Comité Nacional de Ação Conjunta
O Comité Nacional de Ação Conjunta (em inglês: National Joint Action Committee, NJAC) é um partido político em Trindade e Tobago.
Comité Nacional de Ação Conjunta National Joint Action Committee | |
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Líder | Kwasi Mutema[1] |
Fundador | Makandal Daaga |
Fundação | 26 de fevereiro de 1969 |
Ideologia | Nacionalismo negro Black Power Afrocentrismo Democracia participativa[2] |
Espetro político | Esquerda radical[3] |
País | Trindade e Tobago |
Afiliação nacional | Coalização Parceria Popular |
Página oficial | |
https://njactt.org/ | |
História
editarO partido foi estabelecido em fevereiro de 1969 por Makandal Daaga (então conhecido como Geddes Granger), que estava descontente com o facto da maioria dos negócios em Trindade serem propriedade da minoria branca. O partido concorreu pela primeira vez a eleições em 1981[4], quando recebeu 3,3%, mas não elegeu nenhum deputado. Nas eleições de 1986, voltou a não eleger deputados e a sua votação reduziu-se a 1,5%.
O partido integrou a a vitoriosa Coalizão Parceria Popular nas eleições de 2010.
Ideologia
editarO NJAC foi criado pouco antes da chamada "Revolução de Fevereiro" de 1970 em Trindade e Tobago e inspirado pela ideologia do Black Power (onde o NJAC inclui tanto a população de origem africana como a indiana como "negras"), funcionando inicialmente como uma federação de vários movimentos sociais.[5] Para o NJAC, a dominação económica branca (tanto da elite branca local como pelas multinacionais) estava ligada a um sistema politico parlamentar puramente representativo (em que de qualquer maneira o parlamento acabava por ter poucos poderes reais face ao executivo). Em alternativa a ver a ação política como votar de cinco em cinco anos e tentar entrar no parlamento, o NJAC defende uma política baseada em mobilizações populares e pela criação e desenvolvimento de organizações de base como os "parlamentos populares", a partir dos bairros, plantações, universidades, etc,[6] com uma descentralização administrativa (nomeadamente com maior autonomia para a ilha de Tobago).[2] Inicialmente o NJAC, devido à sua posição de defesa da mobilização popular em detrimento do sistema representativo, não concorria a eleições, mas abandonou essa posição a partir de 1981.[5]
Resultados eleitorais
editarLegislativas
editarData | Votos | % | Câmara dos Representantes | Notas |
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1981[7] | 13.710 | 3,32% | 0 / 36 |
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1986[8] | 8.592 | 1,5% | 0 / 36 |
|
1991[9] | 5.743 | 1,11% | 0 / 36 |
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2010[10] | 432.026 | 60,03% | 29 / 41 |
Total da Coalização Parceria Popular |
2015[11] | 5.790 | 0,79% | 0 / 41 |
Referências
- ↑ «Political Leader». National Joint Action Committee (em inglês). Consultado em 27 de julho de 2020
- ↑ a b «The Political Principles of NJAC - Part II». National Joint Action Committee (em inglês). 28 de fevereiro de 2017. Consultado em 27 de julho de 2020
- ↑ Mars, Perry (1998). Ideology and Change: The Transformation of the Caribbean Left. Col: African American life series (em inglês). Detroit: Wayne State University Press. p. 53. ISBN 9780814327692. Consultado em 27 de julho de 2020}}
- ↑ Nohlen, Dieter (2005). Elections in the Americas: A data handbook (em inglês). I. [S.l.: s.n.] p. 638. ISBN 978-0-19-928357-6
- ↑ a b «History». National Joint Action Committee (em inglês). Consultado em 28 de julho de 2020
- ↑ Quinn 2015
- ↑ «Trinidad and Tobago General Election Results 1981». Caribbean Elections (em inglês). Consultado em 27 de julho de 2020
- ↑ «Trinidad and Tobago General Election Results 1986». Caribbean Elections (em inglês). Consultado em 27 de julho de 2020
- ↑ «Trinidad and Tobago General Election Results 1991». Caribbean Elections (em inglês). Consultado em 27 de julho de 2020
- ↑ «Trinidad and Tobago General Election Results 2010». Caribbean Elections (em inglês). Consultado em 27 de julho de 2020
- ↑ «Trinidad and Tobago General Election Results 2015». Caribbean Elections (em inglês). Consultado em 27 de julho de 2020
Bibliografia
editar- Quinn, Kate (28 de janeiro de 2015). «Conventional politics or revolution: Black Power and the radical challenge to the Westminster model in the Caribbean». Taylor & Francis. Commonwealth & Comparative Politics. 53 (1): 71-94. doi:10.1080/14662043.2014.993145