Eduardo Penna Franca
Eduardo Penna Franca (Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 1927 – 20 de agosto de 2007) foi um químico, pesquisador e professor universitário brasileiro.
Eduardo Penna Franca | |
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Conhecido(a) por | pioneiro nos estudos da radioatividade em seres humanos |
Nascimento | 27 de janeiro de 1927 Rio de Janeiro, RJ, Brasil |
Morte | 22 de dezembro de 2008 (84 anos) Rio de Janeiro, RJ, Brasil |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | brasileira |
Alma mater | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Prêmios | Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico |
Instituições | Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho |
Campo(s) | Química |
Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, membro da Academia Brasileira de Ciências esde 1957, foi professor emérito do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho. O Laboratório de Radioisótopos Eduardo Penna Franca, do Instituto de Biofísica da UFRJ, é em sua homenagem.[1]
Biografia
editarEduardo nasceu no Rio de Janeiro, em 1927. Interessado em ciência desde pequeno, foi ótimo aluno na escola secundária e na universidade, onde cursou química pela então Universidade do Brasil, hoje a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os métodos físicos precisos e sensíveis para quantificar os elementos radioativos o fascinaram desde a graduação e Eduardo se dedicou a estudar a exposição humana à radiação.[2]
Formou-se em química em 1949 e logo começou um estágio no Instituto Oswaldo Cruz, hoje a Fiocruz, na área de purificação de fármacos. A perda do pai em 1950 o fez assumir a chefia da família, tendo que trabalhar à noite em cursos pré-vestibular para ajudar a mãe e aos irmãos menores. Em 1952, ingressou como assistente de pesquisa no Instituto Oswaldo Cruz, mas não conseguiu aprender o que gostaria, nem trabalhar com os pesquisadores, que mantinham distância dos assistentes.[2]
Carreira
editarO então diretor do instituto lhe ofereceu a oportunidade de concorrer a uma bolsa do CNPq para estagiar por dois anos nos Estados Unidos na área de aplicação de radioisótopos em pesquisas biológicas. Vários reatores nucleares construídos durante a Segunda Guerra Mundial passaram a produzir radioisótopos com aplicação em pesquisa. Seguindo nessa esteira, o governo norte-americano criou o programa "Átomos para a Paz", com a mesma intenção pacífica.[2]
Em seu tempo nos Estados Unidos, Eduardo estagiou na Universidade Columbia, no Laboratório Nacional de Brookhaven e na Case Western Reserve University, em Ohio. Ao retornar ao Brasil, encontrou grandes mudanças no instituto e Eduardo se encontrou sem função. Pouco depois, ele foi descobeorto por Carlos Chagas Filho, que o convidou a trabalhar em pesquisas em 1956. Pouco depois, foi implantado o laboratório para radioisótopos no instituto.[2]
O primeiro curso de Metodologia de Radioisótopos foi oferecido em julho de 1956, onde 30 alunos de todo o Brasil foram selecionados. O curso se tornaria regular até a década de 1990, sempre comandado por Eduardo, formando boa parte da mão de obra atual especializada em radioisótopos. Entre 1978 e 1991, Eduardo foi representante na Organização das Nações Unidas para o estudo dos efeitos globais da radiação atômica.[3]
Em colaboração com pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, a partir de 1956, Eduardo passa a estudar o trânsito de elementos radioativos no ambiente, biota e ser humano em áreas de alta radioatividade natural, linha de pesquisa em que foi pioneiro no Brasil e na qual se manteve até meados dos anos 1990.[2] Também estudou a viabilidade de vários locais para a implantação de usinas atômicas no Brasil[3]
Foi diretor do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho e um dos que mais se manteve no cargo. Aposentou-se como professor emérito da mesma instituição, mas permaneceu como pesquisador sênior, orientação estudantes e conduzindo pesquisa.[2][3]
Morte
editarEduardo morreu em 20 de agosto de 2007, aos 80 anos, no Rio de Janeiro. Ele deixou a esposa Heloísa e 4 filhos (Ana, Vânia, Nahyda e Luiz).[2][3]
Legado
editarO laboratório de radioisótopos da UFRJ hoje leva seu nome em sua homenagem.[4]
Referências
- ↑ «Laboratório de Radioisótopos Eduardo Penna Franca». Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho. Consultado em 29 de dezembro de 2020
- ↑ a b c d e f g Olaf Malm (ed.). «Homenagem a Eduardo Penna Franca». FAPERJ. Consultado em 29 de dezembro de 2020
- ↑ a b c d «Eduardo Penna Franca». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 29 de dezembro de 2020
- ↑ «Laboratório de Radioisótopos Eduardo Penna Franca». UFRJ. Consultado em 9 de junho de 2021