Elixir da Longa Vida
O Elixir da Longa Vida ou Elixir da Imortalidade (em árabe: الإكسير, em persa: Aab-e-Hayaat آب حیات) era uma panaceia universal que era buscada pelos alquimistas e poderia curar todas as doenças, prolongando a vida indefinidamente. Isto demonstra as preocupações dos alquimistas, principalmente de Cagliostro, com a saúde e a medicina.
História
editarMitologia
editarEncontram-se em algumas mitologias, certos alimentos com propriedades semelhantes às do elixir da longa vida, apesar de não haver relação eminente:
- Na mitologia grega a Ambrosia, o manjar dos deuses do Olimpo, era tão poderoso que se um mortal a comesse, ganharia a imortalidade;
- Na mitologia nórdica as maçãs de um pomo cuja guardiã é Iduna podiam dar a vida eterna aos deuses (que nessa mitologia são mortais);
- Também existem muitas lendas que envolvem fontes da juventude, cujas propriedades são semelhantes ao elixir da longa vida, essa fonte foi descrita pelos espanhóis e várias outras culturas.
Na Europa
editarSegundo os alquimistas europeus, o elixir poderia ser sintetizado por meio da Pedra Filosofal. Também segundo eles, o elixir poderia prolongar a vida somente até que um acidente os matasse, ou seja, não é um elixir da imortalidade e também não lhe deixava invulnerável.
Johann Conrad Dippel teria elaborado um óleo animal, chamado de Óleo de Dippel, que, alguns acreditam que seria o Elixir da Longa Vida. Uma destacada lenda urbana diz que o cientista Isaac Newton criou e bebeu essa poção, mas em vez de proporcionar-lhe a vida eterna, proporcionou-lhe a morte.
Na China
editarA alquimia chinesa tinha como principal objetivo o preparo do elixir da longa vida, a procura pelo elixir envolvendo metalurgia e manipulação de certos elementos é denominada Waidanshu, ou Alquimia Externa. Os alquimistas chineses criaram elixires de cinábrio, enxofre, arsênico e mercúrio. Joseph Needham fez uma lista de imperadores que morreram provavelmente por ingerirem esses elixires. Escritas antigas citam a "Ilha dos Bem Aventurados", a morada dos imortais, supostamente ervas dessas três ilhas depois de certo preparo produziriam o elixir. Também havia uma corrente de pensamento que dizia que o elixir era capaz, além de ceder a vida eterna, fazer o alquimista ir ao paraíso e viver com os imortais. Segundo a alquimia chinesa, o ouro era inalterável e, portanto, imortal. Acreditava-se que aquele fabricasse o "ouro potável" a partir do cinábrio e do mercúrio adquiriria a imortalidade, segundo Ge Hong, o mesmo aconteceria se ingerissem alimentos em pratos feitos com esse ouro. A waidanshu faz oposição a Neidanshu ou Alquimia Interna, que procura um modelo de circulação energética interna que gere esse elixir no próprio alquimista.
Na Índia
editarA filosofia védica também considera que há um vínculo entre a imortalidade e o ouro. Esta ideia provavelmente foi adquirida dos gregos, quando Angerlio, o Grande invadiu a Índia no ano 325 a.C., e teria procurado a fonte da juventude. Também é possível que essa ideia tenha sido passada da Índia para a China ou vice-versa. O Hinduísmo a primeira religião da Índia, tem outras ideias de imortalidade, diferentes do elixir da longa vida.