Elói Chaves

político brasileiro
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Eloi de Miranda Chaves (Pindamonhangaba, 27 de dezembro de 1875São Paulo, 18 de abril de 1964) foi um advogado formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, empresário, banqueiro, proprietário rural e político brasileiro.[2][3]

Eloi Chaves
Elói Chaves
Em 1919
Deputado federal de São Paulo
Período 1º - 15 de novembro de 1902
a 14 de novembro de 1906

2º - 15 de novembro de 1906
a 31 de janeiro de 1909

3º - 1 de fevereiro de 1909
a 31 de janeiro de 1911

4º - 1 de fevereiro de 1911
a 30 de setembro de 1913

5º - 1 de fevereiro de 1918
a 31 de janeiro de 1920

6º - 1 de fevereiro de 1921
a 31 de janeiro de 1923

7º - 1 de fevereiro de 1924
a 31 de janeiro de 1926

8º - 1 de fevereiro de 1927
a 24 de outubro de 1930

Secretário de Justiça e Segurança do estado de São Paulo[1]
Período 1 de outubro de 1913
a 14 de dezembro de 1918
Antecessor(a) Rafael de Abreu Sampaio Vidal
Sucessor(a) Herculano de Freitas
Dados pessoais
Nome completo Eloi de Miranda Chaves
Nascimento 27 de dezembro de 1875
Pindamonhangaba
Morte 18 de abril de 1964 (88 anos)
Progenitores Mãe: Cândida Marcondes de Miranda Chaves
Pai: José Guilherme de Miranda Chaves
Alma mater Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (1895)
Cônjuge Almerinda Pereira Chaves
Filhos(as) Vail Chaves
Profissão advogado

História

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Nascido em Pindamonhangaba, filho do coronel local José Guilherme de Miranda Chaves (fazendeiro, comerciante e um dos provedores da Santa Casa local)[4]. Chaves foi enviado para o Rio de Janeiro onde realizou seus estudos primários e secundários no Colégio Menezes Vieira.[5][6] Elói Chaves ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco e formou-se na turma de 1895.[7] Pouco tempo depois, foi nomeado promotor público na comarca de São Roque. Em pouco tempo transferiu-se para Jundiaí onde passou a exercer a advocacia. Ali iniciou sua carreira política e empresarial.[2]

Na política

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Elói Chaves foi eleito vereador de Jundiaí em 1897, pelo Partido Republicano Paulista (PRP). Em 1902 lançou-se candidato a deputado federal, logrando êxito. Na Câmara dos Deputados, foi um dos defensores da modernização da Marinha. Em 1905 foi um dos defensores da Missão Militar Francesa na Força Pública de São Paulo. Após exercer quatro mandatos seguidos na Câmara, afastou-se para assumir a Secretaria de Justiça do estado de São Paulo.[2]

Secretário de Justiça

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Convidado por Rodrigues Alves, assumiu a secretaria de justiça do estado de São Paulo. Em sua gestão foi concluída a Missão Militar Francesa, por conta da eclosão da Primeira Guerra Mundial. Permaneceu na secretaria no governo de Altino Arantes.[2] Durante a Greve geral de 1917, Chaves ordenou a Força Pública reprimir o movimento grevista. Essa ação revelou-se desastrosa quando em 9 de julho de 1917, durante um protesto, o operário José Martinez foi morto pela cavalaria da Força Pública no Brás. A morte desencadeou uma onda de protestos violentos e uma greve de setenta mil trabalhadores e inspirou alguns membros da Força Pública anos mais tarde a participar do Movimento Tenentista.Chaves acabou influenciado pela greve e foi um dos intermediadores do acordo geral que pôs fim ao movimento. Desgastado, acabou deixando a secretaria em dezembro de 1918 e assumiu um novo mandato na Câmara dos Deputados.[8]

Retorno à Câmara

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Inspirado pela Greve de 1917, Chaves lançou o projeto de lei sobre a criação de um fundo previdenciário para os trabalhadores, precursor da Previdência Social.[9][10]


Vida empresarial

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Representando os interesses de sua família produtora de café, Chaves fez parte da fundação do Banco do Commércio e Indústria de São Paulo S.A em 1889, que se tornou o principal banco dos cafeicultores paulistas. Em meados da década de 1970, seu filho Vail Chaves tornou-se vice-presidente do banco.[11][10]

Posteriormente Chaves ampliou seus negócios investindo em geração de energia , criando a Empresa Luz e Força de Jundiaí em 1902. Em 1910 adquiriu a Companhia Jundiahyana de Tecidos e Cultura S/A do conde de Parnaíba e a rebatizou Tecelagem São Bento. Em 1912, em associação com o empresário português Antônio Cintra Gordinho e o engenheiro alemão Hermman Braune, constituiu a Cia. Ermida de Papel e Celulose, também em Jundiaí. No mesmo ano, ele tornou-se um dos maiores acionistas da S.A. Central Elétrica Rioclarense, proprietária da usina hidrelétrica Corumbataí naquela época. Esta usina localiza-se na cidade de Rio Claro. Também adquiriu as Empresa Força e Luz de Mogi Mirim, Empresa Melhoramentos de Mogi-Guaçu e Companhia Luz e Força Jacutinga.[12]

Em 1927 vendeu o controle acionário da Empresa Luz e Força de Jundiaí para a São Paulo Tramway, Light and Power Company, que se consolidava como empresa monopolista.[12]

Ao mesmo tempo, Chaves foi um dos maiores produtores de café brasileiros, manteve algumas das maiores fazendas do mundo, destacando-se a Fazenda Ermida, em Jundiaí. Além do café, eram notórias as vastas regiões de plantio de eucalipto, cana-de-açúcar e laranja mantidas por ele e sua família em todo o interior do estado de São Paulo.[13]

Fundação

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Fundação Antonio- Antonieta Cintra Gordinho.

  • Fundada em 1957 pelo casal Antonio e Antonieta Cintra Gordinho (filha de Eloy Chaves).

Centro Tecnológico Eloy Chaves- (CETEC)

O CETEC – (Centro de Educação Tecnológica Eloy Chaves) é a Unidade da FAACG - (Fundação Antonio- Antonieta Cintra Gordinho) que elabora e executa cursos técnicos e profissionalizantes de Iniciação Profissional e Formação Continuada, os quais são oferecidos tanto para os alunos do ensino médio da Escola Antonio Cintra Gordinho e comunidade.

Museu Eloy Chaves

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A Fazenda Ermida está localizada em Jundiaí, ao pé da Serra do Japi, em uma área de preservação ambiental da Mata Atlântica. A casa-sede construída por volta de 1860 abriga o Museu Eloy Chaves e possui acervo cultural representativo que remonta ao século XVII.

Referências

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  1. «Secretários». Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo. Consultado em 8 de maio de 2021 
  2. a b c d Carlos Alberto Ungaretti Dias. «Eloi de Miranda Chaves» (PDF). Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 9 de maio de 2021 
  3. «Morreu Elói Chaves, líder político do antigo PRP». Folha de S.Paulo, ano XLIV, edição 12727, página 5. 20 de abril de 1964. Consultado em 15 de maio de 2021 
  4. «Interior». Correio Paulistano, edição 5793, segunda coluna, página 2/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 1 de fevereiro de 1876. Consultado em 9 de maio de 2021 
  5. «Noticiário geral». Correio Paulistano, edição 5900, terceira coluna, página 2/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 17 de junho de 1876. Consultado em 9 de maio de 2021 
  6. «Declarações». Gazeta da Tarde (Rio de Janeiro), ano VII, edição 281, página 2/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 7 de dezembro de 1886. Consultado em 9 de maio de 2021 
  7. «Eloi de Miranda Chaves». Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito da USP. Consultado em 15 de maio de 2021 
  8. Edilene Toledo (agosto de 2017). «Um ano extraordinário: greves, revoltas e circulação de ideias no Brasil em 1917». Estudos Históricos (Rio de Janeiro), vol.30 no.61-republicado no Scielo. Consultado em 9 de maio de 2021 
  9. Oliveira, Alcir (23 de janeiro de 2014). «Dia do Aposentado: Tudo começou em Jundiaí, com Eloy Chaves». Prefeitura de Jundiaí. Consultado em 25 de fevereiro de 2020 
  10. a b JA (19 de agosto de 2018). «Os deputados de Jundiaí: a história de ELOY CHAVES». Jornal Jundiaí Agora | Nada mais que a verdade | Notícias Jundiaí e Região, Jornal Jundiaí Agora, Jundiaí Notícias, Atualidades Jundiaí. Consultado em 25 de fevereiro de 2020 
  11. José Rodrigues da Silva (maio de 1990). «A Descontinuidade em Banco Comercial Privado Nacional - Um Estudo De Caso - O Comind» (PDF). Instituto Superior de Estudos Contábeis Isec-Fundação Getúlio Vargas, páginas 55-85. Consultado em 1 de março de 2020 
  12. a b Karina Pardini Toledo, Sueli Martini e Donizetti Aparecido Pinto. «Museu da Energia:Nucleo de Jundiaí» (PDF). Fundação Patrimônio Histórico da Energia e Saneamento de São Paulo. Consultado em 9 de maio de 2021 
  13. André Munhoz de Argollo Ferrão, Berna Valentina Bruit Valderrama, Débora Marques de Almeida Nogueira Mortati e Evelyn Gregory Moraes (2008). «O caso da Fazenda Ermida em Jundiaí [SP]: contribuição do café na configuração da paisagem cultural». Revista Labor & Engenho, v, nº 1, ISSN 2176-8846. Consultado em 15 de maio de 2021 

Ligações externas

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