Constantino, o Africano
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Constantino o Africano, (Cartago, 1020 — Montecassino, Itália, 1087) dedicou-se ao comércio das drogas orientais com Salerno e, ao observar a ausência de textos médicos, regressou por três anos ao Norte de África, onde recolheu diversos manuscritos árabes de medicina levando-os para Salerno em 1065. As traduções realizadas por Constantino foram de grande interesse, pois com elas entraram em Salerno novas vertentes do saber médico. Pouco depois cristianizou-se com a recomendação do arcebispo Alfano e ingressou na comunidade beneditina de Montecassino, onde permaneceu até à sua morte.
Constantino, o Africano | |
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Constantino analizando la orina de los pacientes | |
Nascimento | século XI Cartago (município) |
Morte | 1087 Abadia de Monte Cassino |
Ocupação | médico, tradutor, escritor, monge |
Obras destacadas | Liber Pantegni, De Gradibus, Universal and Particular Diets |
Religião | catolicismo |
Realizações
editarNa qualidade de irmão leigo, traduziu várias obras médicas importantes do árabe para o latim, num total de cerca de três dezenas de textos, alguns terminados pelo seu discípulo Joanes Afflacius. Constantino era fluente em árabe, persa e grego e encorajou os seus alunos a traduzir para latim tudo o que lhes chegasse às mãos. Entre os textos traduzidos, Kitab al-Malaki, de Ali Abbas, Zād al mussāfir wa tuhfatu elqādim (Viaticum), de ibn al-Gazzar, Libri universalium et particularium diaeterum, Liber de urinis e o Liber febrium, de Ishaq al-Israili ou Isaac Iudaeus, Isagoge, de Hunaine ibne Ixaque, Aforismos, de Hipócrates, De coitu, de Alexandre de Trales. Constantino influenciou portanto o mundo médico europeu, uma vez que em vez de meros fragmentos dos conhecimentos clássicos surgiram sistematicamente obras completas de sabedoria.
Os tratados de Constantino o Africano tiveram um efeito considerável no século XII como conteúdo da coleção intitulada de Ars medicine ou Articella. O centro de Salerno não alargou somente a esfera prática da competência dos médicos de Salerno, mas também teve um efeito estimulante de organização do novo conhecimento médico.
Ver também
editarReferências
editar- COWEN, David L., HELFOND, William H., Pharmacy an illustrated History, Harry N.Abrams, inc. Publishers, New York, 1988.
- Dias, José Pedro Sousa, A Farmácia e a História - Uma introdução à história da Farmácia, da farmacologia e da Terapêutica, Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, 2005.
- Gillispie, Charles Carlston et al, Dictionary of Scientific Biography cSc - VI, American Council of Learned Societies, Nova iIorque, 1981.
- GUERRA, Francisco, Historia de la medicina, Madrid Ediciones Norma,S.A., Madrid, 1982.
- KRUMERS and URDANG'S, History of Pharmacy, 4ª edição, J.B. Lippincott Company, Philadelphia, 1941.
- PITA, Rui João, História da Farmácia, 2ª edição, Minerva, Coimbra, 2000.