Emergência Malaia

A Emergência Malaia foi um conflito colonial que aconteceu na Malásia britânica; tratou-se de uma guerra de guerrilha travada entre as forças armadas da Commonwealth e o Exército de Libertação Nacional Malaio (ELNM), o braço militar do Partido Comunista da Malásia, de 1948 a 1960.

Emergência Malaia
descolonização britânica e Guerra Fria

Bombardeiro Australiano Avro Lincoln £ 500 soltando bombas em alvos comunistas nas selvas da Malásia. (Cerca de 1950)
Data Junho de 1948 – 12 de Julho de 1960
Local Sudeste da Ásia
Desfecho
  • Vitória da Commonwealth
  • Chin Peng exilado da Malásia
Mudanças territoriais Independência da Federação Malaia em 31 de agosto de 1957
Beligerantes
Forças da Commonwealth :
Reino Unido Reino Unido

Austrália Austrália
Nova Zelândia Nova Zelândia

Apoiado por:
 Estados Unidos


 Tailândia (fronteira tailandesa-malaia)
Forças Comunistas:
Partido Comunista da Malásia
Comandantes
Reino Unido Harold Briggs
Reino Unido Roy Urquhart
Reino Unido Henry Gurney
Reino Unido Gerald Templer
Federação Malaia Tunku Abdul Rahman
Austrália Henry Wells
Chin Peng
Forças
250 000 tropas coloniais malaias
40 000 soldados regulares da Commonwealth
61 000 policiais locais
150 000 agrupados
(30 000 a 40 000, mais provável)
Baixas
Mortos:
1 346 combatentes malaios
519 britânicos
Feridos:
2 406 malaios e britânicos
6 710 mortos
1 289 feridos
1 287 capturados
2 702 se renderam
5 000 civis mortos ou feridos

A Emergência Malaia foi um termo do governo colonial para o conflito. O ELNM o denominou de Guerra de Libertação Nacional Anti-Britânica.[1] Os plantadores de borracha e as indústrias de mineração de estanho pressionaram para o uso do termo "emergência", uma vez que as perdas não teriam sido cobertas pelas seguradoras Lloyd's se tivesse sido chamado de "guerra".[2]

No contexto da Guerra Fria, a Emergência foi um dos primeiros eventos violentos do conflito e ocorreu simultaneamente a Guerra da Indochina, entre a França e os guerrilheiros do Vietminh. Na história do Império Britânico, a guerra foi uma parte do processo de desmantelamento do domínio imperial nas colônias, ocorrendo entre a concessão da independência da Índia em 1947 e a independência de Israel em 1948 até o discurso "Winds of Change" do primeiro-ministro Harold Macmillan. Em 1957, os ingleses começaram o processo para prepará-los para uma administração pública independente, quando permitiu a formação de um governo por Tunku Abdul Rahman.[3] Ao contrário do exemplo do Vietnã e do restante da Indochina, a insurgência na Malásia foi dirigida por uma minoria étnica, os Tusan, que são chineses do exterior nascidos na Malásia.

Apesar da derrota dos comunistas em 1960, o líder comunista Chin Peng renovaria a insurgência em 1967, que duraria até 1989, ficando conhecida como Segunda Insurreição Comunista (Segunda Emergência Malaia). Embora as forças armadas australianas e britânicas se retirariam totalmente da Malásia no ano anterior, a insurgência todavia fracassou.

Referências

  1. Mohamed Amin and Malcolm Caldwell (eds.), The Making of a Neo Colony, (1977), Spokesman Books, UK, footnote, p. 216.
  2. Peng, Chin My Side of History, Media Masters, 2003, p10
  3. "From playbody to Prime Minister of Malaya". The Straits Times, 31 de agosto de 1957