Denílson Custódio Machado
Denílson Custódio Machado, mais conhecido como Denílson (Campos dos Goytacazes, 28 de março de 1943 – Rio de Janeiro, 1 de outubro de 2024), foi um futebolista brasileiro, que jogava como volante.[1]
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Denílson Custódio Machado | |
Data de nasc. | 28 de março de 1943 | |
Local de nasc. | Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Morto em | 1 de outubro de 2024 (81 anos) | |
Local da morte | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro | |
Altura | 1,80 m | |
Pé | destro | |
Apelido | Rei Zulu | |
Informações profissionais | ||
Clube atual | aposentado | |
Posição | ex-volante | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos (golos) |
1961–1963 1964–1973 1973–1974 1975 |
Madureira Fluminense Rio Negro-AM Vitória |
435 (17) |
Seleção nacional | ||
1966–1968 | Brasil | 9 (2) |
Times/clubes que treinou | ||
1976–1977 | Vitória |
Carreira
editarQuando sua família mudou-se para o Rio de Janeiro, Denílson fez um teste no Madureira. Aprovado, passou a treinar no clube, mas deixou-o depois de brigar com a diretoria por causa de salários atrasados.[2] Decidiu tentar a sorte no Fluminense, em 1960[3], de maneira pouco convencional: o porteiro do clube inicialmente barrou sua entrada, mas depois liberou-o, e ele foi direto falar com o técnico do profissional, Zezé Moreira. "Seu Zezé, eu sou jogador de futebol e quero treinar aqui", disparou.[2] Zezé acreditou no garoto e colocou-o para treinar com os juvenis.
Denílson foi definitivamente lançado no time de cima pelo técnico Tim, em 1964, no mesmo ano que o time conquistou o Campeonato Carioca. Conquistaria o estadual outras três vezes pelo Fluminense (1969, 1971 e 1973), além de três Taças Guanabara (1966, 1969 e 1971) e de um Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1970). Disputou 435 partidas pelo Fluminense, com 199 vitórias, 11 empates e 125 derrotas, marcando dezessete gols.[4]
Com quase 1,90 metro de altura, seu estilo era defensivo (ele próprio se considerava um "destruidor")[2], por isso é considerado o primeiro cabeça-de-área do Brasil[5]. No começo de sua carreira, dizia-se que ele "tomava a bola aqui para entregar ao adversário logo adiante", mas o técnico Telê Santana incentivou-o, em 1969, a treinar lançamentos e o volante passou a se destacar no fundamento[2].
Ganhou o passe livre em 1973, o que considerou, de certo modo, "uma decepção", com uma ressalva: "Para falar a verdade, é bem melhor jogar num time pequeno do que ficar na reserva de um novato."[3] Quando deu essa declaração, ele já estava defendendo o Rio Negro, de Manaus, pelo qual jogou o Campeonato Amazonense e o Brasileiro de 1973, com um salário de 18 mil cruzeiros, considerado alto para a época.[3] Antes de encerrar a carreira, em 1975, defendeu também o Vitória, time que também treinaria em 1976 e 1977.
Pela Seleção Brasileira disputou nove partidas internacionais, marcando dois gols. Participou da Copa de 1966, e nela jogou duas partidas, contra a Bulgária e Portugal.
Principais títulos
editar- Fluminense
- Campeonato Brasileiro: 1970
- Campeonato Carioca: 1964, 1969, 1971 e 1973
- Taça Guanabara: 1966, 1969 e 1971
- Torneio Quadrangular Pará-Guanabara: 1966
- Torneio José Macedo Aguiar: 1971
- Torneio Internacional de Verão do Rio de Janeiro: 1973
- Taça Independência (Fla-Flu): 1966
- Troféu Jubileu de Prata (Fluminense versus Combinado de Volta Redonda): 1966
- Taça Francisco Bueno Netto (Fluminense versus Palmeiras 1ª edição): 1968
- Taça Associación de La Prensa (Esporte Clube Bahia-BA versus Fluminense): 1969
- Taça João Durval Carneiro (Fluminense de Feira-BA versus Fluminense): 1969
- Taça Francisco Bueno Netto (Fluminense versus Palmeiras 2ª edição): 1969
- Troféu Fadel Fadel - (Fla-Flu): 1969
- Troféu Brahma Esporte Clube: 1969
- Troféu Independência do Brasil - (Fla-Flu): 1970
- Taça Francisco Bueno Netto (Fluminense versus Palmeiras 3ª edição): 1970
- Taça ABRP-Associação Brasileira de Relações Públicas 1950-1970 (Fluminense versus Vasco): 1970
- Taça Globo (Fluminense versus Clube Atlético Mineiro): 1970
Referências
- ↑ «Que fim levou? DENILSON... Ex-volante do Fluminense e da Seleção Brasileira». Terceiro Tempo. Consultado em 15 de fevereiro de 2024
- ↑ a b c d "Não tente passar. Ninguém passa por Denílson", Teixeira Heizer, Placar número 31, 16/10/1970, Editora Abril, págs. 23-26
- ↑ a b c «Denílson, apoiador de fôlego, desarma no Rio Negro». Folha de S. Paulo (18 740). São Paulo: Empresa Folha da Manhã S.A. 30 de agosto de 1973. 40 páginas. ISSN 1414-5723
- ↑ DE FREITAS LIMA, Ricardo. «Jogadores - Letra D - Denilson-1973». Fluzão.info. Consultado em 13 de novembro de 2016
- ↑ Enciclopédia do Futebol Brasileiro Lance!, Areté Editorial, 2001, pág. 55
Ligações externas
editar
Precedido por Tim |
Técnico do Vitória 1976-1977 |
Sucedido por Sérgio Moacir Torres |