Duarte Belo

fotógrafo português

Duarte Belo (Lisboa, abril de 1968) é um fotógrafo e tradutor português, filho do poeta Ruy Belo.

Duarte Belo

Duarte Belo
Nascimento abril de 1968 (56 anos)
Lisboa, Portugal
Residência Viseu, Portugal
Nacionalidade português
Ocupação fotógrafo, tradutor
Website http://www.duartebelo.com

Biografia

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Iniciou atividade como arquiteto (licenciatura em Arquitetura, em 1991, pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa) e desde 1985 que desenvolve trabalho nas áreas da fotografia e edição. Expõe pela primeira vez em 1987 e publica desde 1990. [1]

Trabalho

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O trabalho é fundamentalmente composto por dois conceitos base que se interpenetram, podendo ser considerado um terceiro núcleo sobre o ofício e as metodologias da fotografia.

O primeiro conceito de atividade incide sobre a paisagem e arquitetura, quase sempre do espaço português num levantamento fotográfico documental sistemático que evolui no sentido da descoberta progressiva de um país, desde a natureza geológica e coberto vegetal das paisagens à imensa complexidade das marcas deixadas no solo pelos gestos humanos que permanecem na terra ao longo de milénios e definem uma identidade. É aqui procurada a matéria e topografia dos lugares e também a singularidade das formas do povoamento, as soluções para a afirmação do desejo de transformação do lugar natural num território humano.

Deste trabalho, sobre todo o espaço português, podemos destacar as obras: Portugal: O Sabor da Terra (1996-1997), Portugal Património (2007-2008). Num âmbito mais especifico, sobre regiões ou lugares concretos, nalguns casos fora de Portugal, podemos referir: À Superfície do Tempo: Viagem à Amazónia, O Vento sobre a Terra: pontamentos de Viagens, A Linha do Tua, Sabor-Mamoré: Viagem de Comboio sobre o Mar. [1]

O segundo conceito opera numa escala diferente, são fotografias de objetos, espaços interiores ou lugares específicos, que fazem aproximações a rostos humanos, mas também a detalhes da paisagem que podem mostrar um certo mistério das coisas e dos seres. Desta abordagem podemos destacar obras como Orlando Ribeiro: Seguido de uma Viagem Breve à Serra da Estrela, Ruy Belo: Coisas de Silêncio, Olívia e Joaquim: Doces de Santa Santa Clara em Vila do Conde; Comboios de Livros; Os Rostos de Jesus.[2]

Um terceiro conceito, com um certo carácter autobiográfico, incide sobre o próprio ofício de fotógrafo e viajante, onde a especificidade e construção metodológica é explorada como elemento de relação com a terra e com as matérias da própria fotografia, onde as evoluções tecnológicas, como a transição de uma fotografia dita analógica para a fotografia digital, são mostradas como se de uma paisagem nova se tratasse. Está aqui também presente a abordagem ao manuseio de um extenso arquivo fotográfico. Estes aspetos de ofício sobretudo sobretudo apresentados em algumas exposições como o vento sobre a terra, palavra, lugar, ou a construção da fuga, ou no blog Cidade Infinita. [3]

Trata-se de uma fotografia que procura uma face humana construída sobre o fascínio por um mundo dado, uma realidade em que o "belo" se insinua como um incontornável motor da vida.

Desenvolve atualmente o projeto Horizonte Portugal, que visa disponibilizar online uma parte significativa do seu arquivo fotográfico sobre Portugal. Iniciado em 1985, este arquivo, organizado e sistematizado, contém mais de 1.000.000 de imagens, em suporte analógico e digital. [4]

Obras Seleccionadas

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Entre as suas obras encontram-se: [5][2]

  • Os Rostos de Jesus: Uma Revelação. Círculo de Leitores/Temas e Debates. Lisboa. 2013
  • Sabor - Mamoré – Viagem de Comboio Sobre o Mar. Biblioteca Nacional de Portugal. Lisboa. 2013.
  • A Linha do Tua. Dafne Editora. Porto. 2013.
  • A Torre. Texto de Maria Inês Cordeiro. Documenta. Lisboa. 2013.
  • Portugal - Luz e Sombra – O País Depois de Orlando Ribeiro. Círculo de Leitores/Temas e Debates. Lisboa. 2012.
  • Lisbon Ground. Curadoria de Inês Lobo. Catálogo da 13ª Bienal de Arquitetura de Veneza. Secretaria de Estado da Cultura/ Direção Geral das Artes. Lisboa. 2012
  • O Núcleo da Claridade – Entre as Palavras de Ruy Belo. Assírio & Alvim. Lisboa. 2011.
  • Cidade do Mais Antigo Nome. Poemas de José Luiz Tavares. Assírio & Alvim. Lisboa. 2009.
  • Comboios de Livros. Textos em parceria com Maria Inês Cordeiro. Assírio & Alvim. Lisboa. 2009.
  • O Príncipe Urso Doce de Laranja. Assírio & Alvim. Lisboa. 2009.
  • Portugal – Atlas do Património. Com Álvaro Duarte de Almeida e Júlia Mateus. Círculo de Leitores. Lisboa. 2008.
  • Portugal – Olhares sobre o Património. Círculo de Leitores. Lisboa. 2008.
  • Portugal Património – Guia-Inventário do Património Cultural e Natural, em Sítio, de Portugal. Com Álvaro Duarte de Almeida. 10 Volumes. Círculo de Leitores. Lisboa. 2007-2008.
  • Fogo Frio - o vulcão dos Capelinhos. Assírio & Alvim, 2008.
  • Olívia e Joaquim - Doces de Santa Clara em Vila do Conde. Assírio & Alvim, 2007.
  • Terras templárias de Idanha. Assírio & Alvim, 2006.
  • Território em espera - Algarve interior. Assírio & Alvim, 2005.
  • Geografia do caos. Assírio & Alvim, 2005.
  • Uma Espada trespassa o coração. Assírio & Alvim, 2003.
  • O Vento sobre a Terra - apontamentos de viagens. Assírio & Alvim, 2002.
  • O Leitor Escreve para que Seja Possível. Assírio & Alvim, 2001.

Referências

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  1. a b Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome :0
  2. a b «Duarte Belo | Wook». www.wook.pt. Consultado em 29 de setembro de 2021 
  3. «Duarte Belo – Imaginature: Festival de Fotografia de Paisagem». Consultado em 29 de setembro de 2021 
  4. «Apresentação : Horizonte Portugal, a descrição de um país : 21 set. | 14h30». www.bnportugal.gov.pt. Consultado em 29 de setembro de 2021 
  5. «Biblioteca Nacional de Portugal». catalogo.bnportugal.gov.pt. Consultado em 29 de setembro de 2021 

Ligações externas

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