Demerval Lobão Veras

político brasileiro

Demerval Lobão Veras, mais conhecido como Demerval Lobão, (Campo Maior, 17 de fevereiro de 1915Teresina, 4 de setembro de 1958) foi um advogado, professor, jornalista e político brasileiro, outrora deputado federal pelo Piauí.[1][2][3]

Demerval Lobão

Demerval Lobão
Deputado federal pelo Piauí
Período 1951-1955
Dados pessoais
Nascimento 17 de fevereiro de 1915
Campo Maior, PI
Morte 4 de setembro de 1958 (43 anos)
Teresina, PI
Alma mater Universidade Federal do Maranhão
Partido UDN (1945-1953)
PTB (1953-1958)
Profissão advogado, professor, jornalista

Dados biográficos

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Filho de Pergentino Lobão Veras e Lina Fortes Lobão. Advogado formado na Universidade Federal do Maranhão em 1936, integrou a seccional piauiense da Ordem dos Advogados do Brasil, bem como o Instituto dos Advogados Piauienses e a Associação Piauiense de Imprensa. Diretor do Liceu Piauiense, foi também inspetor de ensino secundário, secretário de Fazenda no governo José da Rocha Furtado,[4] delegado do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), ingressou na na UDN nos agonizes do Estado Novo, mas perdeu a eleição para deputado federal em 1945.[3] Tornou-se conselheiro do Tribunal de Contas do Piauí em 1946 e delegado regional do Serviço Nacional de Recenseamento em 1949.[1][2]

Eleito deputado federal pela UDN em 1950, compôs uma dissidência partidária que migrou para o PTB, mas não se reelegeu no pleito seguinte.[5] Candidato a governador em 1958, faleceu num acidente automobilístico próximo ao povoado Morrinhos, na tragédia da Cruz do Cassaco, em 4 de setembro daquele ano, onde também faleceu Marcos Parente, candidato a senador.[6] Para substituí-los foram escolhidos Chagas Rodrigues e Joaquim Parente, os quais elegeram-se em meio à comoção popular.[5][6][7][nota 1][nota 2]

Os municípios de Marcos Parente e Demerval Lobão foram batizados em honra à memória dos falecidos.[8][9]

Notas

  1. Conforme Kruel, (2018, p. 119) "O nome cassaco deve-se ao fato de os trabalhadores transitarem na estrada de piçarra em cima de mulas, sob o sol, com a poeira do barro vermelho pregando em suas roupas e em seus corpos que, de longe, parecem tochas humanas. Cassaco é o nome popular de um gambá, cujo pelo é avermelhado".
  2. Também morreram neste dia o jornalista José Ribamar Pacheco, o médico Rubens Perlingeiro, o motorista da comitiva, José Raimundo Gomes, e seis operáriosː Manoel Paulino de Aguiar, Francisco Fernandes, Valdemar da Silva, José Marques Cardoso, João Francisco da Silva e José Mendes da Silva.

Referências

  1. a b BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Demerval Lobão no CPDOC». Consultado em 8 de julho de 2022 
  2. a b BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Demerval Lobão». Consultado em 8 de julho de 2022 
  3. a b BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 8 de julho de 2022 
  4. BASTOS, Cláudio de Albuquerque. Dicionário Histórico e Geográfico do Estado do Piauí. Teresina; Fundação Cultural Monsenhor Chaves, 1994.
  5. a b KRUEL, Kenard (2018). Chagas Rodrigues - grandes vultos que honraram o Senado. 1 ed. Brasília: Senado Federal. 412 páginas. ISBN 978-85-7018-966-0
  6. a b TAVARES, Zózimo (2018). Alberto Silva - uma biografia. 1 ed. Teresina: Bienal Editora. 304 páginas. ISBN 978-85-67525-09-9
  7. Délio Rocha (4 de setembro de 2018). «Tragédia que matou Demerval Lobão e Marcos Parente completa 60 anos». cidadeverde.com. Cidade Verde. Consultado em 9 de julho de 2022 
  8. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. «Marcos Parente (PI)». Consultado em 8 de julho de 2022 
  9. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. «Demerval Lobão (PI)». Consultado em 8 de julho de 2022