Elise Sørensen
Elise Sørensen (Kalundborg, 2 de julho de 1903 — Ordrup, 5 de julho de 1977)[1] foi uma enfermeira dinamarquesa conhecida por ser a inventora da bolsa de ostomia.[2]
Elise Sørensen | |
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Conhecido(a) por | Inventar a bolsa de ostomia |
Nascimento | 02 de julho de 1903 Kalundborg, Dinamarca |
Morte | 05 de julho de 1977 (74 anos) Ordrup, Dinamarca |
Nacionalidade | Dinamarca |
Ocupação | Enfermeira, Inventora |
Prêmios | Enfermeira do Ano pela Organização de Enfermeiras Dinamarquesas (1963) |
Biografia
editarElise Sørensen foi uma enfermeira domiciliar nascida em 2 de Julho de 1903, na cidade dinamarquesa de Ordrup, tendo uma irmã mais nova, Thora Sørensen. Sua irmã foi o principal motivo para ela ter inventado a bolsa de ostomia.[3][4]
Invenção
editarEm 1954, Thora, sua irmã foi diagnosticada com câncer colorretal e foi submetida a uma cirurgia no intestino que resultou em uma ostomia. Após a operação, a irmã de Sørensen sentia-se desconfortável em sair de casa por medo do vazamento dos recipientes que eram usados, os mais comuns eram feitos de borracha e precisavam ser mantidos no lugar cintos, mas também haviam modelos feitos de tecido, vidro e metal. Era difícil mantê-los fixos na estoma, o que causava constantes vazamentos de fezes, isso tornava inviável que Thora e outras pessoas com ostomia levassem uma vida.[5][6][7]
Sørensen, que era enfermeira, viu-se motivada pela situação que sua irmã e outros pacientes estavam passando. Dessa forma, ela viu a possibilidade de utilizar uma bolsa plástica e uma base autoadesiva, ela havia inventado a primeira bolsa de ostomia descartável, feita de um plástico fino, hermética e fixada na pele por um anel adesivo, muito semelhante com as bolsas de ostomia atuais.[4]
Após a invenção, Sørensen contatou várias fábricas para que a bolsa pudesse ser manufaturada, e todas recusaram. Entretanto, após as recusas, o engenheiro e empresário fabricante de plástico, Aage Louis-Hansen, que era casado com a também enfermeira Johanne Louis-Hansen, aceitou.[4]
Bolsas iniciais foram produzidas, totalmente feitas à mão, e a irmã de Elise, Thora, as testou e aprovou. Então, Sørensen pediu que mais 952 fossem produzidas e distribuiu entre hospitais, e chegou a receber cartas com elogios e agradecimentos.[4]
Ainda em 1954, ela conseguiu a patente de sua invenção sob o registro dinamarquês de número 86860. E em 1955, assinou contrato com Aage Louis-Hansen para que ele produzisse e vendesse as bolsas, enquanto ela recebia, por unidade, 7 centavos em coroas dinamarquesas. A demanda cresceu tanto que, apenas dois anos após a invenção, dois terços da produção era para exportação.[4]
Em 1957, Aage Louis-Hansen fundou a Coloplast e a empresa assumiu a produção total das bolsa.[4]
Em 1963, Elise Sørensen foi premiada como Enfermeira do Ano pela Organização de Enfermeiras Dinamarquesas, ela recebeu o prêmio de 5.000 coroas dinamarquesas enquanto estava internada no Hospital Psiquiátrico de Dianalund.[4][5]
Morte
editarElise Sørensen sofreu toda sua vida com a depressão, por isso passou seus últimos anos internada no Hospital Psiquiátrico de Dianalund. Ela faleceu aos 74 anos, em Ordrup.[5]
Referências
- ↑ «Dansk Kvindebiografisk Leksikon - Elise Sørensen». www.kvinfo.dk. 15 de maio de 2003. Consultado em 27 de julho de 2018
- ↑ Fazio, Victor W.; Church, James M.; Wu, James S. (2012). Atlas of Intestinal Stomas (em inglês). [S.l.]: Springer Science & Business Media. ISBN 9780387788500. Consultado em 28 de julho de 2018
- ↑ «Coloplast PT: a nossa história». www.coloplast.pt. Consultado em 31 de dezembro de 2021
- ↑ a b c d e f g «Elise Sørensen the Danish nurse who invented the ostomy pouch». www.guideservicedanmark.dk (em inglês). Consultado em 31 de dezembro de 2021
- ↑ a b c «Elise Sørensen». gravsted.dk (em dinamarquês). Consultado em 30 de dezembro de 2021
- ↑ Coloplast. «Forward together with healthcare professionals everywhere». www.coloplast.co.uk (em inglês). Consultado em 27 de julho de 2018
- ↑ Stokowski, Laura A. (6 de junho de 2014). «Quiz: A Nurse Invented That? Inventiveness, Ingenuity, and Innovation in Nurses». Medscape. Consultado em 27 de julho de 2018