Emma Kirkby
Carolyn Emma Kirkby, DBE (Cambridge, 26 de fevereiro, 1949) é uma soprano e professora inglesa.
Emma Kirkby DBE | |
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Emma Kirkby (2007) | |
Informação geral | |
Nome completo | Carolyn Emma Kirkby |
Nascimento | 26 de fevereiro de 1949 (75 anos) |
Origem | Cambridge |
País | Inglaterra |
Gênero(s) | Medieval, Renascentista, Barroca, Clássica |
Instrumento(s) | Voz |
Modelos de instrumentos | Soprano |
Período em atividade | 1971 - presente |
Gravadora(s) | BIS |
Página oficial | http://www.emmakirkby.com |
Quando fazia estudos clássicos na Universidade de Oxford, cantava amadoristicamente em coros e pequenos grupos, sempre preferindo a música do Renascimento e do Barroco, mas nesta época não tinha intenções de se profissionalizar.[1] Contudo, depois de se juntar ao coro da Schola Cantorum de Oxford passou a se interessar mais profundamente, e no início da década de 1970 entrou em contato com o ainda incipiente movimento de reconstrução historicamente informada da música antiga, assumindo desde logo um papel de protagonista.[2][3]
Participou da fundação do Taverner Choir, liderado pelo maestro Andrew Parrott, de quem recebeu importante aconselhamento, e somente a partir de 1973 começou a tomar lições profissionais de canto com Jessica Cash. Poucos meses depois já gravava com o Consort of Musicke, dirigido por Anthony Rooley.[2] Com este grupo, e com a Academy of Ancient Music, comandada por Christopher Hogwood, manteve uma longa e produtiva associação, fazendo muitas gravações e concertos. Depois atuou também com a Freiburger Barockorchester, a Orchestra of the Age of Enlightenment e Florilegium, entre outros. Sua discografia ultrapassa 100 títulos, e é hoje considerada uma das principais e mais influentes autoridades em música antiga e um dos seus mais aclamados intérpretes.[3][4] Ensinou por muitos anos na Dartington International Summer School, na Guildhall School of Music & Drama e na Bel Canto Summer School. Em 2010 assumiu a presidência do Dartington Community Choir.[4]
Sua voz é apreciada pela clareza e pureza de timbre, adequação à prosódia do texto e perfeita afinação. Segundo George Hall,
- "Kirkby sempre possuiu algumas vantagens em relação às outras cantoras. Uma delas é sua musicalidade, permitindo-lhe adquirir um substancial repertório e interpretá-lo com afinação impecável. Outra é sua própria voz, um instrumento notavelmente claro, muito diferente em caráter e cor daqueles usualmente associados à música do período romântico ou posterior: enquanto que antes o padrão para as sopranos era uma voz volumosa e ocasionalmente pesada, o instrumento de Kirkby é pequeno, mas também é puro, exato e verdadeiro. Descartando o típico vibrato das divas operísticas, ela evita sobrecarregar o tom e também qualquer sugestão de hesitação. Embora não possamos saber exatamente como a música antiga soava, a sua voz pura é frequentemente reconhecida como o som quintessencial na interpretação desse repertório".[3]
Seu talento lhe valeu muitos prêmios, entre eles um doutorado honorário da Universidade de Bath, a Queen's Medal for Music, e a Ordem do Império Britânico no grau de Dama Comandante, pelos serviços prestados à música.[4][5][6]
Referências
- ↑ University of Aberdeen. Dame Emma Kirkby.
- ↑ a b Sweeting, Adam. "The greatest soprano never to sing a note of Verdi". The Telegraph, 24/05/2007
- ↑ a b c Hall, George. "Emma Kirkby". In: Cormac, Joanne. 30-Second Classical Music. Ivy Press, 2017
- ↑ a b c Clarence Hall Cambridge. Dame Carolyn Emma Kirkby. University of Cambridge
- ↑ Guildhall School of Music & Drama. Dame Emma Kirkby BA FGS.
- ↑ "Rushdie and Eavis lead honours". BBC News, 15/06/2007