Coronelismo, Enxada e Voto
Coronelismo, enxada e voto é um livro de Victor Nunes Leal publicado em 1948, oriundo de sua tese de concurso público para professor.[1][2]
Coronelismo, Enxada e Voto | |||||||
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Autor(es) | Victor Nunes Leal | ||||||
País | Brasil | ||||||
Assunto | Política, Sociologia | ||||||
Gênero | Não ficção | ||||||
Editora | Forense Editora, Companhia das Letras | ||||||
Lançamento | 1948 | ||||||
Páginas | 363 (7ª edição) | ||||||
ISBN | 978-85-359-2130-4 | ||||||
Cronologia | |||||||
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É um estudo da vida política brasileira a partir do sistema do coronelismo, que o autor considera sistema político. Chefes políticos, proprietários de terras, senhores do bem e do mal, os coronéis são figuras marcantes na história e na literatura brasileiras.[2]
Resumo
editarOs coronéis fazendeiros não eram militares de carreira. Pertenciam à Guarda Nacional, milícia cidadã, da qual teoricamente faziam parte todos os eleitores. No período do Império (1822-1889), o voto era censitário (baseado na renda), só uma elite votava.[carece de fontes]
Os fazendeiros adquiriam legalmente a patente de coronel, que lhes dava o direito de constituir tropas provisórias em caso de conflito. Dessa forma, controlavam também a polícia, seu instrumento principal de abuso do poder.[carece de fontes]
Na República Velha (1889-1930), o presidente Campos Sales (1898-1902) criou a "política dos governadores", dando forma às relações sociopolíticas dentro dos limites do "é dando que se recebe". Esse quadro deu início a uma cadeia de favores, que se estendia desde o relacionamento entre o presidente da República e os governadores dos Estados até o relacionamento entre os coronéis e os trabalhadores rurais. Assim, num encadeamento autoritário, as decisões deveriam ser acatadas em todos os níveis para que as reivindicações fossem atendidas.[carece de fontes]
Sem uma legislação que os protegesse, os trabalhadores rurais, por concessão dos coronéis, residiam dentro das fazendas e recebiam um ordenado miserável. Em troca disso, aceitavam o voto de cabresto, elegendo os candidatos apoiados pelo patrão. Durante a República Velha, a votação não era secreta, o que permitia a constatação do voto pelos membros da mesa eleitoral. Os desobedientes sofriam desde uma advertência verbal até o castigo físico, além de correrem o risco da perda do emprego e da moradia.[carece de fontes]
Portanto os trabalhadores rurais, elos mais fracos da corrente, nunca exprimiram o seu real pensamento político.[carece de fontes]
Até 1930, embora as instituições fossem democráticas no país, nenhuma eleição podia ser considerada honesta.[carece de fontes]
Ver também
editarReferências
- ↑ «Ministros :: STF - Supremo Tribunal Federal». www.stf.jus.br. Consultado em 6 de dezembro de 2015
- ↑ a b Leal, Victor Nunes (2012). Coronelismo, Enxada e Voto. Prefácios de José Murilo de Carvalho, Alberto Venâncio Filho e Barbosa Lima Sobrinho 7ª ed. São Paulo: Companhia das Letras. 363 páginas. ISBN 978-85-359-2130-4
Bibliografia
editar- Forjaz, Maria Cecília Spina (1978). «Coronelismo, enxada e voto». Revista de Administração de Empresas. 18 (1): 105-108. ISSN 0034-7590. doi:10.1590/S0034-75901978000100016. Consultado em 6 de dezembro de 2015. Arquivado do original em 20 de dezembro de 2010
- Martins, Paulo Emílio Matos; Leandro Souza (2011). «Coronelismo: um referente anacrônico no espaço organizacional brasileiro contemporâneo?». Organizações & Sociedade. 18 (58): 389-402. ISSN 1984-9230. doi:10.1590/S1984-92302011000300003