Colégio Nossa Senhora da Vitória

Bem tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia na cidade de Salvador

Colégio Nossa Senhora da Vitória é uma escola fundada no ano de 1911, localizado no bairro do Canela, na cidade de Salvador, capital do estado da Bahia.[1][2]

Colégio Nossa Senhora da Vitória
Informações gerais
Inauguração 1911
Proprietário inicial Colégio Marista
Função inicial escola
Proprietário atual Governo Federal do Brasil
Função atual escola
Património nacional
Classificação Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia
Geografia
País  Brasil
Cidade Salvador, BA
Canela
Coordenadas 12° 59′ 36″ S, 38° 31′ 22″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

História

editar

Em 1906, os Irmãos Maristas adquirem um imóvel, localizado na rua da Canella (atual Araújo Pinho), que pertencia ao Coronel Pedro Emilio de Cerqueira Lima. O prédio como Colégio Nossa Senhora da Vitória, foi fundado no ano de 1911, localizado no bairro do Canela em Salvador para receber o programa educacional marista fundado na França.[3][4]

No ano de 1926, o prédio recebeu uma reforma adequando-se para atender uma crescente demanda por alunos.[3] Em 1937, a estrutura da escola foi ampliada, ocupando um espaço de aproximadamente 12.321 m², recebendo melhorias como a implementação de quadras esportivas e bibliotecas[3]

Em 2008, após noventa e sete anos de uso dos prédios, o Colégio Marista mudou-se do Canela para o bairro de Patamares, deixando a estrutura do colégio sem utilização.[5] Após a desocupação do espaço, o prédio foi transformado na sede da Reitoria do Instituto Federal da Bahia (IFBA), após a compra do espaço pelo Governo Federal do Brasil em 2009.[5][6] No ano seguinte à compra, em 2010, a reitoria já estava funcionando no local.[5][6]

Arquitetura

editar

A edificação original remonta à segunda metade do século XIX, quando era residência da família Cerqueira Lima. Registros indicam que ela já existia em 1869. O imóvel possuía características neoclássicas, com um pavimento térreo(ou porão alto) e um superior, com uma escadaria na fachada principal em estilo neoclássico. Com um vasto quintal, os Irmãos Maristas viram o local como ideal para implementar novas instalações e áreas para recreio, adquirindo a propriedade em 1906.[7][8]

A primeira intervenção foi a adição de mais um andar e sótão em 1906. Um prédio térreo foi incorporado ao fundo do terreno para servir de cozinha e refeitório. Em fotos de 1927, já aparece em sua lateral uma varanda com colunas. Um mirante usado como observatório já tinha sido erguido em 1936 e treze anos depois, o sótão implementado foi retirado. Outras alterações foram feitas ao longo do século mas predominaram as características das primeiras décadas do século XX, com sua fachada grandiosa, janelas grandes e verticais, portas com bandeiras e pátio interno. Em 1971 foram construídos novos prédios, anexos à edificação original.[7][8]

Em seu interior existe uma capela de estilo neoclássico, a Capela Nossa Senhora da Vitória. Com relação ao piso, prevalece o ladrilho hidráulico apesar de apresentar uma enorme variedade de pisos, decorrente das intervenções que sofreu ao longo dos anos. Nas salas de aula antigas, algumas apresentam piso em régua de madeira, outras tacos de madeira. Seu telhado é composto de telha cerâmica vermelha do tipo francesa, produzida pela Olaria Cerâmica São João (1917 - 1945).[8][9]

Personalidades

editar

Entre os ex-alunos notórios que estudaram na instituição estão:

Tombamento

editar

No ano de 2008, o prédio do colégio passou pelo processo de tombamento histórico junto ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), órgão estatal responsável pela preservação da memória baiana.[16][17][18]

Ver também

editar

Referências

  1. «Colégio Nossa Senhora da Vitória (Marista)». Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia. Consultado em 21 de julho de 2021 
  2. «Salvador». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 21 de julho de 2021 
  3. a b c «Prédio do Colégio Marista é tombado pelo Ipac em Salvador». SecultBA - Secretaria de Cultura - Governo do Estado da Bahia. 4 de abril de 2019. Consultado em 21 de julho de 2021 
  4. «French Program». Marist College (em inglês). Consultado em 21 de julho de 2021 
  5. a b c Barreto, Iara. «Memoria IFBA». Instituto Federal da Bahia. Consultado em 21 de julho de 2021 
  6. a b Rocha, Aline (26 de dezembro de 2016). «Adaptação do Edifício do Antigo Colégio Marista à sede da Reitoria do IFBA» (PDF). Universidade Federal da Bahia. Consultado em 21 de julho de 2021 
  7. a b Barreto, Iara. «Memoria IFBA». IFBA - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia Instituto Federal da Bahia. Consultado em 10 de agosto de 2021 
  8. a b c Rocha, Aline dos Santos (26 de dezembro de 2016). «Adaptação do Edifício do Antigo Colégio Marista à sede da Reitoria do IFBA». Consultado em 10 de agosto de 2021 
  9. «Capela Nossa Senhora da Vitória, Marista». www.salvador-turismo.com. Consultado em 10 de agosto de 2021 
  10. «Nizan Guanaes passa o fim de semana em Salvador». Alô Alô Bahia. 28 de setembro de 2019. Consultado em 21 de julho de 2021 
  11. Carvalho, Joaquim de (28 de novembro de 2019). «Gilberto Gil posta foto do colégio e conta como começou a sentir o racismo no Brasil». Diário do Centro do Mundo. Consultado em 21 de julho de 2021 
  12. «Biografia de ACM Neto». Estudo Prático. 18 de outubro de 2016. Consultado em 21 de julho de 2021 
  13. a b c Amado, Guilherme (30 de julho de 2017). «O que há em comum entre os baianos ilustres da Lava-Jato?». Lauro Jardim - O Globo. Consultado em 21 de julho de 2021 
  14. Oliveira, Lúcia (1992). «Caminho cruzados: trajetória individual e geração». Fundação Joaquim Nabuco. Consultado em 17 de junho de 2022 
  15. «Afrânio dos Santos Coutinho». Sociedade Brasileira de História da Medicina. 22 de junho de 2021. Consultado em 18 de junho de 2022 
  16. Sombra, Emanuella (9 de outubro de 2008). «Ipac tomba Marista e adia destino do colégio». A Tarde. Consultado em 21 de julho de 2021 
  17. «Institucional». Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia. Consultado em 21 de julho de 2021 
  18. «Prédio do Colégio Marista é tombado pelo Ipac em Salvador». Revista Museu. 5 de abril de 2019. Consultado em 21 de julho de 2021