade da Loba, e em 1997 transferiu-se para o SBT e participou da telenovela Os Ossos do Barão. Voltou a trabalhar com Jayme Monjardim, quando foi contratada novamente pela Rede Globo em 1999 para viver a personagem Aimée em Chiquinha Gonzaga, com ele também fez seu trabalho seguinte na emissora interpretando a Irmã Damiana, freira responsável por vigiar Rosário, personagem de Mariana Ximenes, em A casa das sete mulheres

Em 2004 atuou ao lado de Renata Sorrah em Medeia, tragédia de Eurípides, dirigida por Bia Lessa. Nesse mesmo ano fez a minissérie Um só coração, interpretando sua própria tia Gigi Guinle. Dois anos depois participou da minissérie JK.

Em 2012 retornou ao teatro com a peça Criados em Cativeiro de Nicky Silver, com direção de Jefferson Miranda. No mesmo ano também retornou para a televisão na novela Lado a Lado, na qual interpretou Carlota, mulher conservadora e amarga que junto da irmã Constância, vivida por Patrícia Pilar, tentava coagir qualquer movimento de transgressão e infernizava a vida de sua outra irmã Celinha, vivida por Isabela Garcia, e de sua filha Alice, vivida por Juliane Araújo. Dois anos depois deu vida à Márcia na novela Boogie Oogie, enfermeira que ajudou Suzana, personagem de Alessandra Negrini, a trocar na maternidade as recém nascidas Sandra e Vitória, interpretadas por Ísis Valverde e Bianca Bin respectivamente.

Vida pessoal

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Christiana se define como lésbica de gênero fluido.[1][2][3]

Teatro

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  • 1987 - O Ateneu
  • 1987 - Odisseia
  • 1993 - O Inferno São os Outros
  • 1994 - Anjo Negro[4] - Direção de Ulysses Cruz
  • 1996 - A Dama do Mar - Direção de Ulysses Cruz
  • 2004 - Medeia - Direção de Bia Lessa
  • 2023 - Gênero: Livre[5] - Direção de Ernesto Piccolo

Cinema

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Ano Título Personagem Notas
1986 À Espera Jovem Curta-metragem
1996 Mil e Uma Luciana[6]
Metalguru Motoqueira Curta-metragem
2018 Chacrinha: O Velho Guerreiro Ordep

Televisão

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Ano Título Personagem Notas
1989 O Salvador da Pátria Leda[7]
1990 Delegacia de Mulheres Walderez
1992 Você Decide Episódio: "Prova Final"
1995 A Idade da Loba Isildinha
1997 Os Ossos do Barão Vilma
1999 Chiquinha Gonzaga Aimée
Você Decide Episódio: "Mulher 2000"
Episódio: "O Esposo"
Oneida Episódios: "Numa Sexta-Feira 13: Parte 1 e 2 "
2000 Danuza Episódio: "Mania de Casar"
2003 A Casa das Sete Mulheres Irmã Damiana
2004 Um Só Coração Danuza
2006 JK Dona Coracy
2010 Ti Ti Ti Lídia [8]
2012 Lado a Lado Carlota Camargo Passos
2014 Boogie Oogie[9] Márcia

Prêmios

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  • s/d - Mambembe - Melhor Atriz por Odisséia de Homero
  • 1993 - Molière - Indicação de Melhor Atriz por O Inferno são os Outros
  • 1994 - APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte)- Melhor Atriz por Anjo Negro
  • 1996 - Shell - Melhor Atriz por Dama do Mar
  • 1996 - Festival Alternativo de Berlin - Melhor Atriz por Metalgur

Referências

  1. «Atriz Christiana Guinle se assume como 'gênero fluído' e cria espetáculo para falar sobre sua identidade». ISTOÉ Independente. 8 de março de 2024. Consultado em 3 de junho de 2024 
  2. «Aos 57 anos, atriz Christiana Guinle se define como gênero fluido e fala de reação da família: 'Descobri quem sou'». Extra Online. 30 de setembro de 2022. Consultado em 3 de junho de 2024 
  3. «Christiana Guinle: "Gênero não deve ser fixo"». VEJA. Consultado em 11 de junho de 2024 
  4. Itaú Cultural
  5. Yamada, Vinícius (7 de dezembro de 2023). «Monólogo inspirado em Christiana Guinle aborda fluidez de gênero e complexidades identitárias». GAY BLOG BR @gayblogbr. Consultado em 7 de dezembro de 2023 
  6. «Mil e Uma». Cinemateca Brasileira. Consultado em 11 de agosto de 2022 
  7. «O Salvador da Pátria». teledramaturgia.com.br. Consultado em 11 de agosto de 2022 
  8. «Ti Ti TI (2010)». teledramaturgia.com.br. Consultado em 11 de agosto de 2022 
  9. «Márcia lembra de outra pista sobre o bebê desaparecido». GShow. 21 de agosto de 2014. Consultado em 23 de outubro de 2014 

Ligações externas

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