Drapeado é um termo usado para a representação artística da indumentária nas artes figurativas, especialmente da que se acomoda ao corpo humano formando pregas, ou adere a este revelando as suas formas de modo similar à escultura grega clássica (os panneggio bagnato -"panos molhados"- característicos de Fídias) e que foram imitados na pintura e escultura medievais com maior ou menor esquematização segundo a época (pregas rígidas, formando linhas paralelas no Românico - primitivismo similar ao da escultura grega arcaica-, maior sensação de gravidade e variedade de formas no Gótico - ondulações e depressões, estilo denominado Muldenfaltenstil na Europa Central) - enquanto a indumentária tem um tratamento próprio, independente do corpo, na escultura helenística ou no Barroco.[1][2][3][4] O termo é extensível a cortinados e outros panos suspensos para criação de cenários pictóricos o termo é mais utilizado em contextos técnicos e acadêmicos como draperia, sendo de origem francesa.

Frontão Este do Parténon, Fídias, ca. 450 a.C.

Galeria

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Referências

  1. Étienne Souriau, Entrada "ropaje" en Diccionario Akal de Estética, Akal, 1998, ISBN 8446008327, pg. 974.
  2. Sobre o estilo dos panejamentos ajustados que se diz caracterizar a primeira arte gótica, incluindo os desenhos de Villard, veja-se Panofsky Renaissances and Renascences, pg. 57 (...) Se a alegoria foi o meio verbal para cobrir a nudez envergonhada do corpo, o panejamento foi o meio visual pelo qual os artistas podiam tomar de empréstimo a imperturbável arte grega e romana. Os historiadores da arte medieval passam uma excessiva quantidade de tempo a estudar as pregas das roupas como sinais de uma individualidade estilística. O Muldenfaltenstil ou "prega pesada em forma de depressão" de Villard e seus contemporâneos é interpretada em geral como uma das fórmulas classicamente inspiradas do "estilo 1200", mas as razões da sua assimilação são complexas. A ação de vestir ajuda a definir as fronteiras e os limites do que é santo. Um corpo sem limites e barreiras é um corpo perdido no limbo da mera fisicalidade e aberto à penetração. Michael Camille, El ídolo gótico, Akal, 2000, ISBN 8446009552, pgs. 117-119.
  3. Early gothic... is characterized by graceful, curving figures and soft, looping drapery worked in a series of ridges and troughs. From these troughs is derived the commonly used German term for this style—Muldenstil. This drapery convention is essentially a Greek invention of the 4th century bc. (...) Late 12th century... A variation, which originated in the Meuse Valley, was the so-called Muldenfaltenstil, named after the small, troughlike folds into which drapery breaks (e.g., the Psalter of Queen Ingeborg, northern France, c. 1200). Encyclopaedia Britannica, entradas Gothic sculpture e Manuscript illustration.
  4. Termo que se refere a uma forma de representar as pregas das vestes e as cabeças na escultura gótica que remete à Antiguidade

Ligações externas

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