Editora Monterrey
Editora Monterrey foi uma editora brasileira[1] criada em 1956 pelos espanhóis Luis de Benito e Juan Fernandes Salmeron. A editora ficou conhecida por publicar livros de bolso pulp.[2]
Editora Monterrey Limitada | |
---|---|
Editora | |
Fundação | 1956 |
Fundador(es) | Luis de Benito e Juan Fernandes Salmeron |
Sede | Rio de Janeiro |
Produtos | Livros, revistas |
Histórico
editarFundada em 1956 pelos espanhóis Luis de Benito e Juan Fernandes Salmeron, a editora começou publicando a série de faroeste O Coyote de J. Mallorquí,[3] logo em seguida, em 1961, foi a vez de FBI, trazendo histórias de espionagem da coleção de mesmo nome da Editorial Rollán. A editora também publicou a revista em quadrinhos Nôvo FBI em Quadrinhos,[4] baseada na revista Aventuras del FBI, também publicada pela Editorial Rollán.[5] Embora O Coyote também tivesse histórias em quadrinhos,[6] não foram publicadas no país.
Em 1963, sob o comando do jornalista José Alberto Gueiros, a editora reescreve e publica o romance Memorias secretas de Giselle, a espiã nua que abalou Paris na coleção ZZ7,[7] ambientado na França da Segunda Guerra Mundial. O romance foi escrito por David Nasser como um folhetim para o periódico Diário da Noite, jornal dos Diários Associados de Assis Chateaubriand, Gueiros rescreveu o romance ao lado do tio, o poeta Augusto Frederico Schmidt. Com o sucesso, a editora encomendou uma nova série protagonizada por uma espiã, Brigitte Montfort, ou Baby, a filha de Giselle, para isso, a editora encomenda os textos para o escritor espanhol Antonio Vera Ramírez, que assinava como Lou Carrigan. Ramírez já era conhecido pelos livros da coleção FBI,[8] a maioria das capas ficaram a cargo do brasileiro José Luiz Benício da Fonseca ou apenas Benício,[2] embora as primeiras tenham sido produzidas por um ilustrador holandês chamado Hack.[9]Outra série famosa da editora foi K. O. Durban do escritor brasileiro Hélio do Soveral, paródia aos espiões da cultura pop como James Bond de Ian Fleming, criada a pedido de Gueiros[10] e que também teve capas de Benício,[2] Também escreveu a série Spectre, com o pseudônimo Ell Sov.[10] Também passaram pela editora Ryoki Inoue, que iniciou a carreira de escritor com o livro de faroeste Os Colts de McLee[11] e Antonio Ribeiro, que usava o pseudônimo Tony Carson.[12]
A série Brigitte Montfort foi publicada até 1992, em 2000, Ramírez foi contactado por Juan Alberto Fernández Nunes, dono da editora, para criar romances de Giselle, o autor terminou quatro romances em 2001, que não chegaram a ser publicados devido ao falecimento do proprietário.[13] Em março de 2014, foi anunciado um projeto de uma série de televisão para o canal por assinatura GNT.[14]
Publicações
editar- 77Z
- Cinco Históricas Sangrentas de Lampião e Mais Cinco Histórias Sangrentas de Lampião de Nertan Macêdo - dois volumes
- Chaparral
- Chumbo Quente
- O Coyote
- FBI
- FB7
- Futurama
- K. O. Durban
- HH
- Nôvo FBI em Quadrinhos
- Oeste Brutal
- Oeste Carga Dupla
- Oeste Perigoso
- Oeste Proibido
- Spectre
- Tiroteio
- ZZ7
- Oeste Sensual
- Oeste Beijo e Bala
Referências
- ↑ «Novo livro de Benicio busca financiamento no Catarse». Universo HQ. 6 de novembro de 2013
- ↑ a b c Roberto de Sousa Causo. «Resenha: O rei das pin-ups tupiniquins». Terra. Consultado em 20 de maio de 2013
- ↑ Suplemento cultural: Coletânea. [S.l.]: Companhia Editora de Pernambuco. 2005. 99 páginas
- ↑ «FBI». Gibi Raro
- ↑ «Aventuras del FBI». Tebesosfera
- ↑ CUADRADO, Jesús (2000). Atlas español de la cultura popular: De la historieta y su uso 1873-2000, Madrid: Ediciones Sinsentido/Fundación Germán Sánchez Ruipérez. 2 v.ISBN 84-89384-23-1.
- ↑ «Brigitte, o fenômeno esquecido e outras fotos das capas». O Estado do Paraná. 22 de dezembro de 2003
- ↑ Luis Conde Martín (2012). ¡Bang, bang, estás muerto!, Volume 4. [S.l.]: Ediciones AKAL. 9788446036289
- ↑ Gonçalo Junior (março de 2012). «A espiã que nós amavamos». Editora Abril. Revista Playboy
- ↑ a b Dagomir Marquezi (1998). «O Ian Fleming de Copacabana». Editora Abril. VIP (157): 72 a80
- ↑ Laís Coelho (Setembro de 2012). «Literatura fordista». Piauí
- ↑ Ota (28/02/2011). Os quadrinhos nacionais da Vecchi. Bigorna.net.
- ↑ Antonio Vera Ramírez. «Brigitte Baby Montfort». loucarrigan.com. Consultado em 20 de maio de 2013
- ↑ Patrícia Kogut (10 de março de 2014). «GNT terá série sobre agente da CIA, que foi sucesso nos anos 60». O Globo