Dionísio (tirano de Heracleia Pôntica)
Dionísio (ca. 360 a.C. — 305 a.C.) foi um tirano da Heracleia Pôntica.
Dionísio | |
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Nascimento | 360 a.C. Heracleia Pôntica |
Morte | 305 a.C. Heracleia Pôntica |
Progenitores | |
Cônjuge | Amástris |
Filho(a)(s) | Clearco II de Heracleia Pôntica, Oxyathres of Heraclea, Amastris |
Ocupação | tirano |
Família
editarDionísio e Timóteo eram filhos de Clearco, tirano de Heracleia Pôntica.[1] Após o assassinato de Clearco, seu irmão, Sátiro, tornou-se tirano, mas ele tinha muito carinho pelos sobrinhos, e fez de tudo para não ter filhos, legando o poder a Timóteo quando tornou-se velho.[1] Timóteo cuidou de Dionísio como um pai cuida do filho, e eles chegaram a governar juntos.[1]
Ele sucedeu, no 3o ano da 110a olimpíada, a seu irmão Timóteo, que havia governado por quinze anos.[2]
Reinado
editarDionísio aumentou seu poder após a vitória de Alexandre sobre os persas,[3] Dionísio correu o risco de ser deposto, pois os exilados de Heracleia enviaram uma embaixada a Alexandre, pedindo para restaurar a democracia em Heracleia; Dionísio conseguiu o favor dos cidadãos e de Cleópatra, e se manteve no poder.[3] Após a morte de Alexandre, por doença ou veneno, Dionísio ergueu uma estátua à deusa "Felicidade", e os exilados foram a Pérdicas pedir que o destituísse, mas ele conseguiu se manter.[3] Pérdicas era um líder ruim, e foi morto por seus súditos; com a morte dele, as esperanças dos exilados foram extintas.[3]
Dionísio, em seu segundo casamento, casou-se com Amástris, filha de Oxatres, irmão de Dario III.[3] Amástris era prima de Estatira II, filha de Dario que Alexandre tomou por esposa após ter matado seu pai; elas foram criadas juntas e eram muito amigas.[3] Quando Alexandre se casou com Estatira, ele deu Amástris em casamento a Crátero, mas quando Crátero casou-se com Fila, filha de Antípatro, Amástris, com o consentimento de Crátero, foi viver com Dionísio.[3]
Dionísio ajudou Antígono Monoftalmo quando este atacou Chipre, e, como recompensa, recebeu Ptolemeu, sobrinho de Antígono e general de suas forças no Helesponto, como marido de uma filha que ele teve de seu primeiro casamento.[3] Depois destas honras, ele abandonou o título de tirano e assumiu o título de rei.[3]
Quando se sentiu livre de preocupações, viveu uma vida de luxo, engordando ao ponto de ter de ser acordado com dificuldades, através de agulhas, para tirá-lo do torpor.[3] Ele teve dois filhos com Amástris, Clearco, Oxatres e uma filha com o mesmo nome da mãe.[3]
Quando ele estava quase morrendo, deixou Amástris no governo, como guardiã dos filhos.[3]
Dionísio governou por trinta e dois anos, sendo sucedido por seus filhos Oxatres e Clearco.[4]
Referências
- ↑ a b c Memnon de Heracleia, Livros IX e X, citado por Fócio, Biblioteca de Fócio [em linha]
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVI, 88.5
- ↑ a b c d e f g h i j k l Memnon de Heracleia, Livros XI e XII, citado por Fócio, Biblioteca de Fócio [em linha]
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XX, 77.1
Árvore genealógica baseada em Memnon de Heracleia Pôntica:
Clearco | Sátiro | Oxatres | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Timóteo | Dionísio | Amástris | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Oxatres | Clearco | Amástris | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||