Comunidade de São Romédio
A Comunidade de São Romédio é uma localidade histórica de Caxias do Sul, Brasil, fundada em meados de 1876, nos albores da colonização italiana no Rio Grande do Sul.
Embora alguns imigrantes já tivessem chegado a Caxias antes disso, haviam se fixado na 1ª e 2ª Léguas, hoje incluídas no município de Farroupilha. Foi em São Romédio, situada no antigo Travessão Santa Teresa da 5ª Légua, que se estruturou o primeiro núcleo comunitário da atual região urbana caxiense. Por esta razão é considerada o "berço de Caxias", e seu principal marco, a Igreja de São Romédio, em torno da qual a comunidade se expandiu, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado.[1][2][3] A sede urbana principal, a chamada Sede Dante, se organizaria cerca de dois quilômetros ao norte, formando o que hoje é o Centro Histórico de Caxias do Sul, concentrando a administração da Caxias em formação. Atualmente a Comunidade de São Romédio se localiza no bairro Panazzolo.
História
editarA partir de junho de 1876 os primeiros imigrantes começaram a chegar a este local,[4] localizado no então chamado Travessão Santa Teresa da 5ª Légua da Colônia Fundos de Nova Palmira (depois Caxias). A comunidade se estruturou espontaneamente, tendo seu marco fundador na criação da Sociedade Igreja de São Romédio em 25 de dezembro de 1876, sendo a primeira associação civil de Caxias do Sul.[5] A ideia de formar uma sociedade partiu de Teresa e Angela Pezzi. A novel entidade iria dedicar-se ao mútuo socorro, tendo sempre uma referência vital na religião, declarando em seus estatutos os objetivos de preservar a fé católica, fundar uma igreja e facilitar a sobrevivência dos colonos, que ao chegarem à região encontraram uma mata virgem para desbravar, receberam pouca ajuda do governo, e tiveram de se valer de si mesmos para quase tudo.[6]
O grupo pioneiro era constituído de 38 pessoas oriundas de diversas vilas trentinas, incluindo crianças, e foram, segundo a tradição, doze os fundadores da sociedade: Angela, Teresa, Pietro e Giuseppe Pezzi, Giovanni Battista Longhi, Giovanni Battista Dalfovo, Angelo e Simone d'Ambros (Dambroz), Fortunato Maschio, Sebastiano Rizzon, Filippo Brustolin e a viúva Lucia Dabrochio (Dalzocchio).[1][3][7] Segundo Tessari, provavelmente os familiares dos fundadores também estavam presentes no ato, incluindo Corona, Luigi, Antonia, Giacomina, Giovanni e Pio d'Ambros, Marcolina, Giovanni, Maria e Giuseppe Maschio, Maria e Domenico Rizzon, Giovanni, Angelo, Cassiano, Antonio e Domenica Brustolin, Giuseppe e Giovanna Dabrochio, Catharina Rossi Longhi, dois Giuseppes Longhi, Santo e Basilio Dalfovo e Teresa Tomazzoni Pezzi.[6]
À meia-noite do dia da fundação da sociedade, posta sob a proteção de São Romédio, santo de sua devoção na Itália, Teresa Pezzi, ainda uma jovem, rodeada de todos, em meio à escuridão da mata virgem, acendeu uma vela e gritou alto: "Fratelli, il Signor Dio è con noi!" [Irmãos, o Senhor Deus está conosco!], um gesto de significado simbólico, pois fazia uma declaração de fé e ao mesmo tempo representava o ato de tomada de posse do território. Sendo gente de grande devoção religiosa, organizando suas vidas e valores inspirados nas tradições católicas, em breve ergueram um oratório de bambus, que depois foi substituído sucessivamente por duas capelas de madeira, e estas, em 1931, por outra, ainda maior, de alvenaria, que permanece até hoje.[8]
A primeira Diretoria da sociedade foi formada por Giovanni Battista Dalfovo, eleito primeiro capocomune [na Itália, líder comunitário], mais Giovanni Battista Longhi e Pietro Pezzi, que ficaram no cargo até 1894. Neste período foram organizados vários departamentos na sociedade, responsáveis pela catequese, assistência a doentes e moribundos, zeladoria do cemitério e da igreja, organização de velórios, grupos de oração e canto religioso, festividades, jogos e diversões e coleta de fundos. Também se organizaram aulas para os pequenos, incluindo as disciplinas de matemática, língua italiana, história sagrada, geografia e noções de civilidade, a cargo dos professores Basilio e Santo Dalfovo. Tessari acrescenta: "Prestavam assistência espiritual, no início da colonização em São Romédio, as senhoras Catharina Rossi Longhi, Angela Pezzi, a viúva Giustina Brustolin, Teresa Pezzi e Teresa Tomazzoni Pezzi, entre outras, que merecem o nosso eterno respeito e gratidão".[9]
No entanto, o trabalho prático para a sobrevivência material urgia ser feito, e estava todo por fazer. A região era coberta por mata virgem, e só fora habitada antes por índios, erradicados dali pouco antes da chegada dos imigrantes em uma campanha para "limpar a área" para os colonos brancos poderem se instalar sossegados sem temerem ataques.[10] Os colonos rapidamente criaram uma pequena comuna autônoma, similar em sua estrutura e funcionamento às comunas do Trentino, sua terra natal. O sistema socioeconômico que se formou era essencialmente cooperativo, criando uma sólida rede de reciprocidades que garantiu a sobrevivência dos colonos e o rápido florescimento da comunidade, tornando-se em poucas décadas um polo de produção agroindustrial e de devoção religiosa.[8] Entre 1880 e 1890 surgiram 24 indústrias de pequeno e médio porte, entre serrarias, moinhos, ferrarias, cantinas e fábricas de pipas, pregos, cadeiras e móveis e outros negócios.[9]
Também houve preocupação com a educação, a confraternização social e o esporte, sendo construídos uma cancha de bocha, um salão de festas,[3] e uma escola formal, conduzida pelo professor Silvio Stallivieri, que na década de 1910 foi encampada pela Municipalidade. No entanto, nas primeiras décadas do século XX, com a consolidação do centro urbano como o grande polo econômico regional, e com a multiplicação da concorrência de indústrias e comércios de vulto por todo município, sua economia começou a desacelerar rapidamente, o que levou à mudança de várias famílias para outros lugares, acentuando o declínio.[11][8]
A área permaneceu semi-rural até a década de 1950, quando ainda não havia nenhuma estrada em boas condições que a ligasse ao centro urbano, e só em 1956 passou a contar com rede elétrica. Sua existência permanecia quase despercebida, sendo raríssimas as notícias na imprensa caxiense, e geralmente apenas para divulgar em poucas linhas a festa do padroeiro. Nas décadas seguintes a área perdeu todo o antigo relevo econômico, mas sua população cresceu, adensou sua urbanização, e assumiu um definido perfil residencial.[8]
Sua importância histórica tardou para se reconhecida, e nas grandes comemorações oficiais programadas para 1974 e 1975 pela Comissão do Biênio da Imigração e Colonização no estado, a Comunidade de São Romédio não foi lembrada. Contudo, uma matéria no Pioneiro de 12 de novembro de 1975 assinala que a festa do padroeiro não perdeu por isso seu grande brilho, revestindo-se "de uma vibração e de um êxito acima de qualquer palavra, [...] uma das mais belas, mais autênticas e melhores festas da imigração e colonização italiana", contando com a presença do prefeito, do vice-cônsul da Itália e outras autoridades, e atraindo muitos visitantes de vários pontos do estado e mesmo do exterior. No almoço de confraternização que seguiu-se à missa festiva, foi anunciada a intenção de erguer-se um monumento homenageando a imigração trentina.[8]
Em 2006, para comemorar os 130 anos de fundação da Comunidade, com o apoio do Fundo Pró-Cultura da Prefeitura Municipal, foram feitas pesquisas para resgate de sua história e procedeu-se à instalação de painéis no salão de festas com a descrição desta trajetória, com o objetivo de divulgar o conhecimento histórico do lugar e preservar a identidade da comunidade.[12]
Em 2016 celebrou seus 140 anos de fundação, e a imprensa local deu grande destaque à data, reconhecendo a sua importância histórica.[13][14][15][16] As comemorações iniciaram em 5 de março com a bênção dos animais de estimação, no dia 12 ocorreu o encontro das 12 comunidades dos Santos Apóstolos, no dia 17 foi celebrada a catequese e no dia 19 uma missa com procissão, encerrando em 20 de abril com a celebração de uma missa festiva pelo bispo diocesano, seguida de um grande almoço no salão de festas comunitário, que contou com a presença do governador do Estado, o prefeito e o vice-prefeito de Caxias, a rainha e princesas da Festa da Uva e outras autoridades.[16]
Vários dos pioneiros hoje batizam ruas da cidade, perpetuando sua memória pela contribuição relevante que deixaram nos árduos primeiros tempos da colonização.[17][18] A antiga sociedade, atualmente rebatizada Associação da Igreja de São Romédio, ainda mantém intensa atividade comunitária, programando competições de bocha e ações beneficentes, celebrando missas em italiano e promovendo festas e outros eventos onde busca-se a preservação das tradições locais. O salão de festas da Comunidade frequentemente sedia encontros de entidades caxienses.[19][20] A Associação foi homenageada em 2016 pela Câmara Municipal pela sua constante dedicação à promoção da religião e de atividades diversificadas.[21]
A Igreja
editarA fé religiosa foi um dos grandes esteios morais da comunidade ao longo de toda a sua história, ainda havendo assíduas confraternizações comunitárias relacionadas ao calendário católico e carregadas de tintas folclóricas e tradicionais.[3][22][23] A data magna da comunidade é 15 de janeiro, o dia festivo de São Romédio, o patrono da Igreja e o santo de devoção dos pioneiros, mas comemora-se em março por causa do calendário escolar.[7]
Depois da primitiva capelinha de bambus, a segunda capela foi erguida em madeira em 1877, em terreno doado por Angelico e Maria Giordano Pedron e a viúva Rosa Fedrizzi, com as obras dirigidas pela primeira Diretoria da sociedade, e inaugurada pelo padre Bartolomeu Tiecher, o primeiro sacerdote da colônia, vindo da Itália com os imigrantes, em 15 de janeiro do ano seguinte. Em 1883 recebeu relíquias de São Romédio, São Vigílio e dos santos mártires Sisinio, Alessandro e Martírio, acompanhadas de certificado de autenticidade assinado pelo bispo de Trento.[3]
Em 1884 a comunidade já contava com 1.080 habitantes e decidiu-se uma ampliação, também em madeira. Em 1903 outros terrenos para a construção do cemitério e do salão de festas foram doados por Giovanni e Maria Pedron, Valentino e Anita Boz, e Giuseppe, Celestina e Raimonda Fedrizzi. Mais terras foram doadas nos anos sucessivos para ampliações do cemitério, pelas famílias Pezzi, Pedron, Battassini e Comunello.[24]
A presente igreja foi levantada em alvenaria. Sua pedra fundamental foi benta em 27 de junho de 1930 pelo cônego da Matriz, dom João Meneguzzi, e lançada em 15 de novembro de 1931. Nesta data a sociedade era presidida por Antonio Fedrizzi, tendo Innocente Comunello como vice, os secretários Alfredo Fedrizzi e Guerino Pezzi, tesoureiros Luminato Pedron e Angelo Madalosso, e Vitório Longhi, Francisco Pezzi e Alvoredo Pellini no Conselho Fiscal.[25] A comissão de obras foi composta por Luminato Pedron, Rodolfo Longhi, Antonio Fedrizzi, Angelo Giordano e João Dalfovo,[26] sendo inaugurada em 20 de maio de 1933 com missa solene e grandes festas, quando a Diretoria da Sociedade era composta por João Dalfovo, presidente; Guerino Pezzi, secretário; Angelo Madalosso, tesoureiro; Alvoredo Pellini, Antonio Fedrizzi e Angelo Giordano no Conselho Fiscal.[27] Tem um estilo Neogótico e suas dimensões são modestas, mas seu interior tem uma expressiva decoração, embora austera. Destaca-se o seu altar-mor, talhado em madeira com douraduras, também no estilo Neogótico, obra da Marcenaria Central, de José Gollo, além de estatuária de Estácio Zambelli, uma Via Sacra de gravuras antigas, o piso de ladrilhos hidráulicos decorados e uma grande pintura de Antônio Cremonese representando São Romédio.[8][22]
A importância da edificação, tão carregada de significado histórico, e sendo exemplo tão importante da arquitetura colonial italiana, foi reconhecida oficialmente, sendo declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado através da Lei nº 12.440 de 30 de março de 2006.[28] Além disso, a área da comunidade foi definida como residencial no Plano Diretor municipal,[29] ajudando a preservar as características físicas do entorno, embora este já esteja muito modificado desde a época colonial. A Igreja foi integrada aos roteiros turísticos de caráter histórico e patrimonial da cidade, foi restaurada recentemente e está em excelente estado geral de conservação, embora o telhado tenha sido “modernizado”, bem como alguns detalhes do interior, perdendo-se traços importantes da sua autenticidade.[8] O seu campanário de madeira, antes o modelo para a grande maioria das igrejas e capelas, mas hoje raríssimo sobrevivente em toda a região colonial, data de 1949, sendo o segundo a cumprir a função. O primeiro era mais rústico e foi erguido em 1933, ao completar-se a atual Igreja. Em 2011, estando em risco de ruir, foi restaurado e reforçado com uma estrutura interna de metal. Seu sino é o da segunda capela de madeira, datado de 1904, fabricado em Bento Gonçalves pelo imigrante Giovanni Gnoatto.[7][8][30] Na justificativa do Projeto de Lei apresentado pelo deputado Ruy Pauletti propondo sua declaração como patrimônio estadual, ele disse:
- "A igreja lembra muito os templos da Itália, e nela se materializou a fé indômita dos imigrantes, pioneiros no cultivo da terra, na construção de novas oportunidades. O templo expressa, na singeleza de suas linhas arquitetônicas, a simplicidade dos imigrantes, mas também a sua fortaleza, a sua coragem, a sua fé e a sua esperança nos dias futuros. Pela grande contribuição à cultura e ao progresso gerados na comunidade de São Romédio de Caxias do Sul, entendemos oportuno e conveniente, preservar a memória dos nossos ancestrais, declarando como patrimônio histórico e cultural do Estado do Rio Grande do Sul a Igreja de São Romédio de Caxias do Sul e adjacências, marcos indeléveis de uma saga histórica, da qual somos herdeiros".[22]
O cemitério, localizado entre a igreja e o salão de festas comunitário, onde descansam os despojos da maioria dos pioneiros, ainda preserva uns poucos mausoléus do início do século XX, como os das famílias Pezzi-Longhi-Stalivieri e Longhi-Dalfovo.[3][8] Entre os mortos enterrados neste campo santo está Catharina Rossi, esposa do pioneiro Giovanni Battista Longhi, conhecida em vida por sua devoção e pelo seu trabalho assistencialista, que ganhou fama de santa quando, 43 anos após sua morte, sua tumba foi aberta e o corpo foi encontrado incorrupto. Segundo conta Tessari, o aspecto do corpo era o de uma pessoa viva, a pele estava macia e apenas recoberta por uma fina camada de pó. O corpo foi então devolvido ao túmulo, e o fenômeno repercutiu pela região, formando-se um folclore e uma pequena devoção em seu redor. Várias graças e curas já lhe foram atribuídas.[27]
Ver também
editarLigações externas
editar- Página da Comunidade no Facebook [ https://www.facebook.com/SaoRomedio ]
Referências
- ↑ a b "São Romédio celebra 125 anos de fundação". Correio Riogradense, 19/12/2001
- ↑ "Na capela de São Romédio, marco da colonização, Caxias comemora os 132 anos da imigração" Arquivado em 14 de julho de 2014, no Wayback Machine.. Oriundi, 08/06/2007
- ↑ a b c d e f "Comunidade caxiense celebra 135 anos". Correio Riograndense, 09/03/2011
- ↑ Gardelin, Mário & Costa, Rovílio. Os Povoadores da Colônia Caxias. EST / FH, 1992, pp. 86-98
- ↑ "Primeira sociedade caxiense comemora 125 anos". Folha do Sul, 23-24/12/2000
- ↑ a b Tessari, João Antônio. Memórias. Editora da UCS, 1994, pp. 35-36
- ↑ a b c "Igreja de São Romédio reabre neste sábado em Caxias do Sul". Pioneiro, 09/03/2013
- ↑ a b c d e f g h i Frantz, Ricardo André Longhi. Crônica das famílias Artico e Longhi e sua parentela em Caxias do Sul, Brasil: Estórias e História, Volume I. Academia.edu, 2020, pp. 39-50
- ↑ a b Tessari, pp. 40-42; 68
- ↑ Bueno, E. Brasil: uma história. Segunda edição revista. Ática, 2003, p. 267
- ↑ Tessari, pp. 68-69
- ↑ Silva, Janaína. "Sociedade resgata história". Pioneiro, 2006
- ↑ Andrade, Andrei. "Nos 140 anos de São Romédio, moradores da primeira comunidade de Caxias compartilham memórias". Pioneiro, 18/03/2016
- ↑ Lopes, Rodrigo. "Memória: os 140 anos de São Romédio". Pioneiro, 19/03/2016
- ↑ "Comunidade São Romédio celebra 140 anos". Correio Riograndense, 29/02/2016
- ↑ a b "Prefeito participa da festa dos 140 anos da Igreja de São Romédio". Sabe Caxias, 23/03/2016
- ↑ Prefeitura Municipal de Caxias do Sul. Lei nº 1.674 de 6 de maio de 1968
- ↑ Prefeitura Municipal de Caxias do Sul. Lei nº 2.852 de 27 de dezembro de 1983
- ↑ Lopes, Rodrigo. "São Romédio, talian e as origens de Caxias do Sul". Pioneiro, 12/03/2015
- ↑ "Igreja de São Romédio reabre com Bênção aos animais e se prepara para festa do domingo". Olá Serra Gaúcha, 11/03/2013
- ↑ "Câmara Municipal homenageará os 140 anos da Igreja de São Romédio". Câmara Municipal de Caxias do Sul, 19/04/2016
- ↑ a b c Pauletti, Ruy. Projeto de Lei 16/2005: Justificativa. Palácio Farroupilha, 15/02/2005
- ↑ "Evento em Caxias". Cuore Triveneto, 10/06/2011
- ↑ Sociedade Igreja de São Romédio. Terras doadas para a formação da Sociedade Igreja de São Romédio. Placa in situ, 2011.
- ↑ Tessari, pp. 60-61
- ↑ "Sessão de Assembléa Geral Extraordinaria – Acta nº 1". Livro de Atas da Associação Igreja de São Romédio, 12/07/1931
- ↑ a b Tessari, p. 108
- ↑ Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Lei nº 12.440, de 30 de março de 2006.
- ↑ Prefeitura Municipal de Caxias do Sul. Plano Diretor. Zoneamento Área Urbana. Anexo 10, junho de 2010
- ↑ Centro de Educação e Pesquisas Ambientais Pousada dos Mulungus. Plano Diretor Municipal: áreas de interesse turístico, histórico, arqueológico, cultural, paisagístico e arquitetônico; proposta.