Emma Fielding Baker

Emma Fielding Baker (Fort Shantok, 5 de dezembro de 1828 — Fort Shantok, 20 de janeiro de 1916) foi uma líder indígena dos Estados Unidos da etnia Mohegan-Pequot, que desempenhou um papel central na preservação da unidade e da cultura de seu povo.[1]

Emma Fielding Baker
Emma Fielding Baker
Nascimento 1828
Morte 20 de janeiro de 1916
Cidadania Estados Unidos
Distinções
  • Hall da Fama das Mulheres de Connecticut (1994)

Filha de Francis Fielding e Rachel Commenwas Hoscott, pouco se sabe sobre sua juventude. Quando adulta foi a principal liderança do povo Mohegan-Pequot ao longo de muitos anos, enfrentando a ameaça de dispersão, aculturação e cristianização devido ao contato com os brancos. Foi a chefe da tribo, superintendente da escola dominical da Igreja Mohegan e por 32 anos foi a coordenadora da Sociedade das Costureiras Mohegan.[2][3] Esta sociedade, além de preservar tradições de artesanato, era uma espécie de conselho feminino da tribo, onde se decidiam importantes questões sobre política, religião, educação e cerimonial.[4] Em 1896 foi eleita presidente da Liga Indígena Mohegan[5] e representou seu povo perante o governo de Connecticut pleiteando a proteção das suas terras e lugares sagrados.[1][3] Deve-se a ela o lançamento das bases para as posteriores reivindicações de direitos da tribo e dos direitos femininos, numa época em que as mulheres não podiam votar.[6]

Emma revitalizou o importante Festival do Milho Verde, que havia sido abandonado, e deixou uma série de registros escritos sobre os Mohegan-Pequot, fontes valiosas para o conhecimento de sua história, língua e tradições e suas lutas no contato com a civilização ocidental.[1][3][4] Foi uma grande defensora da alfabetização e educação dos jovens, a fim de prepará-los para a vida em um ambiente que se tornara hostil aos índios.[4] Também foi a mais ilustre das curandeiras Mohegan de seu tempo, sucedendo sua avó e mentora Martha Uncas, uma posição que manteve de 1859 até sua morte.[7]

Em 1992 sua memória foi honrada com sua eleição como Medicine Woman (Curandeira) dos Mohegan, e em 1994 foi incluída na Sala da Fama de Connecticut.[1] Em 2017 um retrato seu foi instalado no President's Park de Washington D.C., ornamentando uma das árvores que representam cada estado dos Estados Unidos.[8]

Foi casada com Henry Baker, com quem teve dois filhos e quatro filhas.[9]

Referências

  1. a b c d "Emma Fielding Baker". Connecicut Women's Hall of Fame
  2. Zobel, Melissa Tantaquidgeon. "The Story Trail of Voices". Connecticut History, 04/09/2013
  3. a b c Murphree, Daniel S. Native America: A State-by-state Historical Encyclopedia. ABC-CLIO, 2012, p. 159
  4. a b c Hallenbeck, Brian. "Wigwam Festival owes debt to tribe’s Sewing Society". The Day, 20/08/2010
  5. Sweeney, Rosemary. "Federal Acknowledgement of Indian Tribes: Current Bia Interpretations of the Federal Criteria for Acknowledgment with Respect to Several Northwest Tribes". In: American Indian Law Review, 2001; 26 (2): 203–231
  6. "NHS Virtual Winter Lecture Series – Emma Baker’s Place: A Mohegan Woman Standing for Her People and the Land". Norwich Historical Society
  7. Fawcett, Melissa Jayne. Medicine Trail: The Life and Lessons of Gladys Tantaquidgeon. University of Arizona Press Tucson, 2000, pp. 38-39
  8. Dignan, Clare. "Local Hamden artist crafted ornaments for Christmas Tree in President's Park". New Haven Register, 02/12/2017
  9. "Obituary - Emma Fielding Baker". The Norwich Bulletin, 24/01/1916