Concílio da Igreja de Toda a Rússia (1917-1918)
Concílio da Igreja Ortodoxa Russa (em russo: Поме́стный собо́р Правосла́вной росси́йской це́ркви, transl. Poméstnyy sobór Pravoslávnoy rossíyskoy tsérkvi) ou Concílio de Toda a Rússia (em russo: Всероссийский поместный собор, transl. Vserossiyskiy pomestnyy sobor), oficialmente: Santo Sobor da Igreja Ortodoxa Russa (em russo: Священный собор Православной российской церкви, transl. Svyashchennyy sobor Pravoslavnoy rossiyskoy tserkvi'), foi o primeiro concílio da Igreja Ortodoxa Russa desde o final do séc. XVII, iniciado em 15 (28, de acordo com o calendário gregoriano) de agosto de 1917 na Catedral da Assunção do Kremlin de Moscou.[1][2] Sua decisão mais importante foi a restauração, em 21 de novembro (4 de dezembro, de acordo com o calendário gregoriano) de 1917, do patriarcado na Igreja russa, pondo fim ao período sinodal na história da Igreja russa.[2][3][4]
Santo Sobor da Igreja Ortodoxa Russa | |
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Reunião do Sobor na Casa Diocesana de Moscou | |
Outros nomes | Concílio da Igreja de Toda a Rússia |
Participantes | 564 membros, incluindo 227 da hierarquia e do clero, 299 dos leigos |
Localização | Moscou, Rússia |
Tipo | Concílio local |
Data | 1917-1918 |
O concílio esteve reunido por mais de um ano, até 7 (20, de acordo com o calendário gregoriano) de setembro de 1918; as sessões eram realizadas na Casa Diocesana de Moscou, na Rua Likhov.[2] O Sobor coincidiu com eventos importantes da história russa, como a guerra com a Alemanha, o golpe do General Lavr Kornilov, a proclamação da República na Rússia (1º de setembro de 1917), a queda do Governo Provisório e a Revolução de Outubro, a dissolução da Assembleia Constituinte, a publicação do Decreto sobre a separação entre Igreja e Estado e o início da Guerra Civil.[2] O Concílio fez declarações em resposta a alguns desses eventos. Os bolcheviques, cujas ações e decretos foram explicitamente condenados pelo concílio (ou pelo patriarca pessoalmente), não obstruíram diretamente as sessões do concílio.[carece de fontes]
O Sobor, cujos preparativos estavam em andamento desde o início do século XX, foi aberto em uma época em que os sentimentos antimonarquistas reinavam na sociedade e na Igreja.[2] O concílio teve 564 membros, incluindo 227 da hierarquia e do clero e 299 do laicato.[2] Estiveram presentes Alexandre Kerenski, chefe do Governo Provisório, Nikolai Avksentiev, ministro do Interior, representantes da imprensa e da diplomacia, além de outros membros.[carece de fontes]
Galeria
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Reunião do Concílio (1917-1918).
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Patriarca Tikhon no Concílio de 1918.
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Reunião do Concílio na Casa Diocesana de Moscou.
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Presidência do Concílio (1918).
Ver também
editarReferências
editar- ↑ «Santo Concílio da Igreja Ortodoxa Russa 1917-1918». sobor1917.ru - Portal oficial do projeto do mosteiro estauropegial Novospassky para a publicação dos documentos do Concílio. 18 de maio de 2023. Consultado em 29 de maio de 2023
- ↑ a b c d e f «Всероссийский выбор / История / Независимая газета». nvo.ng.ru. Consultado em 29 de maio de 2023
- ↑ «Собрание определений и Деяния Священного Собора Православной Российской Церкви 1917-1918 гг. : Портал Богослов.Ru». web.archive.org. Consultado em 29 de maio de 2023
- ↑ «Андрей и Анастасия Горбачевы. Сколько было противников восстановления патриаршества? / Православие.Ru». pravoslavie.ru (em russo). Consultado em 29 de maio de 2023