Diogo de Sousa, bispo do Porto e arcebispo de Braga
Diogo de Sousa (c. 1461–1532) foi bispo do Porto de 1496 a 1505 e de seguida arcebispo de Braga desde essa data até à sua morte.
Diogo de Sousa, bispo do Porto e arcebispo de Braga | |
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Nascimento | 1461 Figueiró dos Vinhos |
Morte | 1532 |
Sepultamento | Sé de Braga |
Cidadania | Reino de Portugal |
Ocupação | padre |
Religião | Igreja Católica |
D. Diogo de Sousa, nasceu, provavelmente, em Figueiró dos Vinhos no ano de 1461, fez os seus estudos preparatórios em Évora e completou-os superiormente nas universidades de Salamanca e de Paris, onde se doutorou.
Foi Deão da capela real de D. João II de Portugal, participou nas embaixadas de obediência ao Papa Alexandre VI e Júlio II e foi capelão-mor da rainha D. Maria, segunda mulher do rei D. Manuel. Foi ainda bispo do Porto, tornando-se arcebispo de Braga em 1505, quando reinava D. Manuel.
O Papa Júlio II endereçou ao Cabido Bracarense e aos súbditos da Igreja de Braga no dia 11 de Julho de 1505 uma Bula, Hodie Venerabilem, para que reconhecessem e obedecessem a D. Diogo de Sousa como seu Arcebispo.
Foi pela sua acção notável que a cidade rompeu a cintura de muralhas medieval, e se alargou extra-muros. Construiu fora das muralhas uma nova cidade, com novos e arejados espaços que perduram até hoje. São da sua responsabilidade o Campo dos Remédios (Largo Carlos Amarante), o Campo da Vinha (Praça Conde de Agrolongo), o Largo das Carvalheiras e o Campo de Santana (Avenida Central). Também mandou abrir novas ruas e até uma nova porta da cidade, o Arco da Porta Nova. Construiu novas igrejas fora de muros como a Senhora-a-Branca.
Na Sé de Braga, é responsável pela construção da actual capela-mor e também dos túmulos dos pais de D. Afonso Henriques (primeiro rei de Portugal), D. Henrique de Borgonha, conde de Portucale e D. Teresa de Leão.
Considerando a ignorância um mal, empenhou-se em instruir o clero e fundar um grande colégio. Para tal, aconselhou o rei D. João III a fundar este grande colégio nas cidades de Braga ou do Porto, devendo este ser dotado de mestres de teologia e de todas as artes e ciências. Para este fim auxiliaria o rei caso escolhesse Braga. Em 1531, fundou finalmente o colégio de S. Paulo, sendo o ensino grátis para toda a pessoa que quisesse aprender quer fosse da cidade ou de fora.
Como bispo do Porto, ordenou a impressão das Constituições e os Evangelhos e Epístolas com suas Exposições em Romance, ambas as obras impressas no Porto em 1497 por Rodrigo Álvares.
D. Diogo de Sousa foi, sem dúvida, um grande protector das artes e das letras e um espírito iluminado e empreendedor no seu tempo.
Morreu a 19 de Junho de 1532 e está sepultado na Capela de Nossa Senhora da Piedade, da Sé de Braga.
Precedido por João de Azevedo |
Bispo do Porto 1496 — 1505 |
Sucedido por Diogo Álvares da Costa |
Precedido por Jorge da Costa |
Arcebispo Primaz de Braga 1505 — 1532 |
Sucedido por Infante D. Henrique |