Dina Meza
Dina Meza (Cofradía, Cortés, 1962[1]) é uma reconhecida jornalista, defensora dos direitos humanos e fundadora da PEN Honduras, uma organização de apoio a jornalistas em risco.[2][3] [4]
Dina Meza | |
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Nascimento | 1963 (61 anos) Cofradía |
Residência | Honduras |
Cidadania | Honduras |
Ocupação | jornalista |
Trabalho e activismo
editarO abuso e violação de direitos humanos é o foco do trabalho de Meza. Em 1989, o irmão mais velho de Meza foi raptado e torturado por militares, o que a motivou a começar a denunciar abusos de direitos humanos nas Honduras.[3] Os seus três filhos também são referidos por ela como uma motivação para continuar o seu trabalho, apesar dos perigos a que está exposta.[5]
Desde 1992 que Meza tem trabalhado como jornalista. [3] Ela fundou e é editora do Pasos de Animal Grande, um jornal on-line que documenta violações de direitos humanos nas Honduras[2] como forma de dar mais visibilidade ao seu trabalho e de contornar a censura que o seu trabalho está sujeito no seu país de origem.
Em 2012, ela fez parte do Comité de Famílias de Detidos e Desaparecidos nas Honduras (COFADEH). [6] Em 2016, Meza reportou o assassinato de Berta Caceres, uma activista ambiental.[2]
Meza criou uma organização chamada Periodismo y Democracia - Journalism & Democracy, com o objetivo de prestar maior proteção aos jornalistas nas Honduras e de partilhar o seu trabalho sem estar sujeita a censura.[7] Ela é a fundadora e actual presidente do PEN Honduras, uma organização que apoia jornalistas em risco.[8]
Ameaças e assédio
editarO tipo de trabalho desenvolvido por Meza tem levado a que ela e sua família tenham sofrido várias ameaças de violência e casos de assédio, incluindo ameaças explícitas de violência sexual.[2][6] Em 2006, Dionisio Diaz Garcia, advogado da revista online Revistazo, da qual Meza é uma das co-criadoras, foi baleado e morto na sequência de uma investigação sobre violações de direitos laborais levadas a cabo por empresas de segurança privada nas Horduras. [9][10][11]
Em 2013, devido ao intenso assédio e à acumulação de ameças à sua segurança, Meza esteve cinco meses exilada.[2] Em 2015, Meza revelou ter sido objecto de 36 casos de ameças à sua integridade física só entre Janeiro e Outubro desse ano.[12]
Prémios e reconhecimentos
editar- 2007 - Recebeu o prémio especial da Amnistia Internacional do Reino Unido para jornalistas em risco.[9]
- 2014 - Foi-lhe atribuído o Prémio Internacional Oxfam Novib/PEN pela Liberdade de Expressão. [4]
- 2014 - Meza foi nomeada como uma das "100 Heróis e Heroínas da Informação" pela Repórteres Sem Fronteiras.[13]
- 2020 - Foi galardoada com o Sir Henry Brooke Awards [14]
Referências
editar- ↑ «Dina - Centre for Applied Human Rights, The University of York». www.york.ac.uk (em inglês)
- ↑ a b c d e «Dina Meza | PBI United Kingdom». peacebrigades.org.uk (em inglês)
- ↑ a b c «Meet Dina Meza, Honduras - Nobel Women's Initiative». Nobel Women's Initiative (em inglês)
- ↑ a b «Dina Meza - Fund for Global Human Rights». Fund for Global Human Rights (em inglês)
- ↑ «Dina Meza: a journalist living dangerously in Honduras | The Star». thestar.com (em inglês)
- ↑ a b «Journalist and human rights activist Dina Meza threatened again | Reporters without borders». RSF (em francês)
- ↑ «Dina Meza - Fund for Global Human Rights». Fund for Global Human Rights (em inglês)
- ↑ «Dina Meza | PBI United Kingdom». peacebrigades.org.uk (em inglês)
- ↑ a b «Defying silence in Honduras» (em inglês)
- ↑ «Stand with Dina Meza – a journalist under threat in Honduras». www.amnesty.org.uk
- ↑ «Defying silence in Honduras» (em inglês). 4 de julho de 2007
- ↑ «The human rights crisis in Honduras». The Independent (em inglês)
- ↑ «Honduras Partner Profiles: Dina Meza | Witness for Peace». witnessforpeace.org (em inglês)
- ↑ «Sir Henry Brooke Awards for Human Rights Defenders 2020 assigned to Dina Meza and Reinaldo Villalba Vargas». Business & Human Rights Resource Centre (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2021