Cid Teixeira
Cid José Teixeira Cavalcante (Salvador, 11 de novembro de 1924 - Salvador, 21 de dezembro de 2021) foi um historiador, advogado e professor brasileiro, notável contador das histórias e memórias da Bahia.[1]
Cid Teixeira | |
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Nascimento | 11 de novembro de 1924 Salvador |
Morte | 21 de dezembro de 2021 Salvador |
Cidadania | Brasil |
Alma mater | |
Ocupação | professor universitário, advogado, historiador |
Empregador(a) | Universidade Federal da Bahia |
Vida
editarNascido na Ilha de Maré, sendo o primeiro dos cinco filhos de Cidália e José, foi chamado Cid José, porém ficou mesmo conhecido como Cid Teixeira. Estudou no antigo Ginásio da Bahia (1936-1943) e formou-se em direito pela Universidade Federal da Bahia, onde estudou entre 1944 e1948. Entretanto, jamais foi advogado. Desde cedo dedicou-se ao estudo de História, como funcionário do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Ali iniciou-se em pesquisas, como copista de documentos. Já em 1944, começou a carreira de magistério secundário, sendo admitido, dois anos depois, enquanto ainda estudava de Direito, como auxiliar de ensino da Escola de Belas Artes da UFBA, na cadeira de História da Arte.
Em 1949, fez concurso para rede estadual de ensino secundário e, logo em seguida, para livre docente na Universidade da Bahia. Desde então, esteve dedicado ao magistério universitário de História na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA e na UCSal.
Foi também diretor da Fundação Gregório de Mattos e implantou o Serviço de Rádio Educação do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia. Atuou como jornalista em vários periódicos de Salvador[2] e tem centenas de artigos publicados em jornais e revistas, além de vários livros editados.
Desde março de 1993, ocupou a cadeira de número 19 da Academia de Letras da Bahia. A frase escrita no epitáfio de Afrânio Peixoto é usada por Cid Teixeira para se autodefinir: “Ensinou, escreveu, nada mais lhe aconteceu”.[3] Em 2013, aos 88 anos, recebeu a comenda 2 de Julho, concedida pela Assembleia Legislativa da Bahia.[4]
Cid Teixeira faleceu em 21 de dezembro de 2021, aos 97 anos, enquanto dormia em sua casa, no bairro da Pituba, em Salvador. As causas de sua morte não foram divulgadas.[5]
Livros publicados
editar- História da Armação
- O Morgado em Portugal e no Brasil
- Bahia em Tempo de Província (1986)
- Nordeste Histórico e Monumental (1991), com Clarival do Prado Valladares, Kátia do Prado Valladares e Marcos Antônio do Prado Valladares.
- História do Petróleo na Bahia (2010), com Daniel Rebouças Carvalho e Fernando Oberlander
- História da Energia Elétrica na Bahia. Salvador: EP&P, 2005.
- História da Mineração na Bahia
- Caminhos, Estradas e Rodovias
- Histórias, Minhas e AlheiasSalvador: EP&P, 2002
- "As grandes doações do 1º governador. Terras do Rio Vermelho ao Rio Joanes: Conde da Castanheira, Garcia D’Ávila e Senado da Câmara". In: TEIXEIRA, Cydelmo (coord.). A Grande Salvador. Posse e Uso da Terra. Projetos Urbanísticos Integrados. Coleção projetos urbanísticos integrados. Salvador: Governo do Estado da Bahia, 1978. Capítulo III.
- Salvador: História Visual. Salvador: Correio da Bahia, 2001
Referências
- ↑ «Morre aos 97 anos anos o historiador baiano Cid Teixeira». G1. 21 de dezembro de 2021. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑ Cid Teixeira[ligação inativa]. Dados biográficos.
- ↑ Retrato do historiador da Bahia - Cid Teixeira, por Valana Gualuz.
- ↑ «Historiadores Cid Teixeira e Luís Henrique Dias Tavares recebem Comenda 2 de Julho.». Jornal da Mídia. 13 de dezembro de 2013
- ↑ «Morre o historiador Cid Teixeira, aos 97 anos, a memória eterna da Bahia». Metro 1. Consultado em 24 de dezembro de 2021
Ligações externas
editar- «Cid Teixeira: "O certo seria o Dia da Consciência Mulata"». Entrevista por Claudio Leal e Roberto Albergaria. Terra magazine, 9 de fevereiro de 2010. Consultado em 17 nov. 2024
- Os holandeses na Bahia, por Cid Teixeira.
- Mergulho na História. Depoimento de Cid Teixeira sobre a história de Salvador.