Cristóbal (carabina)
A Carabina Kiraly-Cristóbal .30, também conhecida como San Cristóbal ou rifle automático Cristóbal, foi fabricada pela fábrica de armas Armería San Cristóbal da República Dominicana.
San Cristóbal | |
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Carabina Cristóbal usada por Che Guevara (na direita), carabina M2 modificada usada por Camilo Cienfuegos | |
Tipo | Carabina |
Local de origem | República Dominicana |
História operacional | |
Utilizadores | República Dominicana Cuba Panamá Colômbia |
Guerras | Revolução Cubana Guerra Civil Dominicana Conflito armado na Colômbia |
Histórico de produção | |
Criador | Pál Király |
Fabricante | Armería San Cristóbal |
Período de produção |
1950–1966 |
Quantidade produzida |
Mais de 200.000 |
Especificações | |
Peso | 3,53kg vazia 4,25kg carregada[1] |
Comprimento | 945mm[1] |
Comprimento do cano |
405mm[1] |
Cadência de tiro | 580 tiros por minuto |
Velocidade de saída | 572m/s[1] |
Sistema de suprimento | Carregador tipo cofre de 30 munições |
Mira | Miras de ferro, ajustáveis para 100–500m |
História e desenvolvimento
editarEmbora chamada de carabina, a arma pode ser chamada de submetralhadora, pois é idêntica à submetralhadora húngara Danuvia 43M. Ambas as armas foram projetadas pelo engenheiro húngaro Pál Király, que veio para a República Dominicana como expatriado em 1948. O nome da arma é uma referência à província de San Cristóbal, onde nasceu o falecido ditador dominicano Generalíssimo Rafael Trujillo. Os militares da República Dominicana foram os principais usuários desta arma, embora também tenha sido exportada para Cuba antes da Revolução Cubana.
Descrição
editarA Cristóbal tinha coronha de madeira, carregador de cofre de 30 tiros montado embaixo e armação tubular com a alavanca de armar no lado direito. Ela usava o recuo de gases retardado por alavanca para sua operação. A versão original foi produzida no cartucho 9×19mm Parabellum. A versão mais típica do Cristóbal foi calibrada no .30 Carbine.
Mais de 200.000 carabinas Cristóbal foram feitos pela Armería San Cristóbal de 1950 a 1966. Após o assassinato de Trujillo em 31 de maio de 1961, o governo dominicano decidiu não manter uma indústria militar local e a produção foi diminuindo lentamente. Em 1990, a Cristóbal não era mais uma arma de fogo dominicana padrão, mas continua sendo usada para treinamento básico nas escolas militares da República Dominicana.
Histórico de combate
editarEsta carabina foi usada por Che Guevara durante a Revolução Cubana, e seu exemplar está exibido no Museo de la Revolución de Havana. Foi usada por ambos os lados na Guerra Civil Dominicana, de 1965. Também foi importada pela Guardia panamenha para suplementar seu armamento de procedência norte-americana, além de ser usada por guerrilheiros das FARC na Guerra Civil Colombiana.[2][3]
Usuários
editarReferências
- ↑ a b c d Johnston, Gary Paul; Nelson, Thomas B. (2010). The World's Assault Rifles. Lorton, VA: Ironside International Publishers, Inc. pp. 251–255. ISBN 9780935554007
- ↑ a b Scarlata, Paul (1º de setembro de 2012). «The military rifle cartridges of Panama de conquistadores al Canal. - Free Online Library». The Free Library (em inglês). Shotgun News. Consultado em 2 de setembro de 2023
- ↑ a b Arango Z., Carlos. «FARC: 20 años de Marquetalia a La Uribe» (PDF) (em espanhol): 13, 142, 144 e 145. Consultado em 2 de setembro de 2023. Arquivado do original (PDF) em 23 de outubro de 2020
Ligações externas
editar- «Kiraly-Cristobal Submachine Guns & Machine Pistols». Manowar's Hungarian Weapons Pages (em inglês). Consultado em 2 de setembro de 2023. Cópia arquivada em 22 de setembro de 2010
- «Armas de producción latinoamericana». Registro Nacional de Armas (RENAR) (em espanhol). Consultado em 2 de setembro de 2023. Arquivado do original em 28 de outubro de 2002
Bibliografia
editar- Flack, Jeremy (1995). Rifles and Pistols. Col: Classic Military Series (em inglês). Londres: Sunburst Books. 96 páginas. ISBN 978-1856482622
- Johnston, Gary Paul; Nelson, Thomas B. (2010). The World's Assault Rifles (em inglês). Lorton, Virgínia: Ironside International Publishers, Inc. 1228 páginas. ISBN 978-0935554007