Discussão:Diocese de Vila Real
Esta é a página de discussão de Diocese de Vila Real, destinada ao debate sobre melhorias e tarefas relacionadas ao artigo. Não é um fórum para discussão sem relação com o artigo. | |||
---|---|---|---|
|
Este artigo foi avaliado automaticamente com qualidade 2. |
Percentagem de Católicos
editarGostava de saber qual a fonte para a percentagem de católicos, porque os dados do INE não suportam o valor aqui apresentado (93,8 %).
O território da diocese de Vila Real coincide com o do distrito homónimo. Em 2011 (últimos Censos), a população total era de 206 661 habitantes, dos quais 180 550 maiores de 15 anos (os únicos a quem a pergunta da religião era feita). Desses, 5 686 responderam que tinham outra religião que não a católica ou que não tinham nenhuma religião, enquanto 7 034 não responderam (a pergunta era facultativa). Isto apenas nos permite afirmar que pelo menos 92,95 % da população com idade igual ou superior a 15 anos é católica, sendo que, dos que responderam à questão dos Censos, 96,72 % disseram-se católicos.
Mas vejamos, para a população total, qual a percentagem máxima possível de católicos. Isto é, vamos considerar que todos os que se recusaram a responder eram, de facto, católicos (altamente improvável, mas o objectivo é precisamente ver qual o máximo matematicamente alcançável pela Igreja Católica) e ainda que todos os habitantes com idade inferior a 15 anos eram também católicos (igualmente improvável). Ou seja, vamos fingir que, à excepção dos 5 686 que afirmaram expressamente não serem católicos, todos os demais 200 875 eram católicos, tenham-no dito ou não. Nestas condições, qual a percentagem a que chegamos? 97,25 % Este é o valor máximo (e altamente improvável) que a percentagem de católicos pode assumir nesta diocese, não havendo qualquer base para afirmar que são 93,8 %.
Por outro lado, o valor mínimo obtém-se considerando a situação (também altamente improvável) de todos os que não responderam não serem católicos e todos os com idade inferior a 15 anos também não serem católicos. Isto limita o n.º de católicos aos 167 830 que afirmaram sê-lo (sem que a pergunta tivesse sido feita a todos). Numa população total de 206 661 habitantes, isso corresponde a 81,21 %.
Ou seja, a percentagem de católicos no distrito de Vila Real (cujo território coincide com a diocese homónima) situa-se, segundos os Censos 2011, algures entre 81,21 % e 97,25 %, sendo de pelo menos 92,95 % na população com idade igual ou superior a 15 anos e de 96,72 % entre os que aceitaram responder à pergunta da religião. Provavelmente, a percentagem real situa-se mais próxima do limite superior do que do limite inferior do intervalo, mas não temos dados que permitam confirmar (ou não) esta suposição. Em qualquer dos casos, nunca se chega aos 93,8 % que, sem base em nenhuma fonte credível (ou, conforme se vê pela minha exposição, com base nalguma fonte não credível), se apresentam aqui. Gazilion (discussão) 02h09min de 20 de abril de 2014 (UTC)
- Gazilion Um dado fiável para aferir o número de fiéis católicos é o número de baptizados. É que os Censos não são totalmente fiáveis porque não incluiem crianças, que estando baptizadas são oficialmente fiéis católicos. Dux Æ 21h18min de 12 de julho de 2019 (UTC)
- Dux Praxis, eu diria exactamente o contrário: se há dado que não é fiável, é o do registo de baptismo! Vai ao assento da paróquia onde nasci e encontra-me lá — pois bem, eu não sou católico! A ideia de que o registo de baptismos é fiável assenta no conceito errado que uma pessoa permanece necessariamente na fé em que os pais (sem lhe perguntarem) a colocaram... Há portugueses que foram baptizados na Igreja Católica e mudaram de religião; outros abandonaram a religião. Serão poucos? Talvez. Mas considerar que o registo de baptismo é um «ado fiável» é um erro conceptual e uma falta de respeito pelo livre arbítrio e a fé (ou falta dela) dessas pessoas. Gazilion (discussão) 23h02min de 16 de outubro de 2019 (UTC)
- Gazilion Quem é baptizado e deseja abandonar a religião católica pode ir ao cartório paroquial e declarar-se apóstata (renúncia à fé católica), o que implica excomunhão automática. Até lá é tido como católico nos registos oficiais. A excomunhão nestes casos é automática, ou seja opera em consciência logo que o fiel pratique qualquer acto de renúncia, independentemente do que consta no registo de baptismo. Mas os Párocos não adivinham, a menos que lhes seja comunicado não procedem ao averbamento da condição de apóstata. Exemplo: se um fiel católico decidir aderir a nova religião está automaticamente excomungado por apostasia, ainda que o registo oficial se encontre desactualizado. Se depois se arrepender e quiser voltar à fé católica já não é automático, precisa de um processo oficial (mais ou menos longo) para ser readmitido e voltar a constar nos registos como católico. Portando sim, o registo de baptizados é um número fidedigno para atestar o número de fiéis católicos, ainda que possa conter dados desactualizados (como qualquer registo, incluindo os registos oficiais do Estado) isso é residual. Melhor do que os Censos em que entre os que se declaram católicos não há qualquer controlo se de facto foram baptizados, para além de não incluírem crianças na pergunta sobre a religião, excluindo assim todas as crianças baptizadas. Comparando, se alguém emigra e após uns anos adquire outra nacionalidade, se quiser deixar de ser português pode fazê-lo, mas tem de renunciar por escrito à nacionalidade portuguesa cumprindo os trâmites legais, até lá é considerado português. Dux Æ 04h58min de 18 de outubro de 2019 (UTC)
- Dux Praxis, eu diria exactamente o contrário: se há dado que não é fiável, é o do registo de baptismo! Vai ao assento da paróquia onde nasci e encontra-me lá — pois bem, eu não sou católico! A ideia de que o registo de baptismos é fiável assenta no conceito errado que uma pessoa permanece necessariamente na fé em que os pais (sem lhe perguntarem) a colocaram... Há portugueses que foram baptizados na Igreja Católica e mudaram de religião; outros abandonaram a religião. Serão poucos? Talvez. Mas considerar que o registo de baptismo é um «ado fiável» é um erro conceptual e uma falta de respeito pelo livre arbítrio e a fé (ou falta dela) dessas pessoas. Gazilion (discussão) 23h02min de 16 de outubro de 2019 (UTC)
Desde 30 de Junho de 2019 é bispo titular da diocese de Vila Real Dom António Augusto Oliveira Azevedo
- Já foi incluído. Dux Æ 21h18min de 12 de julho de 2019 (UTC)