Companhia aérea de baixo custo

companhia aérea com tarifas geralmente mais baixas
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Uma companhia aérea de baixo custo (ou low cost em inglês, terminologia comummente utilizada em Portugal) é uma companhia aérea que oferece baixas tarifas eliminando custos derivados de serviços tradicionais oferecidos aos passageiros, baseando-se na simplicidade do serviço sem distinção de classes. O conceito teve origem nos Estados Unidos e popularizou-se na Europa durante os anos noventa, tudo graças à liberalização do setor dos transportes aéreos no mercado norte-americano iniciada em 1978. Esta liberalização veio permitir que as companhias aéreas pudessem circular livremente, com total autonomia em termos de estabelecimento de preços, rotas e capacidade de transporte que, até aí, eram limitadas. O aparecimento das low cost na Europa apenas foi possível devido ao processo de liberalização do setor iniciado em 1987 e finalizado em 1997 que deu, tal como no caso norte-americano, total liberdade às companhias aéreas, o “ingrediente” essencial para o sucesso das low cost. A liberalização do transporte aéreo teve como metas a redução de preços, providenciar mais escolha aos consumidores e potenciar o crescimento regional. Surgiram assim as companhias low cost que praticavam preços mais reduzidos dos que eram praticados até então, alterando a forma como viajamos.

Um 737 da companhia easyJet esperando para decolagem

As companhias low cost têm um modelo baseado em custos unitários substancialmente inferiores relativamente ao outros tipos de companhias aéreas (tradicionais e charter), o que lhes permite praticar preços reduzidos, sendo esta a sua principal vantagem competitiva face às restantes companhias aéreas. Os preços reduzidos apenas são possíveis devido à simplificação de processos de gestão e à oferta de um serviço com características simplificadas, em que a única preocupação é oferecer o transporte aéreo a baixo preço. As low cost caracterizam-se pela aposta na utilização de aeroportos secundários, maior intensidade na utilização de aviões e tripulações, redução de custos de manutenção, mais lugares disponíveis por avião e tempos de paragem nos aeroportos reduzidos, permitindo obter uma redução de custos inferiores às tradicionais. Estas são geralmente conhecidas por companhias low cost, low fare, no-frills ou discount airlines. Estas designações pretendem definir companhias aéreas cujos respetivos custos são inferiores aos custos das companhias tradicionais. O modelo de negócio destas companhias caracteriza-se fundamentalmente pela simplicidade do produto, custos operativos baixos e um posicionamento específico, permitindo oferecer aos seus clientes tarifas mais baixas, não fornecendo muitos dos tradicionais serviços adicionais. O desenvolvimento destes serviços aéreos low cost resultou fundamentalmente no aumento do tráfego aéreo, evitando o desvio da procura existente para outros meios, uma vez que os preços baixos oferecidos pelas companhias low cost acabaram por atrair novos clientes para o mercado do transporte aéreo.

No Brasil, é possível fazer a compra de passagens desse tipo de companhia por meio de agência de viagens online. Atualmente, algumas companhias e fabricantes cogitam a possibilidade de transportar passageiros em pé[1].

Modelo de negócio

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Publicidade no interior de uma aeronave da Ryanair.
 
EasyJet A319, Airport Amsterdam Schiphol.

Uma companhia aérea de baixo custo normalmente segue o seguinte modelo de negócio:

  • oferece apenas uma classe em seus aviões (não há as tradicionais classes econômica, executiva e primeira-classe);
  • usa apenas um tipo de aeronave (normalmente o Airbus A320 ou o Boeing 737), reduzindo custos de treinamento e de serviços associados;
  • oferece um sistema simples de tarifação (à medida que a capacidade do avião vai se esgotando em determinado voo, as tarifas aumentam, o que recompensa reservas com antecedência);
  • não se oferecem lugares marcados (reserva de lugar), encorajando os passageiros a embarcar o mais rápido possível;
  • são escolhidos aeroportos com custos mais baratos e menos congestionados, normalmente sendo aeroportos secundários;
  • prefere-se voar em horários não-preferenciais (muito cedo pela manhã ou noite avançada), reduzindo custos e evitando atrasos devido ao intenso tráfego aéreo;
  • os voos são vendidos separadamente para cada trecho, não sendo possível conexão, o que transfere ao passageiro o ônus de voos cancelados ou atrasos (a companhia vende bilhetes sem escalas intermediárias de conexão e não se responsabiliza por combinações feitas pelos passageiros com outros voos da companhia ou de outra empresa);
  • ênfase na venda direta ao passageiros, especialmente pela Internet, evitando taxas e comissões pagas a agentes de viagem, operadoras turísticas e sistemas eletrônicos de reserva;
  • emissão preferencial de bilhetes eletrônicos ou viagem sem bilhete (apenas com número de reserva);
  • os funcionários exercem vários serviços, por exemplo, comissários de bordo também limpam o avião ou atendem os portões de embarque, o que reduz o custo com pessoal;
  • serviço de bordo gratuito é eliminado, sendo cobrado qualquer serviço diretamente do passageiro (bebidas, lanches, fones de ouvido);
  • agressiva política de redução do custo de combustível;
  • anuncia-se sempre preços separados, sem taxas de embarque e custos governamentais, fazendo com que o preço básico apareça sempre o mais baixo possível (exceto na União Europeia, onde é obrigatório anunciar o preço com todas as taxas).

Companhias de baixo custo

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A seguinte lista[2] compreende todas as companhias aéreas de baixo custo organizadas por país de origem.

  África do Sul

  Angola

  Egito


  Quênia

  • Fly540
  • Jambojet (pertence a Air Kenya e opera com o mesmo código IATA)

  Marrocos

  Tanzânia

  Zimbabwe

  Canadá

  Estados Unidos

  México

  Brasil

  Argentina

  Chile

  Colômbia

  Bangladesh

  China

  Coreia do Sul

  Filipinas

  Hong Kong

  Índia

  Indonésia

  Japão

  Malásia

  Myanmar


  Quirguistão

  Singapura

  Taiwan

  Tailândia

  Vietname

  Alemanha

  Áustria

  Espanha

  França

  Hungria

  Islândia

  Irlanda

  Itália

  Letônia

  Noruega

  Países Baixos

  Reino Unido

  Chéquia

  • SmartWings (pertence a Travel Service Airlines e opera com o mesmo código IATA)

  Roménia

  Rússia

  Suíça

  Turquia

  Arábia Saudita

  Bahrein

  Emirados Árabes Unidos

  Iêmen

  Israel

  Kuwait

  Austrália

Ver também

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Referências