Festa da Independência da Bahia
A Festa da Independência da Bahia ou Desfile do Dois de Julho como é chamado pelos soteropolitanos, é uma festa de caráter cívico, comemorativa da independência do Brasil em terras baianas.
O cortejo acontece todos os anos no dia 2 de julho na cidade de Salvador, Bahia, tendo seu início no Largo da Lapinha no Memorial Pavilhão Dois de Julho ao lado da Paróquia da Lapinha, onde se encontra a imagem do caboclo, símbolo da independência da Bahia. Com um grande desfile popular juntamente com as imagens do caboclo e da cabocla, reverenciando a força nativa sobre as tropas lusitanas derrotadas em 1823, percorre por várias ruas históricas até o seu apogeu no largo do Campo Grande ou praça Dois de Julho. O retorno das imagens ocorre dia 5 do mesmo mês com outra grande fanfarra, geralmente à noite e regido por grandes orquestras, estudantes, músicos, instituições, charanga e batucadas.
Dois de Julho | |
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Desfile de Dois de Julho de 1866. A cena se passa na descida da Ladeira da Soledade, vendo-se parte da lateral Convento. Esse é um trecho do início do Desfile, que sai do Largo da Lapinha e logo desce a Soledade (L'Illustration: journal universel, Vol. XLVIII, nº 1.243, 22/12/1866). | |
Nome oficial | Independência da Bahia |
Celebrado por | Brasil |
Tipo | Histórico/cultural |
Data | 2 de julho |
Feriado
editarO Dia da Independência da Bahia ou Dois de Julho é um feriado estadual baiano celebrado no dia 2 de julho de cada ano. A data comemora a vitória sobre as forças coloniais na guerra de independência, expulsando os portugueses de Salvador no dia 2 de julho de 1823.[1] O dia é a data magna do estado e é estabelecida como feriado pela própria constituição baiana.[2]
Reconhecimento
editarO Cortejo do Dois de Julho foi tombado como bem cultural pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) em 2006, através do processo de número 0100060038559/2006.[3]
Ver também
editarReferências
- ↑ Bahia!. «Independência». Consultado em 1 de Setembro de 2014
- ↑ BAHIA. Constituição do Estado da Bahia. Art. 6º, § 3º. Acesso em 21 fev. 2012.
- ↑ «IPAC». Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia. Consultado em 1º de agosto de 2021
Bibliografia
editar- Brandão de Aras, Lina Maria; Diniz Guerra Filho, Sérgio Armando (2023). «La fiesta del Dos de Julio: la Bahía y la celebración de sí misma». Revista de Estudios Brasileños. 9 (20): 137–154. doi:10.14201/reb2022920137154
- Baldaia, Fábio Peixoto Bastos (2018). «A Festa, o Drama e a Trama: cultura e poder nas comemorações da Independência da Bahia (1959-2017)». Consultado em 30 de junho de 2024
- Couto, Edilece; Moura, Milton (2019). «Oferendas e bilhetes para o Caboclo e a Cabocla na Festa do 2 de Julho na Bahia» (PDF). Revista Brasileira De História Das Religiões. 12 (34): 201–229. Consultado em 30 de junho de 2024
- Guerra Filho, Sérgio Armando Diniz (2022). «Dois de Julho: Festas de Caboclo e Cabocla e a Guerra de Independência na Bahia». Em Tempo de Histórias. 1 (40). Consultado em 30 de junho de 2024
- Lima, Savio Queiroz (2023). «As imagens da Independência do Brasil na Bahia: o 2 de Julho em iconografias históricas–de pinturas às histórias em quadrinhos». Perspectivas e Diálogos: Revista de História Social e Práticas de Ensino. 6 (12): 104–123. Consultado em 30 de junho de 2024
- Medicci, Ana Paula (2022). «A 7 de setembro de 1822 e a 2 de julho de 1823: em torno das comemorações das Independências do Brasil». Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura. 30: –022009–e022009. Consultado em 30 de junho de 2024
- Ordep Serra (2009), «O Triunfo dos Caboclos», Rumores de festa: o sagrado e o profano na Bahia, ISBN 978-85-232-0581-2 2 ed. , Salvador: Editora da Universidade Federal da Bahia, p. 137-181, doi:10.7476/9788523212315, Wikidata Q127689156