Constantino Comneno Ducas

 Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Constantino Ducas.

Constantino Comneno Ducas (em grego: Κωνσταντίνος Κομνηνός Δούκας; romaniz.: Konstantínos Komnenós Doúkas; ca. 1172 - após 1242), geralmente chamado somente Constantino Ducas,[1] foi o filho do sebastocrator João Ducas e irmão dos fundadores do Despotado do Epiro, Miguel I (r. 1205–1215) e Teodoro (r. 1216–1230). Ele foi nomeado governador da Acarnânia e Etólia e recebeu o posto de déspota, que manteve até sua morte.

Constantino Comneno Ducas
Nacionalidade Despotado do Epiro
Ocupação Governador e general
Título
Religião Ortodoxia Oriental
Traqueia escifato de eletro exibindo Teodoro (esquerda) sendo abençoado pelo patrono de Tessalônica, São Demétrio
Áspro traqueia de Aleixo III Ângelo (r. 1195–1203)

Biografia

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Pouco se sabe sobre sua vida.[2] Ele nasceu ca. 1172, o filho mais novo de João Ducas e sua segunda esposa Zoé Ducena.[3] Ele pode ser identificado com Constantino Ducas, que em 12 de abril de 1204, na véspera da Queda de Constantinopla para a Quarta Cruzada, competiu com Constantino Láscaris pelo trono imperial.[4] Em torno de 1208, acompanhou o deposto imperador Aleixo III Ângelo (r. 1195–1203), que procurou refúgio na corte epirota, para o Sultanato de Rum. De lá, e com apoio turco, Aleixo sem sucesso tentou tomar o Império de Niceia.[2]

De volta ao Epiro, Constantino foi nomeado governador da Acarnânia e Etólia, com Naupacto como sua capital, talvez após a sucessão de Teodoro como governante do Epiro em 1215.[1] Em 1216, acompanhou seu irmão Teodoro em uma campanha contra a Bulgária.[2] O governo de Constantino foi bem-sucedido, com ele recuperando Neopatras e Lâmia de seus governantes latinos,[5], mas foi arruinado por seus embates com o bispo local, João Apocauco, que protestou seu governo autoritário e exigências de tributos exorbitantes da população. A disputa levou à deposição forçada e exílio de Apocauco em 1220, e foi resolvido apenas em maio de 1221, após um sínodo incluindo representantes de muitas das sés seniores na Grécia e domínios epirotas.[6] Na verdade, as relações entre Constantino e Apocauco tornaram-se cordiais depois, e o bispo até mesmo compôs um encômio em sua honra.[7]

Cerca de 1225, quando Teodoro foi proclamado imperador bizantino em Tessalônica, Constantino e seu outro irmão sobrevivente, Manuel Ducas, recebeu o título de déspota.[8] Suas atividades depois disso são obscuras: provavelmente não participou na desastrosa batalha de Clocotnitsa em 1230, onde Teodoro foi capturado. Ele permaneceu governante da Etólia e Acarnânia, que é devido apenas a uma aliança frouxa com seu irmão Manuel, agora imperador em Tessalônica. Em 1237, apoiou o retorno e Teodoro, libertado do cativeiro búlgaro, para o trono de Tessalônica. Constantino é mencionado pela última vez em 1242, e pode ter morrido logo depois.[9] É incerto se casou ou se teve filhos.[1][4]

Referências

  1. a b c Polemis 1968, p. 91.
  2. a b c Varzos 1984, p. 657.
  3. Varzos 1984, p. 656.
  4. a b Varzos 1984, p. 664.
  5. Varzos 1984, p. 565.
  6. Varzos 1984, p. 658–661.
  7. Varzos 1984, p. 661–662.
  8. Varzos 1984, p. 662.
  9. Varzos 1984, p. 663.

Bibliografia

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  • Polemis, Demetrios I. (1968). The Doukai: A Contribution to Byzantine Prosopography. Londres: The Athlone Press. ISBN 0-19-504652-8