A trombeta tibetana ou dungchen ( em tibetano: དུང་ཆེན།; Wylie: dung chen; pinyin tibetano: tungqên; Mongolian: hiindiin buree: Chinês: 筒欽; pinyin: tǒng qīn é um longo trompete ou Berrante usado em cerimonias do Budismo Tibetano e no Budismo Mongólico. É o instrumento mais largo usado na cultura do Budismo Tibetano. É frequentemente tocado em pares ou grupos, e o som é comparado ao cantar dos elefantes.[1] Tsultrim Allione descreve o som como:

É um lamento longo, profundo, zumbidor e assombroso que o leva para algum lugar além dos picos mais altos do Himalaia e, ao mesmo tempo, de volta ao útero de sua mãe.[2]

Um par de berrantes fotografados em uma expedição Alemâ em 1938
No festival Dosmoche 2018 no Palácio Leh. Os monges tocam longas /trompetas de estilo suíço, conhecidas como Dungchen, que podem atingir 6 metros de comprimento e podem ser dobradas como telescópios para facilitar o transporte. As notas produzidas pelos berrantes são longas, lentas, baixas e profundas, e foram comparadas ao som do mugido das vacas.[3]

Referências

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  1. No livro "The Music of Tibet", M. A. L. B. Waddell discute o dungchen como um instrumento crucial nas práticas musicais tibetanas. Ele menciona, especialmente no Capítulo 3, que o som profundo e ressonante do dungchen evoca a comunicação dos elefantes, criando uma conexão entre a música e a natureza.
  2. Allione, Tsultrim (1986). Women of Wisdom. London: Arkana. ISBN 1-85063-044-5 
  3. No livro "The Tibetan Book of Living and Dying", Sogyal Rinpoche explora a relação entre a música e a espiritualidade tibetana. Ele menciona que os sons naturais, como o uido das vacas, desempenham um papel importante na vida cotidiana e espiritual dos tibetanos.