Complexo Viário José Roberto Fanganiello Melhem
O Complexo Víario José Roberto Fanganiello Melhem (anteriormente denominado Dr. Antonio Bias da Costa Bueno) é um túnel localizado no final da Avenida Paulista, em São Paulo, Brasil. Faz a ligação entre as avenidas Paulista, Rebouças e Dr. Arnaldo. É também conhecido popularmente como Túnel da Avenida Paulista ou Complexo Viário Rebouças.
Complexo Viário José Roberto Fanganiello Melhem | |
---|---|
Um dos acessos do túnel | |
Inauguração | 1972 |
Extensão | 1 045 e 1 060 |
Início | Avenida Paulista |
Subprefeitura(s) | Sé e Pinheiros |
Bairro(s) | Consolação e Jardim Paulista |
Fim | Avenida Doutor Arnaldo/ Avenida Rebouças |
|
História
editarSegundo Caio Pompeu de Toledo, então deputado estadual pela ARENA, "as vias expressas são a única solução de caráter imediato para os problemas imediatos da cidade", para o então prefeito de São Paulo, Figueiredo Ferraz.
O quarteirão na época tinha quinhentos habitantes, ficando exatamente no centro do complexo viário "Rebouças-Consolação-Paulista-Angélica-Dr. Arnaldo", chamado na época de Nó da Paulista. As pessoas enfrentavam todos os dias um tráfego intenso e perigoso no caminho de casa. A passagem de pedestres sob a Consolação não estava pronta. Foi inaugurado em 1972, o cruzamento das avenidas Paulista e Consolação.[1]
Em 2007, em virtude da Lei nº 14.292, o túnel passou a ser denominado Dr. Antonio Bias da Costa Bueno. Três anos depois, em 2 de junho de 2010, foi aprovada a Lei nº 15.188 que modificou seu nome para Túnel José Roberto Fanganiello Melhem [2].O nome anterior teve de ser modificado pois já havia outro logradouro público com a mesma nomenclatura, a Praça Dr. Antonio Bias da Costa Bueno, em Pinheiros.[3]
Manifestações culturais
editarGrafite
editarNo início do túnel há um mural pintado originalmente na década de 1980 pelo artista Rui Amaral, apagado pelo Prefeito Paulo Maluf na década seguinte e repintado novamente.[4][5]
Nesta região, a temática dos desenhos é focada no popular brasileiro, temas de fácil aceitação e visualmente atraentes.
Foi pintado um imenso mural com 430 metros lineares ou 2.200m². O trabalho reúne diversas ilustrações criadas a partir da história e cultura do Japão. Esta homenagem fez parte dos 453 anos da cidade de São Paulo, e do centenário da imigração japonesa, completado em 2008. A imigração teve início oficial em 18 de junho de 1908, quando o vapor Kasato Maru aportou nas docas de Santos, trazendo setecentos e oitenta e um japoneses, reunidos em cento e sessenta famílias. O projeto foi batizado de Olhar Nascente.[6]
O grafite predominante na região teve influência da arte produzida em algumas capitais do mundo, tais como: Buenos Aires, Nova Iorque, Berlim, Paris, Roma, Santiago e Los Angeles.
Ver também
editarReferências
- ↑ Folha de S.Paulo, edição de 12 de junho de 1972. Matéria sobre o complexo viário da Paulista.
- ↑ http://www3.prefeitura.sp.gov.br/cadlem/secretarias/negocios_juridicos/cadlem/integra.asp?alt=03062010L%20151880000 [ligação inativa]
- ↑ http://natalini.com.br/noticia/cet-coloca-nova-placa-de-denominacao-no-tunel-da-avenida-paulista
- ↑ «Rui Amaral na Av. Paulista»
- ↑ «Do Buraco da Paulista ao MASP: grafite e pixação retratam contradições urbanas». Consultado em 1 de setembro de 2015. Arquivado do original em 3 de março de 2016
- ↑ «Painel de grafite homenageia colônia japonesa na comemoração do aniversário de São Paulo». Prefeitura de São Paulo. 23 de janeiro de 2007. Consultado em 9 de agosto de 2020