Classe Afonso de Albuquerque
A classe Afonso de Albuquerque foi uma classe de avisos coloniais de 1ª classe da Marinha Portuguesa, construída em 1934.
Classe Afonso de Albuquerque | |
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NRP Afonso de Albuquerque em 1935
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Visão geral | |
Operador(es) | Portugal |
Construtor(es) | Hawthorn-Leslie (Inglaterra) |
Lançamento | 1935 |
Unidade inicial | NRP Afonso de Albuquerque (1935) |
Unidade final | NRP Bartolomeu Dias (1935) |
Em serviço | 1935 - 1967 |
Características gerais | |
Tipo | Aviso de 1ª classe |
Deslocamento | 1 780 t (standard) 2440 t (máximo) |
Comprimento | 99,6 m |
Boca | 13,49 m |
Calado | 3,81 m |
Propulsão | Duas caldeiras a óleo Yarrow e duas turbinas acopladas Parsons, com dois eixos |
Velocidade | 20 nós |
Autonomia | 18 000 km a 10 nós |
Armamento | Quatro peças Vickers de 120 mm, duas peças de 76 mm, quatro peças AA de 40 mm e dois lançadores de cargas de profundidade |
Aeronaves | Um hidroavião |
Tripulação | 169 |
Os navios desta classe foram projetados como pequenos cruzadores ligeiros, com um deslocamento máximo de 2 440 toneladas e velocidade de 21 nós, pensados com a função de garantir a soberania de Portugal no seu Império Colonial, em complemento dos avisos de 2ª classe das classes Gonçalo Velho e Pedro Nunes. Nessa função, os avisos da classe passaram, quase toda a sua carreira, em operação nos oceanos Índico e Pacífico, assegurando uma presença naval nos territórios ultramarinos portugueses do Oriente.
Como avisos, os navios da classe estavam, sobretudo, vocacionados para o apoio a operações de desembarque anfíbio e para o apoio a forças em operação em terra.
Inicialmente, os avisos das classe possuíam um hidroavião para reconhecimento e bombardeamento, sendo os primeiros navios da Marinha Portuguesa a disporem de aeronaves embarcadas.
Tanto o NRP Afonso de Albuquerque como o NRP Bartolomeu Dias fizeram parte das forças navais enviadas, em setembro de 1945, para recuperarem a soberania Portuguesa em Timor, depois da ocupação daquele território por forças japonesas, durante a Segunda Guerra Mundial.
A seguir à Segundo Guerra Mundial, os navios foram equiparados a fragatas, recebendo o prefixo F nos seus números de amura.
O Afonso de Albuquerque foi destruído em combate com forças navais da União Indiana, em 18 de Dezembro de 1961, ao largo de Mormugão, durante a invasão do Estado Português da Índia.
Em 1967, o Bartolomeu Dias foi transformado em navio depósito e rebatizado como São Cristovão, sendo, mais tarde, abatido ao serviço.
A classe Afonso de Albuquerque foi substituída, na Marinha Portuguesa, pela classe João Belo.
Navios na classe
editarNº de amura (1946) |
Nome | Serviço | Observações |
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F470 | NRP Afonso de Albuquerque | 1935-1961 | Destruído em combate |
F471 | NRP Bartolomeu Dias | 1935-1967 | Abatido ao serviço |