David Nabarro (Londres, 26 de agosto de 1949) é um médico, funcionário público internacional e diplomata, que atuou como consultor especial do Secretário-Geral das Organização das Nações Unidas (ONU) na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e as Alterações Climáticas. Ele também liderou a resposta da ONU à epidemia de cólera no Haiti e anteriormente serviu como enviado especial para o Ebola.[1]

David Nabarro
David Nabarro
Nascimento 26 de agosto de 1949
Londres
Cidadania Reino Unido
Alma mater
Ocupação médico
Distinções
  • Membro do Real Colégio de Médicos (1998)
  • Comandante da Ordem do Império Britânico (1992)
Empregador(a) Organização das Nações Unidas, London School of Hygiene & Tropical Medicine, Serviço Nacional de Saúde, Save the Children, Liverpool School of Tropical Medicine, Overseas Development Administration, Department for International Development, Organização Mundial da Saúde, Imperial College London
Página oficial
https://archive.davidnabarro.info/whodg/en/

Em setembro de 2016, Nabarro foi nomeado pelo Reino Unido para ocupar o cargo de diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).[2]

Nabarro estudou na Universidade de Oxford e na Universidade de Londres e graduou como médico em 1973.

Pandemia do COVID-19

editar

Em 21 de fevereiro de 2020, ele foi nomeado como um dos seis Enviados Especiais do Diretor Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), que foram encarregados de responder à pandemia da COVID-19[3]. Em outubro de 2020, Dr. Nabarro deu uma entrevista ao site The Spectator no YouTube,[4] na qual ele destacou a posição da OMS sobre lockdowns em relação às respostas dos países à COVID. Como enviado especial da Organização Mundial da Saúde para a Covid-19, Nabarro disse: "Um ponto realmente importante (…). Eu gostaria de afirmar novamente: nós, da Organização Mundial de Saúde, não defendemos o lockdown como o primeiro meio de controle do vírus. O único momento em que nós acreditamos que o lockdown é justificado é para ganhar tempo para reorganizar, reagrupar e rebalancear seus recursos; proteger seus profissionais de saúde que estão exaustos. Mas, em geral, nós preferimos não fazer isto”."[5]

Seus comentários foram tomados por alguns como significando que a OMS não apoia medidas como o lockdown. Ao invés disso, ele enfatiza que a organização não apoia o lockdown como medida primária para enfrentar o vírus. Ao invés disto, ele acredita que ter um sistema robusto de teste, rastreamento e isolamento deveria ser a prioridade para todos os governos, assegurando que todos aqueles que forem atingidos pelo vírus ou que estiveram perto dos infectados fiquem em quarentena, com o lockdown como "a reserva que você usa para tirar o calor (no sentido de intensidade) do sistema quando as coisas estão realmente ruins".[5][6]

No dia 1 de Março de 2021, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal declarou: “O CRM-DF é contra o lockdown como medida de controle de transmissão”, citando o doutor David Nabarro em sua declaração.[7]

Referências

  1. «David Nabarro - David Nabarro's Career History». davidnabarro.info. Consultado em 12 de abril de 2020 
  2. «The UK backs Dr David Nabarro in his bid to lead the World Health Organisation | Department of Health Media Centre». Consultado em 12 de abril de 2020 
  3. «WHO Director-General's opening remarks at the media briefing on COVID-19 on 21 February 2020». www.who.int (em inglês). Consultado em 1 de março de 2021 
  4. The Week in 60 Minutes #6 - with Andrew Neil and WHO Covid-19 envoy David Nabarro SpectatorTV. The Spectator. Consultado em 1 de março de 2021 – via Youtube 
  5. a b «Frase de enviado da OMS é retirada de contexto para sugerir que entidade condena lockdown». Projeto Comprova. Consultado em 1 de março de 2021 
  6. «National lockdowns should be backup plan on Covid, says WHO envoy». the Guardian (em inglês). 29 de outubro de 2020. Consultado em 1 de março de 2021 
  7. «Nota pública contra o lockdown». www.crmdf.org.br. Consultado em 1 de março de 2021 

Ligações externas

editar