Crio-microscopia eletrónica
Crio-microscopia eletrónica (português europeu) ou eletrônica (português brasileiro) (crio-ME) é uma forma de microscopia eletrónica de transmissão na qual a amostra biológica é estudada a temperaturas criogénicas e preservada em gelo amorfo.[1] Isto possibilita o estudo de materiais biológicos com alta resolução mesmo em amostras hidratadas, coradas e não coradas, gerando imagens como se estivesse in vivo.[2] [3] Isto acontece porque a crio-microscopia causa um congelamento instantâneo e sem cristalizar proteína, mantendo-a hidratada e em sua conformação nativa.[4]
Como vantagens a crio-EM usa somente pequenas quantidades de amostras produzindo boas imagens; visualiza e caracteriza variados tipos de amostra (células, organelas celulares e complexos de macromoléculas); permite também um alta ampliação e observação de perto e a como fixação da amostra envolve congelamento rápido e fixação do material no gelo vítreo, isso leva a maior preservação de seu estado hidratado.[3] Como pontos a melhorar estão a baixa relação sinal/ruído causando problemas de contraste da imagem, o que pode dificultar a distinção das estruturas observadas e dificuldade de obtenção de imagens de uma amostra inclinada podendo tornar sua qualidade prejudicada.[3]
Referências
- ↑ Estrozi, Leandro. «Crio-microscopia eletrônica 3D - uma visão geral». Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo. Consultado em 12 de junho de 2014
- ↑ «O que é a microscopia crio-eletrônica, a técnica vencedora do prêmio Nobel?». Socientífica. 18 de outubro de 2017. Consultado em 5 de junho de 2019
- ↑ a b c «Cryo-Electron Microscopy - What it is, How it Works and Pros and Cons». MicroscopeMaster (em inglês). Consultado em 5 de junho de 2019
- ↑ Voet, Donald (2013). Bioquímica. Porto Alegre: Artmed. pp. página 301