De Cordes
De Cordes é uma família antiga da Flandres, que se diz descender de dois filhos dum fabricante de cerveja, os quais eram Vassalos do Conde Soberano de Hainaut, e, quando este teve uma guerra com os Flamengos, se portaram com grande valentia, defendendo a ponte de Waterpont ou Wandrepont,[1] onde guardavam as costas um ao outro. O referido Conde de Hainaut chegou quando eles estavam nesta acção e os armou Cavaleiros, os fez Nobres e lhes deu Armas. Ao irmão mais velho concedeu o Senhorio de Waterpont ou Wandrepont,[1] onde se deu a acção mencionada, e ao outro o Senhorio de Cordes. Tudo isto constava de documento autêntico que João Baptista de Cordes trouxe, cujas assinaturas foram reconhecidas por Bernardo Moniz, Tabelião em Lisboa, a 6 de Agosto de 1624. O primeiro que houve no Reino de Portugal foi o referido João Baptista de Cordes, legítimo descendente dos Condes da Flandres, como provou com Certidões. Tratou-se em Lisboa sempre à Lei da Nobreza e foi Tesoureiro do Fisco Real na mesma cidade, onde já vivia em 1626, ano em que mandou trasladar em público todos os instrumentos da sua Nobreza. Casou, deixando geração que, embora extinta na varonia, continuou o apelido. As Armas que usam os de Cordes em Portugal divergem alguma coisa das que trazem na Bélgica, sendo aquelas: de ouro, com dois leões de vermelho adossados ou contrapostos, e bordadura de prata aguada de azul ou de azul ondada de prata; timbre: cabeça e pescoço de veado de sua cor, coleirado e chocalhado ou louçado de ouro.[2][3]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b Gonçalo de Andrade Pinheira Monjardino Nemésio (2005). Histórias de Inácios. Lisboa: Dislivro Histórica. pp. Volume 1. 453
- ↑ Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume 7. 672
- ↑ Afonso Eduardo Martins Zúquete (1987). Armorial Lusitano. Lisboa: Editorial Enciclopédia. 172-3