Eleições municipais de Hidrolândia (Ceará) de 1992
O ano de 1992 foi marcado por uma grave instabilidade política e dificuldades econômicas, impulsionadas pelos altos índices de inflação que assolavam o país.[1] Nesse cenário conturbado, uma série de manifestações populares nas principais capitais brasileiras exigia o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello.[2]
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| Eleições municipais de Hidrolândia de 1992 | |||||||||||
| 3 de outubro de 1992 | |||||||||||
| Demografia eleitoral | |||||||||||
| Hab. inscritos | 11 773 | ||||||||||
| Votantes | 9 401 | ||||||||||
79.85%  8.8%
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| Votos válidos | 8 901 | ||||||||||
| Votos nulos | 112 | ||||||||||
| Votos em branco | 388 | ||||||||||
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Francisco Walter Lima Marinho - PSDB | ||||||||||
| Votos: | 4 428 | ||||||||||
| 49.75% | |||||||||||
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Luiz Antônio de Farias - PDS | ||||||||||
| Votos: | 2 541 | ||||||||||
| 28.55% | |||||||||||
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Ciro José Ferreira Cid - PL | ||||||||||
| Votos: | 1 932 | ||||||||||
| 21.71% | |||||||||||
| Composição da Câmara de Vereadores | |||||||||||
| PSDB/PMDB | 63.64% | ||||||||||
| PDT/PL | 18.18% | ||||||||||
| PDS | 18.18% | ||||||||||
 Prefeitos de Hidrolândia | |||||||||||
| tre-ce.jus.br | |||||||||||
O processo de impeachment atingiu seu ápice às vésperas das eleições municipais. Em 29 de setembro, a Câmara dos Deputados aprovou o pedido de cassação de Collor por 441 votos a favor, 38 contra, 1 abstenção e 23 ausentes.[3] Dois dias depois, em 1º de outubro, o processo foi formalmente instaurado no Senado Federal, e no dia seguinte, 2 de outubro, Collor foi afastado da presidência, com o vice-presidente Itamar Franco assumindo provisoriamente o governo.[4]
Nesse contexto, as eleições municipais de Hidrolândia foram realizadas em 3 de outubro de 1992, marcando a 11ª eleição municipal do município.[carece de fontes] Na ocasião, foram eleitos o prefeito e 11 vereadores para a legislatura subsequente.
O prefeito em exercício na época era Antônio Afrânio Martins Mesquita (PMDB). Na disputa pela prefeitura, Francisco Walter Lima Marinho (PSDB) foi eleito para seu segundo mandato, obtendo 49,75% dos votos válidos. Ele derrotou os candidatos Luiz Antônio de Farias (PDS) e Ciro José Ferreira Cid (PL). A coligação PSDB/PMDB conquistou sete cadeiras na Câmara Municipal, das quais seis foram ocupadas por representantes do PSDB.
O PDS e a coligação PDT/PL garantiram dois assentos cada, sendo um vereador eleito por cada partido da coligação PDT/PL.[5]
Resultado das eleições
editar| Cargo | Partido | Situação | Candidato | Votos | |||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Prefeito | PSDB | Eleito | Francisco Walter Lima Marinho | 4 428 | |||
| Vice-Prefeito | Raimundo Pereira Martins | ||||||
| Prefeito | PDS | Não eleito | Luiz Antônio de Farias | 2 541 | |||
| Vice-Prefeito | Gilson Bezerra Rêgo | ||||||
| Prefeito | PL | Não eleito | Ciro José Ferreira Cid | 1 932 | |||
| Vice-Prefeito | Antero Gomes Neto | ||||||
| Prefeito | – | – | Brancos | 388 | |||
| – | – | Nulos | 112 | ||||
| Vereador
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PSDB | Eleito | Placido Martins Torres | 580 | |||
| Eleito | Antônio Geonilton Pereira de Sousa | 438 | |||||
| Eleito | Francisco Tarciso Martins | 409 | |||||
| Eleito | Francisco Gomes de Farias | 369 | |||||
| Eleito | Raimundo Alves Sobrinho | 368 | |||||
| Eleito | Cicero Rodrigues Joaquim | 344 | |||||
| Não eleito | Francisco Martins Pontes | 306 | |||||
| Não eleito | José Osmar Bezerra | 297 | |||||
| Não eleito | José Soares Pontes | 225 | |||||
| Não eleito | Francisco Vieira da Silva | 218 | |||||
| Não eleito | Francisco Teixeira Lima | 200 | |||||
| Não eleito | Antônio Magalhães Pereira | 118 | |||||
| Não eleito | Antônio Rodrigues Peres | 115 | |||||
| Não eleito | Gabriel Florentino Bezerra | 111 | |||||
| Não eleito | Francisco das Chagas Farias | 22 | |||||
| Não eleito | Espedito Cezário Martins | – | |||||
| – | Votos de legenda | 31 | |||||
| PMDB | Eleito | Evaristo de Sousa Mororó | 436 | ||||
| Não eleito | Luiza Luzanira de Negreiros Torres | 145 | |||||
| Não eleito | Alcides Marques Souza | 109 | |||||
| Não eleito | Alberto Soares Pontes | 106 | |||||
| Não eleito | João Rodrigues Magalhães | 3 | |||||
| Não eleito | Edvar Rodrigues Timbó | 2 | |||||
| Não eleito | José Lourenço Torres | – | |||||
| – | Votos de legenda | 21 | |||||
| PL | Eleito | Francisco Varela Mororó | 361 | ||||
| Não eleito | Antônio Palberto Veras Magalhães | 275 | |||||
| Não eleito | Expedito Pereira de Souza | 85 | |||||
| Não eleito | Aristóteles Elmiro de Souza | 67 | |||||
| Não eleito | Raimundo Augusto Martins Torres | 53 | |||||
| Não eleito | Francisco José Lourenço Torres | 37 | |||||
| Não eleito | Weider França Ferreira | 30 | |||||
| Não eleito | Flávio Celio Bezerra Martins | 20 | |||||
| Não eleito | Quitéria Nenem Magalhães | 1 | |||||
| Não eleito | Vania Maria Bezerra de Carvalho Cid | – | |||||
| – | Votos de legenda | 5 | |||||
| PDT | Eleito | Pedro Peres de Souza | 372 | ||||
| Não eleito | Francisco Ortan Macedo de Aquino | 284 | |||||
| Não eleito | Francisco Deusdete Gomes Mesquita | 116 | |||||
| Não eleito | Francisco César Guerreiro | 14 | |||||
| – | Votos de legenda | 19 | |||||
| PDS | Eleito | José Pereira Lima | 273 | ||||
| Eleito | Antônio Bosco Pereira Cid | 229 | |||||
| Não eleito | Antônio Xavier Monteiro | 188 | |||||
| Não eleito | Francisco Demontier Paiva Elmiro | 164 | |||||
| Não eleito | Antônio Serafim de Negreiros | 133 | |||||
| Não eleito | Antônio Bento de Sousa | 119 | |||||
| Não eleito | Luiz Gonzaga de Abreu | 104 | |||||
| Não eleito | José Maria Farias de Carvalho | 95 | |||||
| Não eleito | Bartolomeu Martins de Farias | 52 | |||||
| Não eleito | José Erivan Camelo Pereira | 5 | |||||
| – | Votos de legenda | 26 | |||||
| – | – | Brancos | 528 | ||||
| – | – | Nulos | 773 | ||||
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| Fonte: Tribunal Regional Eleitoral do Ceará[5] | |||||||
Referências
- ↑ Banco Central do Brasil. «Planos econômicos fracassaram em derrotar a superinflação até a chegada do Real». Consultado em 21 de outubro de 2022
- ↑ O Globo (16 de agosto de 2022). «A reação das ruas após Collor pedir para 'maioria' usar verde e amarelo, há 30 anos». Consultado em 21 de outubro de 2022
- ↑ República Federativa do Brasil (30 de setembro de 1992). «Ata da 145ª Sessão, Extraordinária, Matutina, em 29 de setembro de 1992» (PDF). Diário do Congresso Nacional. Ano XLVII (Nº 161). Consultado em 20 de outubro de 2024
- ↑ Câmara dos Deputados. «20 anos do impeachment do Collor». Consultado em 20 de outubro de 2024
- ↑ a b Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (1992). «Resultados das eleições 1992 no Ceará». Consultado em 20 de outubro de 2024