Cris Judar
Cris Judar[1] (São Paulo, 29 de maio de 1971) é escritore e jornalista, com pós-graduação em Jornalismo Cultural pela FAAP, com passagem por redações de jornais e revistas e agências de comunicação.[2] Atualmente, faz Doutorado em Literatura no Programa de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa na FFLCH - USP (Universidade de São Paulo).
Cris Judar | |
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Nascimento | 29 de maio de 1971 (53 anos) São Paulo |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | escritor, jornalista |
Distinções | |
Biografia
editarJudar começou a ler cedo, e por gostar de ler, começou a escrever nos laboratórios de redação no colégio. Todavia, somente quando já trabalhava como jornalista, tomou a iniciativa de reunir seu primeiro conjunto de textos de ficção. Embora não tenha sido sua primeira produção literária, o livro de contos Roteiros para uma Vida Curta (2014) recebeu Menção Honrosa no Prêmio Sesc de Literatura 2014 e foi lançado pela Editora Reformatório em 2016.[3]
Anteriormente, já havia publicado duas graphic novels: Lina (2009), pela Editora Estação Liberdade, e Vermelho, Vivo (2011), pela Devir Brasil.[2]
Em 2015, escreveu o projeto de prosa poética Questions For a Live Writing,[1] após ganhar uma bolsa para residência literária na Queen Mary University of London. A partir daí, teve textos de sua autoria traduzidos e publicados na Inglaterra, Estados Unidos, Egito, Países Baixos, Espanha, Alemanha, México, Líbano, Indonésia, País Basco e Nigéria.
Seu romance Oito do Sete (Editora Reformatório), contemplado pelo ProAC de Prosa 2014, foi finalista do Prêmio Jabuti 2018 (categoria Melhor Romance) e ganhador do Prêmio São Paulo de Literatura 2018 (categoria Melhor Romance - autores acima de 40 anos).[2] Em dezembro deste mesmo ano, integrou a delegação de autores brasileiros na FIL - Feira Internacional do Livro de Guadalajara.[4]
Em março de 2019, participou da Primavera Literária Brasileira, com apresentações na Sorbonne Université, Fundação Calouste Gulbenkian de Paris, Universidade Paris 1 e Université Libre de Bruxelles.[5] Ainda em 2019, co-organizou a antologia de autores LGBTQs brasileiros A resistência dos vaga-lumes (Editora Nós).[2]
Em 2020, co-organizou a antologia Pandemônio: nove narrativas entre São Paulo - Berlim.[6] No mesmo ano, participou da edição online da Feira do Livro de Frankfurt.
Seu segundo romance, Elas marchavam sob o sol (Dublinense), foi lançado em 2021.[7] O livro teve os direitos de publicação e tradução adquiridos pela editora moçambicana Trinta Zero Nove (ganhadora do International Excellence Awards, oferecido pela Feira do Livro de Londres 2021 e UK Publishers Association)[8], para a editora egípcia Sefsafa Publishing House[9], para a editora italiana Wordbridge e, mais recentemente, para a casa editorial estadunidense Fonograf Editions. Ainda neste ano, foi publicado no Brasil seu primeiro livro infantil, Uma criatura no canto do meu quarto (Editora Cuore).[10]
Cris Judar foi um dos escritores brasileiros selecionados para a antologia Calico Series, publicada em 2021 pela editora estadunidense Two Lines Press.[11] Outro projeto de natureza coletiva e internacional do qual participou chama-se Lumbung: contos de mutirão,[12] uma antologia de contos de ficção articulada pela megaexposição de arte contemporânea Documenta, publicada por editoras de sete países e lançada no Brasil, em 2022, pela Dublinense.
Prêmios literários e incentivos culturais
editar- ProAc (Programa de ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo) de HQ 2008 – Lina.
- ProAc (Programa de ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo) de HQ 2010 – Vermelho, vivo.
- ProAc (Programa de ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo) de Literatura 2014 – Oito do Sete.
- Menção Honrosa no Prêmio SESC de Literatura 2014 – Roteiros para uma vida curta.
- Bolsa de residência literária na Queen Mary University of London, oferecida pelo Ministério da Cultura do Brasil e pelo British Council (2015).
- Finalista no Prêmio Jabuti 2018 – categoria Melhor Romance – Oito do Sete.
- Prêmio São Paulo de Literatura 2018, categoria Melhor Romance (autores acima de 40 anos) – Oito do Sete.
Obras publicadas
editarHQ
editar- Lina (2009) – com o ilustrador Bruno Auriema - Editora Estação Liberdade
- Vermelho, Vivo (2011) – com o ilustrador Bruno Auriema - Editora Devir
Conto
editar- Roteiros para uma vida curta (2016) - Editora Reformatório (Menção Honrosa - Prêmio SESC de Literatura 2014).
Infantil
- Uma criatura no canto do meu quarto (2021) - com o ilustrador Fernando Luiz - Editora Cuore
Romance
- Oito do Sete (2017) - Editora Reformatório (livro vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura e finalista do Prêmio Jabuti, ambos em 2018)
- Elas marchavam sob o sol (2021) - Dublinense
Antologias
editar- RelevO 5 anos (2015) - Jornal RelevO
- Cem anos de amor, loucura & morte (2017) - Editora Moinhos
- Cada um por si e Deus contra todos (2017) - Editora Tinta Negra
- Perdidas – histórias para crianças que não têm vez (2017) - Imã Editorial.
- A resistência dos vaga-lumes – antologia brasileira escrita por LGBTQs (2019) - Editora Nós
- Contos Brutos – 33 textos sobre autoritarismo (2019) - Editora Reformatório
- Antifascistas: contos, crônicas e poemas de resistência (2019) - Editora Mondrongo
- Tudo vai ficar bem - série de ficção sobre o enfrentamento do isolamento social no Brasil (2020) - Storytell
- Pandemônio – nove narrativas entre São Paulo - Berlim/Pandemonium – nine narratives bridging São Paulo - Berlin (2020)- PANdemônio Edições
- CUÍER (2021) – Two Lines Press
- Lumbung: contos de mutirão (2022) – Dublinense
Referências
- ↑ a b «Questions For a Live Writing». Archive of the Now. 16 de março de 2015. Consultado em 7 de junho de 2024
- ↑ a b c d «Cristina Judar». Museu Transgênero de História e Arte. Consultado em 7 de junho de 2024
- ↑ «Entrevista de Cristina Judar». Conectar. 28 de março de 2021. Consultado em 7 de junho de 2024
- ↑ «Catálogos de contenidos FIL 2019». Feria Internacional del Libro de Guadalajara. 20 de novembro de 2019. Consultado em 7 de junho de 2024
- ↑ «Primavera Literária Brasileira». Printemps Littéraire Brésilien. Consultado em 7 de junho de 2024
- ↑ «Pandemônio: nove narrativas entre São Paulo - Berlim». freddigiacomo.com.br. Consultado em 7 de junho de 2024
- ↑ «Elas marchavam sob o sol». Dublinense. Consultado em 7 de junho de 2024
- ↑ «Editora Trinta Zero Nove». Consultado em 7 de junho de 2024
- ↑ «Sefsafa Publishing House». Consultado em 7 de junho de 2024
- ↑ «Uma criatura no canto do meu quarto». Consultado em 7 de junho de 2024
- ↑ «CUÍER - Calico Series». Consultado em 7 de junho de 2024
- ↑ «Lumbung: contos de mutirão». Consultado em 7 de junho de 2024
Ligações externas
editar- Resenha do romance Oito do Sete
- A sexualidade enquanto deusa do sagrado e do profano
- Ana Paula Maia, Aline Bei e Cristina Judar ganham o Prêmio São Paulo de Literatura 2018
- Prêmio Jabuti: Cinco escritores concorrentes para ficar de olho
- Resenha HQB: Vermelho, Vivo
- LINA
- Escritores brasileiros marcam presença na edição online da Feira de Frankfurt
- 'Pandemônio' traz autores refletindo sobre os rumos pós-coronavírus
- Dez livros essenciais recomendados pela equipe do 'Aliás' em julho
- Em 'Elas Marchavam sob o Sol', Cristina Judar pensa o enclausuramento feminino
- 'Elas marchavam sob o sol': mitos e ritos da formação feminina
- Dez livros essenciais recomendados pela equipe do 'Aliás' em março
- Instinto de sobrevivência
- Sobre as galáxias de “Elas marchavam sob o sol”
- Cristina Judar: “Os prêmios em geral amplificam o potencial de disseminação da obra em questão”
- O corpo e as muitas violências contra as mulheres: papo com Cristina Judar