Eleições parlamentares na Finlândia em 2023
As eleições parlamentares da Finlândia em 2023 ocorreram em 2 de abril. Foram eleitos os 200 membros do Parlamento para o período de 2023 a 2027. Os oposicionistas Partido da Coligação Nacional e o Partido dos Verdadeiros Finlandeses ficaram em primeiro e segundo lugar, respectivamente, enquanto o governista Partido Social Democrata alcançou a terceira colocação. Os cinco partidos governistas e os quatro oposicionistas terminaram com o mesmo número de vagas no Parlamento, divididos igualmente em 100 a 100.
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Eleições parlamentares na Finlândia em 2023 200 lugares do Parlamento da Finlândia | |||||||||||
2 de abril de 2023 | |||||||||||
Demografia eleitoral | |||||||||||
Votantes : | 4 540 437 | ||||||||||
72.6% 0.3% | |||||||||||
Partido da Coligação Nacional | |||||||||||
Votos: | 644 555 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 48 20% | ||||||||||
20.82% | |||||||||||
Partido dos Finlandeses | |||||||||||
Votos: | 620 981 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 46 17.9% | ||||||||||
20.06% | |||||||||||
Partido Social-Democrata | |||||||||||
Votos: | 617 552 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 43 7.5% | ||||||||||
19.95% | |||||||||||
Partido do Centro | |||||||||||
Votos: | 349 640 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 23 25.8% | ||||||||||
11.29% | |||||||||||
Aliança de Esquerda | |||||||||||
Votos: | 217 795 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 13 35% | ||||||||||
7.06% | |||||||||||
Aliança dos Verdes | |||||||||||
Votos: | 218 430 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 11 31.3% | ||||||||||
7.04% | |||||||||||
Partido Popular Sueco | |||||||||||
Votos: | 133 518 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 9 0% | ||||||||||
4.31% | |||||||||||
Partido Democrata-Cristão | |||||||||||
Votos: | 130 694 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 5 0% | ||||||||||
4.22% | |||||||||||
Movimento Agora | |||||||||||
Votos: | 74 995 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 1 | ||||||||||
2.25% | |||||||||||
Primeiro-ministro da Finlândia | |||||||||||
Titular
Sanna Marin |
Eleito
Petteri Orpo |
Após as eleições parlamentares de abril de 2019, o Partido Social Democrata, liderado por Antti Rinne, formou um governo com o Partido do Centro, a Aliança dos Verdes, a Aliança de Esquerda e o Partido Popular Sueco, com Rinne atuando como primeiro-ministro. Ainda naquele ano, entretanto, Rinne se envolveu em um escândalo político relacionado com o serviço postal, levando-o a renunciar. A coligação foi preservada, e os sociais-democratas designaram Sanna Marin como sucessora. Naquele momento, Marin se tornou a mais jovem primeira-ministra do mundo. No cargo, concentrou-se em questões relacionadas às mudanças climáticas, enquanto seu governo também enfrentou a pandemia de COVID-19 e a invasão russa da Ucrânia. Como consequência, Marin anunciou em maio de 2022 a candidatura de seu país para ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Poucos dias antes da eleição de 2023, o processo de candidatura dos finlandeses foi concluído.
Questões relacionadas à economia, mudanças climáticas e educação foram debatidas durante o período de campanha. As agências de notícias descreveram a eleição como uma disputa acirrada entre o SDP, Partido da Coligação Nacional e o Partido dos Verdadeiros Finlandeses. Durante o período de campanha, Marin expressou seu apoio a maiores gastos com educação e saúde pública, enquanto a Coligação Nacional, liderada por Petteri Orpo, defendeu o equilíbrio econômico, a redução dos gastos com auxílios habitacionais e para desempregados, e a construção de usinas nucleares. Os Verdadeiros Finlandeses fez campanha com uma plataforma anti-imigração e anti-União Europeia, enquanto a Aliança dos Verdes concentrou-se em questões relacionadas à saúde mental e renda básica universal. O Partido do Centro enfatizou a política regional em sua campanha. Durante todo o mês de março de 2023, ocorreram debates entre os representantes partidários. De 22 a 28 de março, os eleitores poderiam votar de modo antecipado.
Formação de um novo governo
editarNegociações
editarNa sequência das negociações para formar um novo governo, a imprensa finlandesa anunciou em finais de abril que os grupos parlamentares tinham designado o líder Petteri Orpo do Partido da Coligação Nacional para iniciar sondagens visando formar um novo governo. A possível coligação governamental seria liderada pelo Partido da Coligação Nacional (conservador), e incluiria o Partido dos Verdadeiros Finlandeses (nacionalista), o Partido Democrata-Cristão e o Partido Popular Sueco, contando assim com uma maioria parlamentar de 108 deputados. Nesta fase das negociações, o Partido Social Democrata ficaria fora da equação e remetido para a oposição. [1] [2] [3] [4]
Para catapultar o processo, Petteri Orpo enviou anteriormente um questionário com 24 perguntas aos outros grupos parlamentares.
[5]
Acordo preliminar
editarEm meados de junho, o líder parlamentar Petteri Orpo - designado para tentar formar um novo governo - anunciou que havia um acordo final entre os partidos da futura coligação governamental. O teor do referido acordo ainda não era público, nem a distribuição das pastas entre os partidos participantes. Faltava agora a aprovação do projeto pelos quatro partidos. Quando isso estivesse pronto, a Finlândia tem um novo governo de direita-nacionalistas. [6] [7]
Divulgado programa de governo
editarO programa de governo - resultado do acordo entre o Partido da Coligação Nacional (conservador), o Partido dos Verdadeiros Finlandeses (nacionalista), o Partido Popular Sueco (liberal sueco) e o Partido Democrata-Cristão - tem 259 páginas e foi apresentado oficialmente em 16 de junho no palácio Ständerhuset em Helsínquia. [8] [9]
Divulgada distribuição de pastas ministeriais
editarO governo de Petteri Orpo terá 19 pastas ministeriais, distribuídas pelos membros da coligação: [10]
- Partido da Coligação Nacional (conservador) - 8 (Negócios Estrangeiros, Defesa, Trabalho,...)
- Partido dos Verdadeiros Finlandeses (nacionalista) - 7 (Finanças, Justiça, Migração,...)
- Partido Popular Sueco (liberal sueco) - 2,5 (Ensino, Assuntos Europeus,...)
- Partido Democrata-Cristão - 1,5 (Agricultura e Silvicultura,...)
Novo governo - aprovado pelo parlamento e empossado pelo presdente
editarNa manhã do dia 20 de junho, o governo Orpo foi aprovado pelo parlamento finlandês por 107 votos a favor, 81 contra, 0 abstenções e 11 deputados ausentes. Na tarde do mesmo dia, o dito gabinete foi empossado por Sauli Niinistö, presidente da Finlândia. [11] [12]
Contexto
editarGoverno Rinne
editarNas eleições parlamentares de 2019, o Partido Social Democrata ficou em primeiro lugar, com 17,7% dos votos e 40 cadeiras, sendo seguido pelo Partido dos Verdadeiros Finlandenses, com 17,5% e 39 cadeiras, e o Partido da Coligação Nacional, que recebeu 17% dos votos e elegeu 38 parlamentares.[13][14] O Partido do Centro, do primeiro-ministro Juha Sipilä, ficou em quarto lugar, perdendo um terço de suas cadeiras e registrando seu pior resultado eleitoral, enquanto a Aliança dos Verdes e a Aliança dos Verdes receberam mais votos do que nas eleições anteriores.[15][16]
Na primeira vitória eleitoral dos sociais-democratas em vinte anos,[17] o líder do partido, Antti Rinne, conseguiu formar um governo majoritário em 6 de junho, com o apoio de outros quatro partidos: Centro, Aliança dos Verdes, Aliança de Esquerda e Popular Sueco.[18] O Parlamento aprovou sua indicação como primeiro-ministro por 111 votos a favor e 74 contra, e o novo governo contava com uma maioria parlamentar confortável.[19]
Um escândalo político ocorreu no mesmo ano devido às revelações de que a ministra Sirpa Paatero tinha conhecimento de um plano que visava enfraquecer os direitos de trabalhadores dos correios.[20] Paatero renunciou em novembro de 2019, mas Rinne era pressionado por membros de sua coligação, sendo também acusado de ter ciência do plano.[21] Uma das principais parceiras, a vice-primeira-ministra e líder do Partido do Centro, Katri Kulmuni, expressou publicamente sua falta de confiança em Rinne e o pressionou a deixar o cargo.[22] Em 3 de dezembro, Rinne apresentou sua renúncia.[23]
Governo Marin
editarA ministra dos Transportes, Sanna Marin, substituiu Rinne como primeira-ministra, mantendo a composição da coligação governista. Aos 34 anos de idade, converteu-se na pessoa mais jovem a, naquele momento, governar um país.[24] O governo Marin propôs metas mais ambiciosas para a mudança climática e a proteção ambiental, enquanto visava reduzir as desigualdades sociais e econômicas, inclusive na educação e na saúde.[25] O gabinete Marin foi formado por doze mulheres e sete homens; os cinco partidos políticos da coalizão eram liderados por mulheres.[26]
A pandemia de COVID-19 foi um dos principais desafios de Marin. O governo adotou medidas para liminar a propagação do vírus, abrangendo o fechamento de bares, restaurantes e escolas, assim como restringindo reuniões e apoiando as empresas afetadas.[27] As medidas foram bem recebidas pela população, e o governo desfrutou um aumento em sua popularidade. Marin registrou uma opinião favorável recorde que chegou a 85%.[28] O SDP foi superado pelos Verdadeiros Finlandeses nas pesquisas de opinião após abril de 2021, e a Coligação Nacional se tornou o partido mais popular em julho de 2021.[29][30]
Em 2022, Marin adotou uma posição firme em resposta à invasão russa da Ucrânia, fornecendo armas à Ucrânia e rompendo a posição histórica de neutralidade da Finlândia.[31][32] Em maio de 2022, o país pediu para se tornar membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), apesar das ameaçadas de autoridades russas.[33] Poucos dias antes das eleições legislativas de 2023, os países integrantes da OTAN aprovaram o ingresso dos finlandeses na organização.[34]
Sistema eleitoral
editarOs 200 membros do Parlamento da Finlândia são eleitos através da representação proporcional de lista aberta, sendo alocados de acordo com o Método D'Hondt. Há treze distritos eleitorais e a cada um deles atribui-se uma quantidade de vagas correspondente ao tamanho de suas populações.[35] O mais populoso, o distrito de Uusimaa, escolhe 36 parlamentares.[36] As Ilhas Åland elegem somente um deputado, tendo também seu próprio sistema partidário.[35] De 22 a 28 de março de 2023, os eleitores poderiam votar de forma antecipada.[37]
Para 2023, foi estabelecida a seguinte divisão de parlamentares por distrito:[36]
Já o Parlamento, no momento de sua dissolução, tinha a seguinte composição:[38]
Partido | Assentos | |||||
---|---|---|---|---|---|---|
Partido Social-Democrata | 40 | |||||
Partido dos Verdadeiros Finlandeses | 39 | |||||
Partido da Coligação Nacional | 37 | |||||
Partido do Centro | 31 | |||||
Aliança dos Verdes | 20 | |||||
Aliança de Esquerda | 16 | |||||
Partido Popular Sueco | 10 | |||||
Democratas Cristãos | 5 | |||||
Movimento Agora | 1 | |||||
O Poder Pertence ao Povo | 1 |
Partidos e líderes
editarPartido | Ideologia e plataforma | Lema eleitoral | Líder | ||
---|---|---|---|---|---|
Social-Democrata SPD Governista |
Centro-esquerda. Apoia a redistribuição de riqueza dos ricos para os pobres, mais investimentos em serviços públicos e estilos de vida liberais.[39] | A coragem de estar ao seu lado[40] | Sanna Marin | ||
Verdadeiros Finlandeses PS Oposicionista |
Nacionalista. Defende uma política restritiva de imigração, o combate consistente ao crime e deseja um Estado-nação forte.[39] De índole nacionalista, se opõe à União Europeia.[41] | Salve a Finlândia![42] | Riikka Purra | ||
Coligação Nacional Kok Oposicionista |
Conservador liberal. Contrário a regulamentações excessivas dos mercados, favorecendo um comércio mundial livre e cortes de impostos.[39] | Agora é a hora[43] | Petteri Orpo | ||
Centro Kesk Governista |
Centrista. Apoia um Estado-nação forte e coloca os interesses econômicos e a estabilidade acima da proteção ambiental.[39] | Adiante! Responsabilidade por toda a Finlândia[44] | Annika Saarikko | ||
Aliança dos Verdes Vihr Governista |
Defende estilos de vida liberais, um mundo aberto sem fronteiras e uma política de imigratória menos restritiva.[39] | Proteja a vida[45] | Maria Ohisalo | ||
Aliança de Esquerda Vas Governista |
Esquerda. Busca mais investimentos em serviços públicos, favorece redistribuições financeiras de ricos para pobres e defende estilos de vida liberais.[39] | Um amanhã mais justo para todos, não para poucos![46] | Li Andersson | ||
Popular Sueco SFP Governista |
Centrista. É um partido reformista que busca promover a igualdade. Almeja representar dos interesses da população de língua sueca na Finlândia.[41] | Avançando juntos[47] | Anna-Maja Henriksson | ||
Democrata-Cristão KD Oposicionista |
Centro-direita. Favorece estilos de vida tradicionais, quer um Estado-nação forte e defende o combate consistente ao crime.[39] | A voz da razão[48] | Sari Essayah | ||
Movimento Agora LN Oposicionista |
Centro-direita.[39] Descrito como uma "startup política", que apoia uma visão liberal de mercado e adota um caráter reformista.[49] | Atreva-se a ser diferente[50] | Hjallis Harkimo | ||
O Poder Pertence ao Povo VKK Oposicionista |
Extrema-direita. Considerado pró-Rússia e anti-imigração, o VKK se opõe à vacinação contra a COVID-19 e propõe uma "democracia direta" por meio de referendos.[51] | Reconstruindo uma república soberana[52] | Ano Turtiainen |
Campanha
editarA emissora Yle considerou que os principais assuntos debatidos durante a campanha eleitoral foram o endividamento do governo, a sustentabilidade das finanças públicas, as mudanças climáticas e o declínio educacional.[53] Paul Kirby, da BBC News, observou que a invasão russa da Ucrânia teve "pouco impacto na campanha" e acrescentou que a disputa se concentrou em questões relacionadas à economia.[54] O Deutsche Welle classificou a escassez de trabalhadores como uma questão-chave,[55] enquanto a Associated Press notou que foram objeto de discussões a economia, as mudanças climáticas, a educação e os benefícios sociais.[56] Markku Jokisipilä, professor assistente da Universidade de Turku, disse que nos debates Marin "se destacou de forma mais vigorosa", enquanto também observou que o Partido dos Verdadeiros Finlandeses teve a presença mais forte nas redes sociais.[57] Teivo Teivainen, professor da Universidade de Helsinki, disse que o principal problema para os oponentes do SDP era o gasto público.[58] As agências de notícias descreveram a eleição como uma disputa acirrada entre o SDP, o Partido da Coligazão Nacional e o Partido dos Verdadeiros Finlandeses.[59][60]
O Partido dos Verdadeiros Finlandeses, que fez campanha com uma plataforma anti-imigração e anti-UE,[56] frisou como prioridade reduzir a imigração de países não pertencentes à União Europeia, enquanto Petteri Orpo, líder do Partido da Coaligação Nacional, propôs a redução dos gastos com benefícios habitacionais e para desempregados.[61] Durante a campanha, Orpo prometeu propiciar o crescimento econômico, o equilíbrio das finanças, a "construção da relação OTAN-Finlândia" e a construção de usinas nucleares.[56][62] Riikka Purra, líder do Partido dos Verdadeiros Finlandeses, pediu austeridade e disse que "também queremos endurecer nossa atitude em relação à União Europeia", enquanto afirmou que o partido atrasaria a meta de neutralidade de carbono introduzida pelo governo de Marin.[58][62] Marin permaneceu crítica aos partidos de direita, afirmando que oferecem "uma alternativa que torna a vida miserável para todos nós, corta serviços, meios de subsistência para os mais pobres"; também afirmou seu apoio aos gastos com educação e saúde pública, dizendo que isso ajudaria a Finlândia a evitar a solicitar empréstimos.[63][64] A campanha da Aliança dos Verde se concentrou nos serviços de saúde mental e na renda básica universal, enquanto o Partido do Centro focou em temas regionais.[60]
Pesquisas de opinião
editarResultados
editarBloco | Votos | % | Assentos | +/- |
---|---|---|---|---|
Oposição | 1 470 309 | 47,54 | 100 | 16 |
Governo | 1 534 614 | 49,63 | 100 | 16 |
Partido | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | |
---|---|---|---|---|---|---|
Partido da Coligação Nacional | 643 877 | 20,82 / 100,0 |
3,82 | 48 / 200 |
10 | |
Partido dos Verdadeiros Finlandeses | 620 102 | 20,05 / 100,0 |
2,57 | 46 / 200 |
7 | |
Partido Social-Democrata | 616 218 | 19,93 / 100,0 |
2,20 | 43 / 200 |
3 | |
Partido do Centro | 349 362 | 11,30 / 100,0 |
2,46 | 23 / 200 |
8 | |
Aliança dos Verdes | 217 426 | 7,03 / 100,0 |
4,46 | 13 / 200 |
7 | |
Aliança de Esquerda | 218 290 | 7,06 / 100,0 |
1,11 | 11 / 200 |
5 | |
Partido Popular Sueco | 133 318 | 4,31 / 100,0 |
0,22 | 9 / 200 |
||
Partido Democrata-Cristão | 131 368 | 4,25 / 100,0 |
0,35 | 5 / 200 |
||
Movimento Agora | 74 962 | 2,42 / 100,0 |
0,17 | 1 / 200 |
||
Outros (com menos de 1,00%) | 87 495 | 2,83 / 100,0 |
0,48 | 1 / 200 |
1 | |
Votos Inválidos | 16 119 | 0,58 / 100,0 |
||||
Total | 3 108 537 | 100,0 / 100,0 |
200 / 200 |
|||
Eleitorado/Participação | 4 277 487 | 72,67 / 100,0 |
0,17 | |||
Fonte | Ministério da Justiça[65] |
Referências
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