Copa dos Refugiados e Imigrantes
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Uma linguagem universal para estimular a inclusão e cidadania dos refugiados/imigrantes. A Copa dos Refugiados e Imigrantes, conhecida também somente como Copa dos Refugiados , é uma competição amadora de futebol que ocorre no Brasil desde 2014, organizada pela entidade PDMIG " Pacto pelo Direito de Migrar antigamente chamada (África do Coração). É um maior projeto no âmbito de integração, que reúne refugiados e migrantes, incentivando seus protagonismo em várias oficinas e torneios de futebol onde estas pessoas representam os seus países de origens, posteriormente o Estado e/ou País de acolhimento para uma boa integração local. Gerando uma pauta positiva e evidenciar a pauta de refúgio e imigração no mundo. Além de ser uma grande oportunidade para a mídia espontânea dar maior visibilidade às marcas / empresas patrocinadoras deste evento que tem selo das agências da ONU.O evento esportivo reúne jogadores de diferentes nacionalidades, em especial refugiados e solicitantes de refúgio no Brasil, a fim de promover a integração e confraternizações entre as comunidades migrantes e brasileiras, além de trazer visibilidade às pautas dos refugiados no país.[1][2][3]
MAIS QUE JOGOS DE FUTEBOL
A Copa ultrapassa a competição e promove a integração entre os jogadores e a população local, traz uma boa visibilidade ao tema do refúgio/imigração no país e revelar os talentos e conhecimentos dessa população. O futebol é uma paixão. Práticas esportivas como a Copa dos Refugiados e Imigrantes, são um catalisador de empoderamento e autoestima que contribui para a coesão social e o estreitamento dos laços com as comunidades de acolhida.
Histórico
editarA primeira edição do torneio Copa dos Refugiados e Imigrantes aconteceu em 2014, e contou com seleções de 16 países, todas formadas por refugiados ou solicitantes de refúgio que vivem na cidade capital do São Paulo - Brasil. A segunda edição foi realizada em 2015 que torno o projeto a
Organizada pelos próprios refugiados da organização PDMIG - África do Coração, a edição de 2014 da competição esportiva contou com o apoio da Caritas São Paulo, do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), da ONU Mulheres e da UNAIDS .
“ | “Promover a integração e a inclusão dos povos no meio de futebol; criar um espaço para livre expressão dos refugiados e imigrantes; incentivar os respectivos protagonismos, mostrar as realidades visibilizando a vida migrantes para o publico brasileiro, e assim , dar mais um passo para romper os preconceitos, as discriminações e combater a xenofobia. Além de, chamar atenção para as necessidade de inserção de migrantes na sociedade e de reconhecimento de suas respectiva riquezas culturais.”[4] | ” |
O esporte como uma linguagem universal é um meio efetivo de integração porque promove a sociabilização, propícia à vivência do lazer, e atua como um exercício de saúde mental. Além disso, traz uma visibilidade muito positiva ao contexto das pessoas em situação de refúgio, reforçando suas capacidades e resiliência. Não se trata apenas de disputas futebolísticas, mas, oferecer também workshops multiculturais de e para refugiados (Homens, Mulheres e Crianças). Sendo assim, uma ótima oportunidade de confraternização das comunidades dos refugiados e migrantes, disputando um torneio onde representam seus países e gerando uma pauta positiva para a esse tema, sobretudo com o intuito de romper o preconceito e quebrar barreiras culturais incentivando a inclusão social no Brasil.
A PDMIG é uma organização internacional da sociedade civil fundada e liderada pelos próprios imigrantes, que desempenham um papel protagonista nas negociações das políticas migratórias, na defesa dos direitos de migrar e, no combate a todo tipo de preconceito e discriminação aos imigrantes e refugiados. Atua em favor da integração viabilizando sua participação, e mostrando suas realidades para o público local a fim de quebrar as barreiras culturais, a xenofobia e promover uma integração real destas pessoas com a sociedade.
Resultados
editar# | Ano | Local | Final | Semifinalistas | Atletas | Part | |||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Campeão | Placar | Vice | 3º lugar | Placar | 4º lugar | ||||||||
1 | 2014[5] | São Paulo |
Nigéria | 2 – 0 | Camarões | Mali | W.O. | Colômbia | 160 | 16 | |||
2 | 2015[6] | São Paulo |
Camarões |
3 – 3 (3 - 1 pen.) |
RD Congo |
Colômbia | ? – ? (3 - 1 pen.) |
Afeganistão |
390 | 29 | |||
3 | 2016[7] | São Paulo |
RD Congo |
1 – 1 (3 - 2 pen.) |
Togo |
Guine Bissau | 3 – 2 | Gana | 442 | 26 | |||
4 | 2017[8] | Porto Alegre |
Senegal |
0 – 0 (5 - 4 pen.) |
Colômbia |
Venezuela | Não disputado | Chile | 480 | 8 | 24 | ||
São Paulo |
Nigeria | 7 – 5 | Marrocos | Mali | 3 – 1 | Gambia | 16 | ||||||
5 | 2018 | Porto Alegre /RS | Senegal | 1 - 0 | Líbano | Angola | 2 - 0 | Peru | 640 | 8 | 32 | ||
Rio de Janeiro/RJ | Angola | 3 - 0 | Colômbia | Bolivia | 1 - 0 | Senegal | 8 | ||||||
São Paulo/SP | Níger | 1 - 0 | Nigeria | Gambia | 1 - 0 | Correia do Sul | 16 | ||||||
6 | 2019 | Recife
PE |
Cabo Verde | 3 - 1 | Venezuela | Senegal | 2 - 0 | Angola | 1.120 | 4 | 46 | ||
Curitiba
PR |
Colômbia | 2 - 1 | Argentina | Chile | 2 - 1 | Bolívia | 8 | ||||||
Brasília
DF |
Guiné Conacri | 2 - 0 | Colômbia | Haiti | 2-1 | Gana | 8 | ||||||
Rio de Janeiro/RJ | Angola | 1 - 1
(4 - 3) |
Peru | Venezuela | 4 - 2 | Chile | 8 | ||||||
Porto Alegre/RS | Líbano | 1 - 0 | Palestina | Angola | 2 - 0 | Haiti | 12 | ||||||
São Paulo/SP | RDC | 2 - 0 | Níger | Gambia | 4 - 3 | Guine Bissau | 16 |
Missão
editar- Dar visibilidade à causa com uma pauta positiva; - Gerar protagonismo social aos refugiados/imigrantes; - Criar uma torcida pela causa de migração e refúgio; - Viabilizar ações concretas de inclusão social por meio da PDMIG e seus parceiros. As parcerias nos auxiliam na realização do projeto, atendendo a necessidades como: transporte até os locais do evento, passagens aéreas, equipamentos esportivos, lanches, hospedagem, água, bolas, troféus, medalhas e, além disso, oferecem toda a estrutura necessária realizar campeonatos e outras oficinas, como a concessão de campos em local adequado para receber grandes públicos.
Os anos de 2020 e 2021 não foram alcançados devido à pandemia COVID-19 que dificultou a sua realização, sendo necessário planear uma edição internacional deste megaprojeto nos dois países onde o futebol é uma paixão. O projeto é realizado em datas pré-estabelecidas de acordo com a disponibilidade de cada cidade. Será realizado em dois países em 2022, no Brasil e na Argentina. A renomada competição acontecerá de forma inédita, em 8 estados brasileiros. Na Argentina, será em Buenos Aires. Com mais 1.840 atletas de 92 seleções formadas nos dois países-sede e mais de 64 nacionalidades.
Referências
- ↑ blogdojuca.uol.com.br/ Copa do Mundo dos Refugiados
- ↑ «Os atletas refugiados para além das histórias de superação - _comciência». Consultado em 21 de novembro de 2020
- ↑ disse, Wilber (21 de outubro de 2019). «Copa dos Refugiados e Imigrantes: Futebol e união para além da terra». Jornalistas Livres. Consultado em 21 de novembro de 2020
- ↑ [1] Copa dos Refugiados e imigrantes: nacionalidades diversas e histórias de sobrevivência semelhantes
- ↑ «Haiti vence Copa de refugiados; sírios seguem Ramadã e não tomam água». Portal G1. Consultado em 11 de julho de 2017
- ↑ «Com 'seleções' de 16 países, Nigéria vence Copa dos Refugiados». Folha de S.Paulo. Consultado em 11 de julho de 2017
- ↑ «República Democrática do Congo vence a III Copa dos Refugiados que ganha força a cada ano». Migra Mundo. Consultado em 11 de julho de 2017
- ↑ «Imigrantes disputam Copa dos Refugiados em Porto Alegre». Portal G1. Consultado em 11 de julho de 2017
Ligações externas
editar- g1.globo.com/ Copa dos Refugiados reúne jogadores de 16 países em São Paulo