Daruma
Daruma (em japonês 達磨, furigana: だるま, romanização: Daruma) é uma espécie de boneco, ou espírito evoluído, que representa Bodhidharma, o monge que fundou o Zen Budismo na China. Ele atingiu a iluminação após meditar por nove anos, permanecendo imóvel e sem fechar os olhos no período. Nesse processo, o monge "removeu" suas pálpebras de modo que não dormisse durante a meditação, e seus membros atrofiaram pelo desuso. O nome Daruma foi dado pelos japoneses (vem da pronúncia de Dharma).[1][2]
O Daruma geralmente é feito de madeira e é representado como uma figura arrendondada, com corpo vermelho, sem braços e sem pernas. Seus olhos não têm pupilas. As pessoas usam os bonecos para fazerem pedidos.[3]
O ritual do pedido
O presenteado é responsável por desenhar os olhos no Daruma.
Primeiro, desenha-se somente um dos olhos e faz o pedido ou o desejo, quando este for realizado, o segundo olho pode ser pintado em forma de agradecimento.
Após o preenchimento do segundo olho, e passado algum tempo, deixa de ser necessário guardar o boneco.
Procedemos, então, à última parte do ritual, queimar o boneco. Queima-se o boneco, para que o kami (espírito) tenha conhecimento que não foi esquecido o pedido nem que o tenhas desistido dele.
Simbologia
A cor vermelha está associada ao traje do supremo sacerdote do budismo utilizado na altura de Bodhidharma.
Em algumas regiões no Japão, o Daruma é pintado de branco.
A área branca dos olhos tem uma conexão de boa sorte, que é reforçada com a parte dourada através de um símbolo de prosperidade ou de um bom resultado.
A figura é caracterizada com alguns aspectos físicos: Sobrancelhas e barba. As sobrancelhas representam as aves grous e a barba representa a tartaruga. Ambos os animais têm uma simbologia associada à longevidade.
Referências
- ↑ McRae, John (2003), Seeing Through Zen. Encounter, Transformation, and Genealogy in Chinese Chan Buddhism, The University Press Group Ltd, ISBN 978-0-520-23798-8
- ↑ Chapin, Helen B. "Three Early Portraits of Bodhidharma." p.93
- ↑ «Japan: The Right Eye of Daruma». Time Magazine