Egas Afonso de Ribadouro
Egas Afonso de Ribadouro (c.1140 - c.1199) foi fidalgo e Cavaleiro medieval português, foi o sucessor de seu pai na chefia da casa de Ribadouro. Herdou o senhorio de Alvarenga, e dele descende o apelido Alvarenga.
Egas Afonso de Ribadouro | |
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Rico-homem/Senhor | |
Senhor de Alvarenga Senhor de Cresconhe | |
Reinado | 1165-c.1199 |
Predecessor(a) | Afonso Viegas |
Sucessor(a) | Paio Viegas |
Tenente régio | |
Reinado | Armamar:1180 Sanfins:1180; 1189 Cinfães:1189 Lafões:1199 |
Nascimento | 1140 |
Condado Portucalense | |
Morte | 1199 (59 anos) |
Cônjuge | Sancha Pais de Toronho |
Descendência | Lourenço Viegas Paio Viegas, Senhor de Alvarenga Gomes Viegas Aldara Viegas Pedro Viegas Mor Viegas |
Dinastia | Ribadouro |
Pai | Afonso Viegas de Ribadouro |
Mãe | Aldara Pais Espinhel |
Biografia
editarNascido por volta de 1140, Egas era o filho primogénito de Afonso Viegas de Ribadouro e da sua esposa Aldara Pires Espinhel. Era portanto neto do célebre Egas Moniz IV de Ribadouro, o célebre aio de Afonso Henriques, de quem terá provavelmente herdado o nome. Pertencia portanto à importante família de Ribadouro.
Após a morte do pai, ocorrida provavelmente por volta de 1165, dado que é Egas que surge na doação da avó, Teresa Afonso de Celanova, com todos os seus filhos vivos e netos, ao Mosteiro de Tuías.[1] Herdou do pai, por entre vários bens, as honras de Alvarenga e Cresconhe.[2]
Surgiu pela primeira vez na corte em 1179,[2] a confirmar, possivelmente, o foral de Abrantes.[3] No ano seguinte já exercia as tenências de Sanfins e Armamar.[4][5] Deu foral à vila de Parada.
Com Sancho I de Portugal, manteve os mesmos postos e confirmou, em 1189, o o foral deste monarca à Covilhã. Nesse ano ganhou de novo o governo da terra de Sanfins, que perdera ainda em 1180. Como governador, doou, com a esposa, várias pesqueiras no rio Douro, em Concela, a João Fernandes, abade do Mosteiro de Salzedas.
Em 1199 está documentado como tenente de Lafões, mas desaparece da documentação ainda neste ano, pelo que terá falecido provavelmente pouco depois.
Casamento e descendência
editarEgas desposou Sancha Pais de Toronho, filha de Paio Curvo de Toronho. Deste casamento resultaram:
- Lourenço Viegas de Alvarenga, casou com Mór Pais.
- Paio Viegas de Alvarenga (c. 1210 -?) casou com Teresa Anes de Riba de Vizela, filha de João Fernandes de Riba de Vizela e de Maria Soares de Sousa.
- Gomes Viegas de Alvarenga
- Pedro Viegas de Alvarenga, teve uma barregã desconhecida, originária de Toronho.
- Aldara Viegas de Alvarenga, casou com Lopo Afonso de Baião.
- Mor Viegas de Alvarenga
Referências
- ↑ GEPB 1935-57, p. 218-19, vol.35.
- ↑ a b Sottomayor-Pizarro 1997, p. 461-462.
- ↑ GEPB 1935-57, p. 500, vol.25.
- ↑ Lima 1993, p. 94.
- ↑ Ventura 1992.
Bibliografia
editar- Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (GEPB). Lisboa: Editorial Enciclopédia. 1935–1957. OCLC 221314359
- Gayo, Manuel José da Costa Felgueiras, Nobiliário das Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989. vol. I-pg. 314 (Alvarengas), e vol. I-pg. 503 (Ataídes) e também vol. IV-pg. 408 (Coelhos).
- Lima, António Manuel de Carvalho e (1993). Castelos Medievais no Curso Terminal do Douro (Sécs. IX-XII). I. Porto: Universidade do Porto
- Mattoso, José (1981). «A nobreza rural portuense nos séculos XI e XII». A nobreza medieval portuguesa: a família e o poder. Lisboa: Editorial Estampa. pp. 159–251. OCLC 8242615
- Sottomayor-Pizarro, José Augusto (1997). Linhagens Medievais Portuguesas: Genealogias e Estratégias (1279-1325. I. Porto: Tese de Doutoramento, Edicão do Autor
- Ventura, Leontina (1992). A nobreza de corte de Afonso III. II. Coimbra: Universidade de Coimbra