O efeito indutivo em química é um efeito experimentalmente observável da transmissão de carga através de uma cadeia de átomos em uma molécula por indução eletrostática.[1] A rede de efeito polar exercido por um substituinte é uma combinação de efeitos indutivos e efeitos mesoméricos.

A nuvem eletrónica em uma ligação σ entre dois átomos diferentes não é uniforme: é levemente deslocada em direção ao átomo mais eletronegativo. Isto causa um permanente estado de polarização da ligação, onde o átomo mais eletronegativo tem uma carga parcial negativa (δ-) e o outro átomo tem uma carga parcial positiva(δ+).

Se o átomo eletronegativo é então adjunto a uma cadeia de átomos, usualmente carbono, a carga positiva é transmitida a outros átomos na cadeia. Isto é o efeito indutivo de afastamento (repulsão) do elétron, também conhecido como efeito -.

Alguns grupos funcionais, tal como o grupo alquila são menos repulsores de elétrons que hidrogênio e são consequentemente considerados como liberadores de elétrons. Este caráter liberador de elétrons é indicado pelo efeito +.

Como a carga induzida na polaridade é menor que a polaridade original, o efeito indutivo rapidamente se anula, e é significante somente a uma curta distância. O efeito indutivo é permanente mas fraco, como envolve a alteração de elétrons de ligação σ fortemente mantidos, e outros fatores mais fortes podem eclipsar este efeito.

O efeito inductivo pode ser também causado por algumas moléculas. Efeito indutivo relativo tem sido medido com referência ao hidrogênio.

Referências

  1. IUPAC, Compêndio de Terminologia Química, 2ª ed. ("Gold Book"). Compilado por A. D. McNaught e A. Wilkinson. Blackwell Scientific Publications, Oxford (1997). Versão online: "inductive effect"  (2006–) criado por M. Nic, J. Jirat, B. Kosata; atualizações compiladas por A. Jenkins. ISBN 0-9678550-9-8.