Filhos de Hamã
Os filhos de Hamã foram dez homens mencionados pelo nome no livro bíblico de Ester que foram mortos em 13 de Adar e enforcados no dia seguinte, 14 de Adar.[1][2]
Os nomes dos dez filhos de Hamã foram interpretados de várias maneiras em termos de suas possíveis formas iranianas. Alguns dos nomes podem ser razoavelmente considerados como iranianos, mas é difícil notar um padrão claro de formas iranianas neles.[3] Os nomes dados no texto bíblico são:
- Parsandata: primeiro filho de Hamã a ser mencionado. No século XII, o nome ganhou um significado literário. Foi então separado nas palavras "parsan" (= "intérprete") e "data" (= "lei"), e foi usado com referência a Rashi, que desde então foi citado com esse nome.[4]
- Dalfom ou Dalfão: o segundo dos dez filhos de Hamã. Seu nome na Septuaginta é Δελφών.[5]
- Aspata: terceiro filho a ser mencionado, cujo nome em hebraico é אַסְפָּֽתָא[6]
- Porata: o quarto filho de Hamã a ser mencionado. Seu nome em hebraico é פּוֹרָתָא, provavelmente é um nome persa, cujo significado pode ser "muito concedido".[7]
- Adalia: o significado de seu nome é desconhecido; em hebraico é אֲדַלְיָ֖א[8]
- Aridata:
- Parmasta:
- Arisai:
- Aridai:
- Vaizata: O nome parece claramente derivar do antigo iraniano *Vahya-zāta- “nascido do melhor”.[3]
De acordo com o Talmude, Hamã teve muitos outros filhos. Os talmudistas não concordaram quanto ao número de filhos de Hamã; de acordo com um relato, eram trinta: dez morreram, dez foram enforcados e dez tornaram-se mendigos. De acordo com os rabinos, os mendigos eram em número de setenta; de acordo com Rami bar Abi, havia ao todo duzentos e oito filhos.[2] Rashi explica que esses dez que foram mortos e enforcados são os que escreveram palavras odiosas sobre os judeus e Jerusalém.[carece de fontes] O texto hebraico exibe peculiaridades. Pode-se notar que os nomes dos dez filhos de Hamã são escritos verticalmente, um abaixo do outro, em uma coluna; e de acordo com a tradição judaica, isso indica que eles foram pendurados um sobre o outro em uma forca extremamente elevada.[9]
R. Mordechai Sasson explica que Hamã simboliza o Yetzer Harah (inclinação ao mal), e seus dez filhos aludem aos seus dez traços de mau caráter. A morte deles representa a anulação de tais traços malignos ao ser derrotado pelo Yetzer Tov (inclinação ao bem). Ele explica o significado de cada nome e como cada um corresponde a um tipo de mal.[10]
Referências
- ↑ «Ester 9 — BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia». wol.jw.org. Consultado em 7 de julho de 2021
- ↑ a b «HAMAN THE AGAGITE - JewishEncyclopedia.com». www.jewishencyclopedia.com. Consultado em 7 de julho de 2021
- ↑ a b Shaul Shaked, “HAMAN,” Encyclopaedia Iranica , XI / 6, p. 629, disponível online em http://www.iranicaonline.org/articles/haman (acessado em 07 de julho de 2021).
- ↑ «PARSHANDATHA - JewishEncyclopedia.com». www.jewishencyclopedia.com. Consultado em 7 de julho de 2021
- ↑ «DALPHON - JewishEncyclopedia.com». www.jewishencyclopedia.com. Consultado em 7 de julho de 2021
- ↑ «Aspatha - Encyclopedia of The Bible - Bible Gateway». www.biblegateway.com (em inglês). Consultado em 9 de julho de 2021
- ↑ «Poratha from the McClintock and Strong Biblical Cyclopedia.». McClintock and Strong Biblical Cyclopedia Online (em inglês). Consultado em 7 de julho de 2021
- ↑ «Adalia - Encyclopedia of The Bible - Bible Gateway». www.biblegateway.com (em inglês). Consultado em 9 de julho de 2021
- ↑ «Esther 9:7 Commentaries: and Parshandatha, Dalphon, Aspatha,». biblehub.com. Consultado em 9 de julho de 2021
- ↑ «megillat esther - What meaning do the names of the ten sons of Haman have?». Mi Yodeya. Consultado em 7 de julho de 2021